segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ALVOR – A MONTANHA DA AURORA E AS ORIGENS DO NOME DE HERMES (actualização a 20/07/04), por Artur Felisberto

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Figura 1: O despertar de Chamaz, o Sol, entre as montanhas da aurora, ansiosamente aguardado por Enlil, Istar, Enki e Muhra, o deus das «duas caras» das portas dos Céus e dos Infernos.

HERMES NA CALDEIA

Na suméria não houve uma epifania clara do deus Hermes. No entanto, a tradição refere que na Caldeia as funções herméticas são atribuídas a Enki /Ea, o deus dos gnósticos.
Enki, epithet "Nussiku" translated here as far-sighted. The Babylonian god of earth and the waters, the master of wisdom and medical science, equivalent to Hermes.
Hermes viria a ser outra das variantes do nomes de Deus do céu, menos bélica mas não menos relacionada com a sua faceta solar. A melhor metáfora que se poderia encontrar para o sol seria a de um leão voando no céu como Anzu, o mensageiro diário do céu! Ora bem, o Hermes sumério pode ter sido o deus do submundo Enmesharra. Porém, o equivalente de mensageiro dos deuses é tido como sendo Shullat, porventura mais parecido com Ganimedes.
Hanish - weather god's servant.
Shullat: Little-known god paired with Hanish servant of the sun-god. The Babylonian equivalent of Hermes, a divine messenger.
En-mesharra = En(ki) | Shar-mesh < Kar-mesh |
> Enki / Hermes.
Nussiku < Anu-Chico, literalmente o Sr. «Chico» / «Isco» / Isquião.
Hanish = | Han < *Kian > Phane > Pan | Ish < Ki An Kiki < Enki Kiki
> Kianat > Phiat? literalmente, “filho de Enki?
Ganimedes < Kani-methes < Kani-met-ish ó Hanish Maat.
Ver: ISQUIÃO (***)
De facto, sendo Hanish um dos epítetos deste filho de Enki, é fácil de perceber nestes nomes ressonância fonéticas comuns.
No entanto não consta da lista mais conhecida dos 4 filhos deste Deus. Mas, na esfera do deus da criação de todos os seres, sobretudo quando míticos e criado por ele, eram seus filhos como foi o caso do Apkallu? De facto,
Apkallu < Kaurlu-Kaki < Shullat <= Kaur-rat < Kur Urash < Kur Ur-Kiki.
Hanish < Kanish > Thanisco > Deoniso.
O nome *Kouratos (implicito nesta análise da evolução para Shulat) era frequente na cultura Helénica. Ora, tanto este como Hanish podem ser meros genitivos com o significado de filhos de Kurru, respectivamente.
A verdade é que Hanish é Deoniso, o que faz sentido pois, Shullat era também um copeiro dos deuses, o que pressupões a qualidade de jovem príncipe em tirocínio.
Sendo assim, temos que concordar que o deus Hermes da cultura clássica era um deus compósito que resultava de aspectos míticos e funcionais tanto directamente herdados de Enki como dos seus filhos e mensageiros. Em qualquer dos casos, há que ter em linha de conta que o ciclo clássico dos cultos agrários de morte e ressurreição envolviam Hermes, Hefesto, Pan, com os Silenos e os Sátiros, e Dioniso, etc à mistura porque seriam meras variantes dos mesmos deuses.
Em Hanish identificamos Pan e seu filho Dioniso (e por isso *Panisco) tal como em Sullat podemos encontrar ressonâncias dos sátiros (mas, não mais do que isso!). Existem autores que referem que Marduque significava: "bull-calf of the sun" and / or "son of Duku." [1] Então,
Marduque < Mar-duko < Marukka < Maur-kika
 < *Ama-Ur Kiko => Hermes.
Se o digno antecessor de Hermes foi o anjo Anzu ou o divino herói Ninurta é óbvio que não é fácil de saber tanto mais que os poderes de Hermes foram do próprio filho do deus pai do céu (Anu) que era Enki. Etimologicamente Ninurta seria apenas o «senhor da guerra», isto é, o herói! Ora, o deus da guerra era o próprio Enki no heterónimo de Nergal!
Enfim, as línguas enriqueceram-se quando a mitologia começou a ser diversificada e, por isso mesmo, confusa. De resto, suspeita-se que Enki & Enlil tenham começado por serem a mesma divindade, foram quase irmãos grémios como Hermes & Apolo ou Castor & Polux, e acabaram entidades divinas substancialmente autónomas.
Ver: NINURTA & MARDUQUE (***) & ANZU
Claro que o poder supremo foi dado a Enlil só durante o auge da civilização suméria porque nos tempos acádicos passou para a suserania do folho de Enki, o deus da cidade da babilónia, Marduque. Entretanto, Enlil só iria sobreviver por intermédio de Alá!

MACHO

To the Sumerians, Mashu was a sacred mountain. Its name means "twin" in Akkadian, and thus was it portrayed on Babylonian cylinder seals -- a twin-peaked mountain, described by poets as both the seat of the gods, and the underworld (60). References or allusions to Mt. Mashu are found in three episodes of the Gilgamesh cycle which date between the third and second millennia B.C. Mashu was located in a forest in the "land of the Living", where the names of the famous are written. It is alluded to in the episode "Gilgamesh and Humbaba". In this story, Gilgamesh and his friend, Enkidu, travel to the Cedar (or Pine) Forest which is ruled over by a demonic monster named Humbaba. While their motives for going to the Forest included gaining renown, it is also clear that they wanted the timber it contained. Humbaba, who had been appointed by the god Enlil to guard the Forest, is depicted as a one-eyed giant with the powers of a storm and breath of fire, perhaps the personification of a volcano. It is only with the help of another god, and a magically forged weapon that Gilgamesh triumphs over Humbaba. But before his battle, Gilgamesh and Enkidu gaze in awe at the mountain called "the mountain of cedars, the dwelling-place of the gods and the throne of Ishtar.
Humbaba < Kuma-Kaka < *Kima-Caca.
Gilgamesh approached Mount Mashu, Twin Peaks, [ii.1-2] reaching from the Heavens to Arali, [ii.4-5] "Mashu" means "twins" (Gardner & Maier 199), which is the Eastern Gate of theUnderworld, whence the Sun begins his daily journey (Black & Green s.v. Utu). Arali (or Arallu) is the place there Inanna granted to Dumuzi and Geshtinanna"the gift of eternal life and death"; it is described below (Black & Greens.v. underworld; Wolkstein & Kramer 167).
A intuição de que Humbaba era a deificação de um vulcão é assim mais do que acertada, sendo quase uma certeza *Kima, como se pode ver em capítulo proprio é o nome virtual de um dos epítetos de Tiamat, deusa das águas primordiais e também do fogo subterrâneo logo deusa.
Ammezzadu = Dios primigenio, relegado al mundo subterranio junto con Ammunki ó Anunaki.
Ammezzadu < Amashadu < Ama-Shatu > Mashuat > Mazda
Mashu (< Ama-Chu) acresce-se àquilo a que literalmente ressoa em português, «o macho», na medida em que mash, o inspector, (> Mazda) viria de mesh (< ama ash, o fogo da mãe!), o príncipe, e u é uma partícula do género masculino em sumério! Como se verá adiante estes montes eram sempre dois grémios como as tetas ou os cornos da vaca Hator, como as colunas de Hércules, e como os deuses grémios Castor e Polux, variantes tanto de Hermes e Apolo como de Caim e Abel.
Na verdade Hércules ergueu duas Colunas, - Galpe e Abila (Ceuta), quando separou a Europa da África.
«Galpe» < Kalpe < Kar-ki > Ish-kur º Hermes
                                           ó Ka-kur > Kaphur > Apul => Apolo
«Abila» < Hawira < Kaphir > Ka-kur.
Ver GEMEOS (***) ISHKUR (***) /KHEPRI (***)

BABEL E OS ZIGURATES

Porém, se, como se viu, Ma-Ad-dir era o nome sumério da função de barqueiro de Noé, que estranha etimologia teria permitido chamar Kawila à «arca de Noé»? Em boa verdade, só poderemos entender este termo no contexto do seu significado étmico mais imediato.
«Barca» < War-ka = Wa-kar < Ka-Wira < Kawila
< *Ka-phura, o que é lit. «a (arca) que transporta as vidas» >
< Ki-Kura, que é, em proto-sumério lit. “a Víbora
/ Cobra (do crescente lunar?), a que transporta a Deusa Mãe, Ki”.
Assim, estamos perante uma das situações em que a luz do óbvio ofusca e encobre a verdade!
Sandalwood was brought from the Jebel (Ki-wel < Ki-wer) Harrân, and an ark was built with a length of thirty gama, a width of thirty gama, and a height of thirty gama. A gama is the length of my arm. Noh asked for a sign and was told that when an "angara"(the green shoot of a young reed, or gasba) appeared in the oven, that should be the sign. Three hundred years later, Sam's wife, the daughter-in-law of Noh, was taking burning reeds from the tannûr (clay oven) and was about to place her bread in it when she saw, in the midst of the fire, a green "angara" growing. She cut it and gave it to Noh, and when he saw it, his spirit was straitened within him.[2]
clip_image003Figura 2. Zigurate de Ur.[3]
Os juncos foram sempre considerados como um sinal de presença de água subterrânea no senso comum, e também o terá sido no pensamento arcaico, pela simples e óbvia razão de que, tratando-se de uma espécie vegetal que prefere os pantanais e as zonas ribeirinhas teria que crescer em terras semi-áridas apenas e somente nos raros terrenos alagados por lençóis de água a muito pouca profundidade pela confluência de miraculosas nascentes! Assim, os «rebentos do junco» teriam que ser sinais de epifanias do deus Enki pelo que nada espanta agora saber que alguns povos arcaicos lhes chamassem angara < an-kaura < An-Kur-ka, lit. «espirito vital de Enki».
Mais interessante é ainda reparar que:
                            se Enki = Dil-kar, o Lúcifer sumério.
«Dilúvio» < Lat. diluviu < Dil-| uvi(um) / Fluvi(um) / pluvi(um)
< Shub, lit. “o que é transportado por Tesup, o deus da chuva”.
<= *Kur-ki, lit. “o deus dos abismos do Kur sobre a terra, Ki!
*Kur-ki seria um mitema relativo ao herogamos do deus dos infernos e das águas (Ea) doces derramadas sobre a sua esposa Ki, ou seja, o resultado de um orgiástico e tempestuoso acto de fertilidade cósmica e divina!
Capítulo 3: 6 Ella es el primer poder, la gloria, Barbelo, la gloria perfecta entre los mundos, la gloria emergente. 7 Ella glorificó y alabó al Espíritu virgen, porque había salido a través del Espíritu. 8 «Ella es el primer Pensamiento, la imagen del Espíritu. Ella se convirtió en el vientre universal, porque ella lo precede todo, el Padre común, la primera Humanidad, el Espíritu Santo, el varón triple, el poder triple, el andrógino con tres nombres, el reino eterno entre los seres invisibles, el primero en salir. -- El libro secreto de Juan.[4]
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Figura 3. Reconstrução imaginária do grande Zigurat da babilónia, conhecido na bíblia por torre de Babel.
Notar que o Espírito Santo dos Gnósticos era andrógino e chamava-se Barbelo, nome que parece ter sido um teónimo de Istar, filha amantíssima de Enki!
Barbel(o) < War-wer < Kur-kur, os montes gémeos da virgem Mãe!
Sendo assim parece que a forma latina do nome do «dilúvio» será de origem Anatólia. Voltando aos “montes-gémeos» da aurora e a Mashu verificamos que um nome quase homófono deste se relaciona com a actividade marítima, seguramente numa certa relação semântica com a mítica da arca de Noé!
Antigo egípsio mesha' (mSa, masc.) = Armada.
Este termo do antigo Egipto só pode sugerir uma relação insuspeita entre o conceito da “montanha sagrada” e as forças navais de Enki, o deus de todas as águas que foi também Poseidon na talassocracia cretense. Pois bem, tal relação faz suspeitar que o paradigma da “montanha cósmica” se tornou obsessivo no pensamento arcaico em consequência da sua relação metafórica com uma espécie de protecção mágica contra o «dilúvio», como se esta se tratasse de uma defesa alternativa à “montanha cósmica”.
Porém, que fique bem claro, os zigurates e pirâmides templares não apareceram primariamente como plataformas de protecção contra «dilúvios» mas apenas foram relacionadas com essa protecção porque antes de o virem a ser já o eram enquanto locais sagrados de eleição para a adoração dos deuses do céu!
Genesis 10:8-10 "And Cush begat Nimrod: he began to be a mighty one (first king) in the earth. He was a mighty hunter before the LORD: wherefore it is said, Even as Nimrod the mighty hunter before the LORD."
Nimrod (Heb. nimrodh), a descendent of Ham, was responsible for building the city of Babel (Babylon). This individual was the beginning of the kingdom in Babylonia, and he became the founder of Nineveh and other cities in Assyria. He became distinguished as a hunter, ruler, and builder. He lived for an undetermined amount of centuries after the Flood, and was the grandson of Ham. He was a bold man, and of great strength of hand. He persuaded men not to ascribe to God, in order to bring them into a constant dependence upon his own power. He swore to build a tower too high for the waters to be able to reach! Thus avenging himself on God for destroying their forefathers!
Many legends have grown up around the name of Nimrod, some claiming that he was identical with "Ninus," an early Babylonian king or god (king of Assyria, founder of Nineveh, known in history as Shamshi-Adad V of 811 B.C.). Again, some have associated Nimrod with the building of the Tower of Babel (Gen. 11:1-9). Others have identified him with the ancient king of Babylonia, Gilgamesh (Akkadian Epic of Gilgamesh, 5th king of the 1st Dynasty of Erech after the Flood), but there is no proof that the two were identical. The Talmud stresses that while Esau (Heb. ‘esaw, hairy) spent his days hunting and that an arrow from his bow killed the giant Nimrod (legends of "Ninus" or "Gilgamesh"). Did Nimrod finally die after all this time from Genesis 10 through 26? [5]
Não é fácil saber o que é que neste contexto é mito, divagação delirante ou história mas a verdade é que as únicas afirmação que inegavelmente fazem sentido são as que relacionam a virtualidade de que Nimrod "lived for an undetermined amount of centuries after the Flood" com a sugestiva relação consequente de que "He swore to build a tower too high for the waters to be able to reach!"
Na verdade, é grande a tentação de achar que se poderias afirmar, sem grande risco de errar, que foi em relação com o mito da «montanha cósmica» e por causa do seu poder protector contra «dilúvios» (e, quiçá também, de invasões) que se construíram as pirâmides e os zigurates assim como todos os grandes santuários e templos construídos um pouco por todos os cantos do mundo desde a Ásia às Américas até aos tempos modernos. As inundações catastróficas nos grandes rios que serviram de berço às civilizações antigas devem ter sido tão frequentes quanto o têm sido ao longo da história mas sempre tão inaceitáveis quanto o serão no futuro por serem constantemente imaginados como únicos na esfera íntima de quem lhes sobreviveu in extremis, incomparavelmente apocalípticos e universais.
The Tower is a ziggurat, that is, an Assyrian or Babylonian temple tower, which represents the Indians' Mt. Meru (the Ural-Altaic Sumeru), the mountain of the Omphalos Mundi (World Navel), the yoni-mound at the Center of the World (Butterworth, Tree 165; Eliade, MER 12, Sham. 267; Walker 25). In Assyrian zigguratu or ziqqurratu means "summit" -- Pythagorean Tarot homepage
Sumeru < Chu-Ama-Ur > Hurmashu => Hermes,
representado como uma coluna ictifálica, idêntica aos menhires megalíticos.
«Menhir» <= Minkur = Kurmin ó Hermes.
Se em assírio zigguratu significa cume o mesmo significa em português provinciano cocruto!
Ora, é intuitivo que os lugares altos são sempre os únicos locais de refúgio seguro nestas situações que mereceram de todos os sobreviventes de inundações de todos os tempos e lugares o maior reconhecimento e veneração em tempo de acalmia como no caso de inundações em terras de aluvião!
Ver. DILÚVIO (***)
De facto, se os cultos dos mortos (e dos deuses infernais e reptilíneos) teriam que ter aparecido em cavernas, o culto dos deuses aéreos e voláteis só poderiam ter acontecido nos “lugares altos” relacionados com a “montanha cósmica da aurora”, precisamente por serem os locais mais próximos do céu e da morada dos deuses astrais. Além disso, não nos poderemos esquecer que na origem da mitologia teriam estado os “deuses do fogo” que tiveram nos picos vulcânico a sua epifania e o ponto de encontro simultâneo de deuses infernais e do fogo subterrâneo com deuses astrais do fogo do céu, o que terá ficado marcada para todo sempre na particular reverência votada às altas montanhas.
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Figura 4: White Temple and Ziggurat of Uruk.
Uruk < *Kurki > Waurkia > Warka.
Nos vales férteis dos grandes rios não haviam nem montes nem outeiros pelo que teria sido necessário inventa-los tendo-se, para tal, iniciado a construção de templos em plataformas artificiais que foram sendo progressivamente maiores e mais elevadas até atingirem as proporções megalíticas e megalómanas da torre de babel! Um desses templos primitivos construídos em plataformas artificiais é o zigurate «branco» de Uruk.
Nimush = Previously read as Nisir. The mountain in Babylonian myth where Uta-Napishtim's boat beached after the flood.
Nimush esta seguramente em relação com um dos epítetos da deusa mãe Ninhursag, a “Senhora da Montanha” de fogo, também conhecida por Ninmah, lit. “a Augusta Senhoira”, seguramente por ser uma altíssima montanha de fogo pois, «augusta» é literalmente “a dupla terra (monte) em fogo”, ou seja os vulcões gémeos da Anatólia, os Illuyankas de Ishat, a prostituta dos deuses por ter o “fogo no rabo”!
Nimush: < Nin-Mashu. lit. “Srª. dos “montes gémeos” ≡ Nisir < Nin-kur.
«Augusta» < | Hau-Ki  < Kauki < Ki-Ki | - | asta < ash.|
The Sacred Marriage between mortal and immortal is celebrated at New Year's in the enclosed garden at the top of the ziggurat called E-temen-An-Ki ("Foundation of Heaven and Earth," the Tower of Babel; see 15.Tower). There, at the time of the Sun's rebirth, in the garden at the meeting-point of heaven and earth, at the summit of the heavenly mountain, immortal and mortal could unite. (Black & Green, s.v. Sacred Marriage, Tower of Babel, ziggurat; Perry 69) Pythagorean Tarot homepage.
VILLE
DIVINITÉ
ZIGGOURAT
SIGNIFICATION DU NOM
Ur
Sin
É-Temen-Ní-Gur
maison au fondement imposant
Lagash
Ningirsu
É-Ub-Imin-An-Ki
maison des sept quartiers du ciel et de la terre
Nippur
Enlil
É-Dur-An-Ki
maison du lien entre le ciel et la terre
Babylone
Marduk
É-Temen-An-Ki
maison du fondement du ciel et de la terre
Borsippa
Nabu
É-Ùr-Imin-An-Ki
maison des sept toits du ciel et de la terre
Sippar
Shamash
É-I-Lu-An-Kú-Ga
maison de l'échelle du ciel pur
Ashur
Ashur Et
Enlil
É-Kur-Ru-Ki-Shár-Ra
maison de la montagne de l'univers
Dûr-Kurigalzu
Enlil
É-Gi-Rin
maison immaculé
Ora, se na bíblia o nome do monte era Ararat, tal nem sequer estará em grande contradição com Nimush dado o carácter metafórico destes nomes bem como com o facto de ter sido antes Nin-Kur, lit. «Sr.ª montanha» = *Kur-at, lit. “mulher das montanhas”.
Le mot français "ziggourat" (ou "ziggurat" en anglais) est un terme qui vient l'akkadien: ziqqurratu. Ce dernier mot est tiré du verbe akkadien : "zaqâru" le verbe "zaqâru" signifie : "construire en hauteur".
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Figura 5: oferendas à estrela da manhã diante dum zigurate.
ziqquratu peut aussi s'écrire: "ziqquratu" (ziqqarat, ziqqurata, ziqqurati) ou "siqqurratu" (siqqurrat, siqqurrata, siqqurrati) ou "sequarratu" (sequarrat, sequarrata, sequarrati).
(…) Dans les sources sumériennes, "ziggourat" est écrite au moyen de deux signes: u6-nir.
Obviamente que são os nomes que dão substrato aos espíritos verbais e não o inverso, sendo quase seguro que o verbo acádico zaqâru retiraria a semântica da “construção em altura” da imponência ainda hoje incontornável dos zigurates. O termo sumério já comportava esta conotação. De facto, u6-nir contém o infixo –nir tem óbvias ressonâncias no mesmo infixo luso / latino, que, estranhamente produziu poucos verbos, todos quase dissilábicos mas particularmente expressivo como «ga-nir (< Lat. gan | can| -nir-e), bru-nir, e zu-nir».
De facto, se Sumer. Uma = Triunfo < U-Ma = vencer e, Um-Nir = canto (do vencedor), lamentação = canto (do vencido). Se Sumer U = idade, ar, aberto, luz do dia; lenha, olhar, ervas, vida, monte. Então, u6-nir = canção da luz do dia, ou seja, “oração da aurora”! Ora, nem de propósito, Sumer Ziskur = oração.
Selon ces textes en cunéiforme, au sommet des ziggourats se trouvait quelque chose, les Mésopotamiens l'appelaient un "gigûnu". Aucun texte ne donne la description ni la raison du gigûnu.
Gigûnu < Gi-Guno, lit. “o cono de Ge(a)” a mãe dos gigantes! => Yoni.
Seguramente que o Gigono seria a gruta sagrada do “coito sagrado” (herogamos) onde estaria a vulva sagrada (hindu Yoni) o meteorito negro (pala-dio ou lingam) simbolizando Anu.
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Figura 6: selo caldeu em que o zigurate aparece relacionado com o parecem de cornos mas serão apenas símbolos de Inana, a deusa da noite, da lua, estrela da manhã, mãe, esposa e filha de Enki, e, por isso Sr.ª da Montanha do Nocturno Coito sagrado e do Parto da Aurora!
Le lingam, toujours dressé et donc potentiellement créateur, est souvent associé au yoni, symbole de la vulve. Dans ce dernier cas, leur union représente, à l'image de Shiva, la totalité du monde. Assumant les fonctions créatrice par le lingam et destructrice traditionnelle dans la Trimurti, Shiva représente donc pour ses dévots shivaïtes, le dieu par excellence.
Zi-Zi = Rise up; Sexually excite.
Zik-kur-atu < *Kik(i)-Kur-at > Ziskur-a-tu,
lit. “local da oração (Sumer. u6-nir) da Aurora”!
Ararat < Harharat < *Kur-kur-at
                          > *Ish-Kur-at > Zigur-at < Kiphur-at, lit. “a cobra fêmea”
< *Ki-kur-ash, lit. “Ki, a deusa terra Mãe como montanha de fogo = vulcão”
<= | zigur < Kiphur < Kikur | > ash > At(a/e/i/o/u) | => «Zigurate».
      > Sikur-atu > Lat. securu ó «segurado»!!!
Saber de fonte «segura» se seria o zigurate ou o zigurate que faria a diferença decisiva entre um culto da “Senhora da Montanha” ou do da dupla montanha da aurora onde acontecia o herogamos entre a terra e o céu, é por ora coisa de somenos porque o zigurate teria sido na origem um vulcão de lava serpentino, templo montanha da cobra do fogo sagrado e teria, entre outros sentidos, o de ser o «monte dos seios da aurora”, A Sr.ª das curvas e contra curvas sexualmente excitantes, ou seja, dos «ziguezagues» que o seu acesso implicava e que o processo do acasalamento ainda implica!
Babylon means "gate of the god," and was the center of civilization for nearly two thousand years. (...) Babel, Tower of (babel, gate of God), Babylon, the Greek form of the Hebrew word bavel, which is closely allied and probably derived from the Akkadian babilu or "gate of God." The date of its foundation is still disputed. The connection between Akkad, Calneh, Erech, and Babylon (Gen. 10:10) indicates a period at least as early as 3000 B.C. Babylon may have been founded originally by the Sumerians, and an early tablet recorded that Sargon of Akkad (c. 2400) destroyed Babylon.
Babilu < Wa-Wer-u < *Kaphiru < Kakaphiru > Ishkur.
                                  > *Aphawilu > Apaulo > Apolo!

AVALON

Afinal a torre de Babel era apenas o Zigurate dum arcaico deus do fogo das cobras, *Kaphiru > Ishkur, que viria a ter entre os gregos o nome de Apolo => e, logo, Apolónia º Babilonia.
A este propósito seria interessante incluir aqui a etimologia da mítica e mística Avalon arturiana.
«Avalon» < Habalon < Ka-Wer-on > Babalon > «Babilónia» = Porta do ceu
= Kapherana, lit. “a que transporta o «ká» da vida eterna,
como a Vagina da Deusa Mãe Terra!
Avalon (provavelmente do celta abal: maçã) é uma ilha lendária da lenda arturiana, famosa por suas belas maçãs. Ele aparece pela primeira vez na Historia Regum Britanniae ("A História dos Reis da Bretanha") de Geoffrey of Monmouth como o lugar onde a espada do Rei Arthur Excalibur foi forjada e posteriormente para onde Arthur é levado para se recuperar dos ferimentos após a Batalha de Camlann. Como uma "Ilha dos Bem-aventurados" Avalon tem paralelo em outros lugares na mitologia indo-europeia, em particular a Tír na nÓg irlandesa e a Hespérides grega, também conhecidas por suas maçãs. Avalon foi associada há muito tempo com seres imortais, como Morgana Le Fay.
Então Avalon não quer dizer "terra de maçãs"? Claro que não só mas também, porque das “maçãs de ouro” era o jardim de Hera guardado pelas Hespérides na Ibéria! A fada Morgana faz no mito de Avalon o papel de Hera, seguramente, e, enquanto significando em celta a “mulher que veio do mar”, ou possivelmente apenas a varina e peixeira, constitui uma referência indirecta à origem cretense ou fenícia destas mitologias.
Morgana < Ma-Ur-Kina > Mar-Gina, lit. “Marquinhas, a mulher do mar”!
Embora Hera nunca tenha tido entre os gregos um título parecido com o de Morgana, o que indiciaria que estamos perante um teónimo de origem celta, a verdade é que o conceito de “mulher do mar” existe em Pelasgia, um dos títulos de Hera e Deméter.
Pelasga or Pelasgis (Pelasgis), i. e. the Pelasgian (woman or goddess), occurs as a surname of the Thessalian Hera (Apollon. Rhod. i. 14, with the Schol.; Propert. ii. 28. 11), and of Demeter, who, under this name, had a temple at Argos. (Paus. ii. 22. § 2.)
Avalon é um nome literário inventado por um frade do sec. XII e que, como tal, nunca teve relação com nenhum pomar deste mundo nem sequer das ilhas britânicas!
Isso não significa que o tal frade não tenha tido acesso a mitologias celtas arcaicas que seriam a variante do mito das Hespérides gregas e que traduziu como Insula Pomorum que depois terá transliterado do celta como Insula Avallonis porque maçã em celta era abal...tal como em português arcaico era «pêro» e malápio!
«Pêro» < Lat. piru < Lat. pila > péla > Grec. πάλλα (palla)
ó Germ. ball- > French balle > bala > bola.
Mal | < mala | + | ápio < apilu > apela > Apelles ó Celt. Abal ó Abel.
If ball- was native in Germanic, it may have been a cognate with the Latin foll-is in sense of a "thing blown up or inflated." In the later Middle English spelling balle the word coincided graphically with the French balle "ball" and "bale" which has hence been erroneously assumed to be its source. French balle (but not boule) is assumed to be of Germanic origin, itself, however. In Ancient Greek the word πάλλα (palla) for "ball" is attested besides the word "σφαίρα", sphere
Seja qual for a etimologia da maçã celta a verdade é que se confunde com a da bola e da esfera seguramente por causa da sua forma. Por sua vez o conceito de esfera e bola é correlativo da sua fácil mobilidade rotativa o que coloca estes termos na esfera dos conceitos míticos de grande movimento e transporte solar, da vida e das almas...como era o caso dos ventos Apeliotes.
Seguramente que Apelio-tes seria a alegoria de um conjunto de deuses (tês) que eram os ventos do Este que transportavam a fartura das colheitas na forma dos esféricos frutos, particularmente maçãs que então teriam sido originalmente apelio, seguramente por serem amarelas e doirados como Hélios, o deus do outro e do sol.
Apeliotes < Ka-pher-io-tes, liter. “os deuses de transporte (dos frutos da) vida.
No entanto esta mitologia do jardim das Hespérides como paraíso das maçãs doiradas é uma descrição decorativa imaginada de acordo com o conceito da «árvore da vida» adoptado em cada cultura mítica para a ilha do paraíso conforme precisamente o fruto principal desta cultura! O importante é dar conta de que estes espaços míticos se situavam às portas do paraíso guardadas por leões ou dragões...ou mesmo cabras!
It is also possible that the tradition of an "apple" island among the British was influenced by Irish legends concerning the otherworld island home of Manannán mac Lir and Lugh, Emain Ablach (also the Old Irish poetic name for the Isle of Man).
Dito de outro modo, Avalon é um espaço mítico às portas do paraíso como a foi a origem do nome da Babilónia! As maçãs aparecem secundariamente como subproduto relacionado com a árvore da vida que até na Bíblia era uma macieira!
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Figura 7: Apeliotes era o deus do vento oriental e aparece como um jovem bem barbeado, segurando um manto cheio de frutas e cereais.
O nome de Avalon como o de todos os nomes míticos do «paraíso perdido» nas ilhas encantadas não deriva de realidade triviais como eram as maçãs e por isso nunca poderia reduzir-se ao conceito de pomar de macieiras! Pelo contrario, são as maçãs celtas que devem o nome a Avalon que ao incluir um pomar sagrado de macieiras como o jardim do Éden bíblico deu nome às maçã inglesa apple (> pella > pero) tal como o jardim das Hesperides de Hera deu origem ao nome da «esfera»!
De facto, não pode ser inteiramente estranho que o conceito da bola e da esfera estejam alheia ao formato quase sempre esférico os frutos particularmente as maçãs.
French balle (but not boule) is assumed to be of Germanic origin, itself, however. In Ancient Greek the word πάλλα (palla) for "ball" is attested  besides the word "σφαίρα", sphere.[
As maçãs douradas que Hércules roubou a Hera com a ajuda de Atlas eram apenas «esferas» de ouro (ou pepitas de uma possível veia aurífera no vale do Tejo), e por isso matéria-prima de que eram feitos os deuses (ouro) depositado na terra pela morte e enterro do sol.
Como a deusa do jardim de Hera era Hespera (quase de certeza um nome genitivo derivado de Hera, Ish + Hera e por isso filha desta) e que esta deusa era a Vespera romana senhora do entardecer e da mortalha do sol (um disco solar alado) fica a comprender-se que a deusa da esfera celesta era Vespera / Hespera <= Ish-pher > «Esfera»...obviamente que pela mera magia simpática se semelhança formal do o disco solar alado e com a forma esférica das maçãs e peitas de ouro!
Por outro lado, o facto de o nome da Babilónia ter andado traduzido por “portas de Deus” pode ter sido uma metáfora decorrente de um sentido relacionado com o ritual do herogamos, o casamento divino que permitia o renascimento do sol, sentido este adquirido secundariamente e a posteriori a menos que tenha sido a evolução tardia dum arcaico rito de morte e ressurreição solar relacionada com o mito da morte e renascimento solar no seio da terra mãe! Na verdade, a arte rupestre nasceu nas cavernas paleolíticas onde o homem primitivo teve os primeiros momentos de conforto e segurança social e os primeiros vislumbres de civilização nos alvores da domesticação dos animais de pastoreio que antecederam a pastorícia intensiva.
Destes momentos de segurança e ócio, necessariamente apenas longos no tempo histórico, terá sido criada a mitologia de que as cavernas seriam a vagina cósmica da Terra Mãe por onde esta paria o sol e local metafórico da entrada no céu e das portas do inferno!
«Babilónia» < Ka-wel-ania > cawerana > «caverna».
«Babilónia» a «caverna» à entrada dos infernos; às portas da aurora!
Por alguma razão é que a história popular da «Branca-Flor», seguramente uma variante infantil da história de Inana / Istar ainda mantém a referência mnésica às portas de Istar como as portas da morte por onde se deu a descida de Inana aos infernos:
«E a torre da Babilónia
Quem lá vai nunca mais torna»!
Ver: CAVERNAS (***)
Quem ouviu esta história em criança nunca mais esqueceu a magia desta cidade lendária! Por outro lado, não foi este o sentido que os hebreus apreenderam quando andaram por lá durante o império neo-babilónio. Aos judeus deportados para a metrópole mais cosmopolita do mundo de então a Babilónia deixou-lhes apenas a memória duma «grande confusão» de gentes e raças, costumes e falares!
The place wherein they built the tower is now called Babylon, because of the confusion of that language which they readily understood before; for the Hebrews mean by the word Babel, confusion. The Sibyl also makes mention of this tower, and of the confusion of the language, when she says thus: "When all men were of one language, some of them built a high tower, as if they would thereby ascend up to heaven, but the gods sent storms of wind and overthrew the tower, and gave every one his peculiar language; and for this reason it was that the city was called Babylon." But as to the plan of Shinar, in the country of Babylonia, Hestiaeus mentions it, when he says thus: "Such of the priests as were saved, took the sacred vessels of Jupiter Enyalius, and came to Shinar of Babylonia." -- ANTIQUITIES OF THE JEWS - BOOK I, CHAPTER 4. Concerning The Tower Of Babylon, And The Confusion Of Tongues.
Jupiter | Enyalius < Enjalius > Angeluus > Grec. Angelos .|
< En-Karius < En-Kur-Kius!
Quer dizer que o mito da «confusão das línguas» não seria apenas o resultado duma mera figura de retórica anacrónica relativa ao cosmopolitismo babilónico dos judeus da deportação mas uma metáfora mal compreendida da reminiscência da unificação cultural suméria e cretense!
A verdadeira história que os judeus terão ouvido mal, ou muito em segunda mão, seria esta:
O ENCANTO DE ENKI (A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS)
"Era uma vez, não havia cobras, não havia escorpiões
Não havia hienas, não havia leões,
Não havia cães selvagens, não havia lobos,
Não havia medo nem terror,
O homem não tinha rival.
Era uma vez as terras Shubur e Hamazi,
A Suméria de língua harmoniosa, a grande terra das divinas leis dos principados,
Uri, a grande terra que tem tudo o que é próprio,
A terra Martu, que descansa em segurança,
O universo inteiro, o povo em uníssono,
A Enlil numa língua fizeram preces.
Mas então o senhor-pai, o príncipe-pai, o rei-pai,
Enki, o senhor da abundância, cujas ordens eram confiantes
Senhor da Sabedoria que vigia a terra,
Senhor dos deuses,
Senhor de Eridu, dotado de sabedoria
Nas suas bocas trocou as palavras, instalou a discórdia,
Na fala do homem que havia sido única.
Ver: OS DEUSES DA AURORA NA TRADIÇÃO EGÍPSIA/AKER (***)
& OBELISCOS, MASTABAS & PIRÂMIDES (***)

OS MONTES DA AURORA DOS HITITAS

Será possível saber se existiu de facto uma dupla montanha que tenha sido de tal modo importante para os povos primitivos que tenha sido responsável por este mito? Parece que na Anatólia existe ainda hoje um par de montes vulcânicos gémeos que têm o mesmo nome dum antigo deus hitita feito inteiramente de pedra!
Ulikummis: Son of Kumarbis. He was made to oppose Teshub. There is also mention that he destoys some of mankind. However, he is actually described as being blind, deaf, and dumb; as well as immobile. He was made of stone and placed on Ubelluris' shoulder to grow. He grew until he reached heaven itself. When the gods found him, Ishtar removed her clothing and attempted to lull him with music, but he didn't see or hear her (as he was a blind and deaf creature). The gods attempted to destroy him, but had no affect (he didn't even notice). Finally, Ea called for the Copper Knife that had been used in the seperation of heaven and earth. He then used the blade to sever Ulikummis from Ubelluris' shoulder; lopping the creature off at the feet. Teshub was then able to destroy the creature totally. It is interesting to note that this god's name is the same as a pair of twin volcanic mountains in Asia Minor. This may explain why he is said to be destroying mankind, even in his seemingly catatonic state.
*Ururu
< Ulili
< Ulili
| y
asis
*Ururu
< Ulilu
< Il(i)lu
| y
-an
kas
*Ururu
< Ulilu
< Ul(i)li
| ku
m
nis

Sumer: Ul = Stone. Mí → munus = woman, female (some read in certain contexts, but its relationship to munus is unclear). Men, OS men4 (a kind of crown or turban). Kù(g) (kug) to be sacred, holy; to sanctify. Kù(g) holy, sacred; shining, bright, clean, pure (cf. Vanstiphout, AV Jacobsen II (2002) 259f.) kú → gu7. Gu flax; linen(?); thread, string; snare. gu-du buttocks.

Ullikummi < Ul-lu Ku(r)-Mun(us) = “Homem de Pedra” da “sagrada Senhora”
do Monte < *Ururu-Kima-Anu, lit. “os “montes gémeos”
da assunção da deusa mãe Tiam(at) ao céu!
Estes montes eram suportados por Ubelluris, nome seguramente do mesmo conjunto original mas que corresponderia já a uma manipulação posterior do mito pois na origem seria seguramente o outro nome do outro monte gémeo.
Na mitologia Hurrita, Upelluri foi o "deus sonhador". Os deuses colocaram a pedra gigante Ullikummi sobre os ombros de Upelluri para formar o mundo. Enquanto sonhava, Upelluri não tinha conhecimento da sua carga. Ele tem sido comparado a Atlas da mitologia grega. A contrapartida hitita foi Ubelluris, um deus montanha que segurava a borda ocidental do céu nos seus ombros.
Sumer: Ul = Stone
De facto, sem que seja necessário forçar muito a fonética:
Ul-li-kummi < Ul-lu Ku(r)-Mun(us) > Kurmen
> Herman = Hermes & Apolo
< Apell-uris, lit. “monte de Apoll(on) < Up-ell-uri > Hur. Ubelluris.
Sumer: ugu, úgu (A.KA) (or a-gù) pate, top (of the head) (muhhu); account (Englund, BBVO 10, 72 n. 242; Hilgert, OIP 121, 385); an-pa = heaven's top, zenith. Ubur = Breast, teat; spout (of a vessel). Akan(UBUR) udder, teat, nipple. Uder = Sheep
Se em sumério ubur = mama, tetas; bico (de um vaso, tetinas de um biberão), não se entende porque é que a etimologia do úbere nas línguas ocidentais teria que descambar para veleidades indo-europeias sem sentido.
Úber = adj. abundante; • produtivo; • s. m. glândula mamária das fêmeas de alguns animais; • adj. fecundo; • fértil. < Lat. ūber = teta, mama, úbere, um peito que amamenta; riqueza, fecundidade. < Proto-Indo-European *h₁ewHdʰr̥-, *h₁owHdʰr̥-, *h₁uHdʰr̥- ‎(“udder”). Cognates include Vedic Sanskrit ऊधर् ‎(ū́dhar), Ancient Greek οὖθαρ ‎(outhar), Old and modern English udder.
«Úber» < Lat. ūber < ??? Proto-Indo-European *h₁ewHdʰr̥-,
*h₁owHdʰr̥-, *h₁uHdʰr̥- ‎(“udder”) < ??? > Sumer: UB-UR ⬄ Uder (ovelha)
> «odre».
O descrédito a que se dão as teorias indo europeias não tem paragem demonstrando-se cada vez mais que se trata de um movimento linguístico que surgiu antes do tempo numa época em que ainda não se conheciam bem as escritas mais antigas do oriente médio.
O próprio sumério parece indicar a origem etimológica do termo ub-ur a partir do sinónimo Akan que ao lado de A.KA (→ ugu, úgu = topo) nos leva a suspeitar que se trata das mamas da deusa mãe que estão no topo do peito ou estavam no topo do céu por onde Shu segurava a Noite identificando-se assim imediatamente o mitema de Shu como sendo Atlas segurando Anut a noite dos egípcios.
Ki-A-Nag = Fountain
Assim, parece ser o termo sumério, a-kan, o mais arcaico aglutinando o «a» de água com o «kan» que em sumério já não parece ter sentido mas que em proto linguagem nos reporta para Ki-An, o monte Sião da aurora primordial. A-kan, que em sumério já não fazia sentido como “água do monte” (como Ki-A-Nag é fonte) passou a significar primeiro leite ou “água do peito” e depois deu-se a metonímia para mama.
Ùĝ people, population (reading ukù is obsolete; some maintain the older reading un as with alam/alan rather than alaĝ). Úku(r) (ùkur) poor (person), pauper.
Do mesmo modo que a.ka em sumério se relaciona com ugu para significar topo é possível postular a existência de ukù a partir de úku(r). Só não se entende a figura de retórica que fez com que a “lenha do monte” passasse a significar topo da cabeça! Seja como for agora já é possível conectar as duas variantes ub-ur / akan para «mamas» a partir de úku(r).
A-kan ⬄ *a-kur < *úku(r) < ú-kur < ubur <= Subar-tu
    «Upa» < Egl. up < *upu > ukù > ugu.
The land of Subartu (Akkadian Šubartum/Subartum/ina Šú-ba-ri, Assyrian mât Šubarri) or Subar (Sumerian Su-bir4/Subar/Šubur) is mentioned in Bronze Age literature. The name also appears as Subari in the Amarna letters, and, in the form Šbr, in Ugarit.
A única conotação que de imediato nos ocorre entre Ubur e Sutartu é o facto de esta última ser uma região montanhosa ao norte da Suméria e por isso no topo da geografia arcaica e acima da foz do Tigre.
O Hitita Up-ell-uri revela um radical *Upel que pode indicial um deus esquecido que seria aparentemente apenas o “senhor (el) *Upa, ou seja de cima dos montes, e não ter muito a ver directamente com Apolo mas sobretudo deixa-nos dúvidas quanto à etimologia indo-europeia dos termos superlativos das línguas latinas e ocidentais.
Up (adv.) = Old English up, uppe, from Proto-Germanic *upp- "up" (cognates: Old Frisian, Old Saxon up "up, upward," Old Norse upp; Danish, Dutch op; Old High German uf, German auf "up"; Gothic iup "up, upward," uf "on, upon, under;" Old High German oba, German ob "over, above, on, upon"), from PIE root *upo "up from below" (cognates: Sanskrit upa "near, under, up to, on," Greek hypo "under, below," Latin sub "under;" see sub-).
De facto a raiz PIE *upo é o deus *Upel que identificamos no nome do deus hitita Up-ell-uri, entidade que não encontramos na mitologia suméria...porque possivelmente era de origem egeia onde tinha o nome mais provável de Hiperião, um dos titãs, filhos de Urano e Gaia que casou com Teia e de que nasceram Eos, Hélio e Selene. Segundo interpretações racionalistas dos helenistas estas crenças e a de ser considerado o deus da observação...tal como a sua irmã era a deusa da vista, decorreriam do facto de ter sido o primeiro astrónomo da história.
De Hiperión se nos dice que fue el primero en entender, por su diligente atención y observación, el movimiento del sol, la luna y las demás estrellas, así como de las estaciones, que están provocadas por estos cuerpos, y dar a conocer estos hechos a los demás; y por esta razón fue llamado padre de estos cuerpos, pues había engendrado, por así decirlo, la especulación sobre ellos y su naturaleza.
Ovídio, que identificava Hiperião com Mitra, que nasceu de uma rocha, refere que os persas lhe sacrificavam cavalos, porque nenhuma vítima lenta poderia se sacrificada a um deus rápido...como teria que ser o pai e observador atento dos grandes astros. No entanto, a posição de sustentáculo atlântico do mundo não se encontra tão explícita como a de Shu na mitologia egípcia onde aparece a separar o céu da terra. Não é no entanto o pai do sol e da lua nem da aurora mas...separando o céu da terra permitiu que aparecimento da luz do sol que dá vida e luz ao dia e então, pelo menos aparentemente criou as estrelas.
Anhur's name also could mean “Sky Bearer” and, due to the shared headdress, Anhur was later identified with Shu, becoming An-hur-Shu. He is the son of Ra and brother of Bastet if identified as Shu.
Figura 8: Chu, o deus dos egípcios que separava o céu (Nut) da terra (Gebo). Este mitema seria o que os cretenses usavam para Hiperião mas que os gregos não conservaram inteiramente.
De facto, se a estrutura morfológica simples do nome de Shu não permitiria encontrar o paralelismo com Hiperião já a forma compósita An-hur-Shu, sim que o explicita bem! Em simultâneo recuperamos o rasto sumério do céu Anu que os egípcios haviam trocado de sexo para Anute...tal como haviam trocado o de Ki / Ge para Gebo demonstrando-se assim que a mitologia egípcia era importada seguramente de Creta onde a ordem do nome está mais correta.
An-hur-Shu = Shu-Kur-An < Shu-Ker-Anu > Shu-pher-u-An
> Hyperion / Ὑπερίων > Cyp(e)rian-(us) <       Shu-pher > Lat. Super, us, ior.
Super- = word-forming element meaning "above, over, beyond," from Latin super-, from adverb and preposition super "above, over, on the top (of), beyond, besides, in addition to," from *(s)uper-, variant form of PIE *uper "over" (cognates: Sanskrit upari, Avestan upairi "over, above, beyond," Greek hyper, Old English ofer "over," Gothic ufaro "over, across," Gaulish ver-, Old Irish for), comparative of root *upo "under" (see sub-).
Over (prep.) = Old English ofer "beyond, above, upon, in, across, past; on high," from Proto-Germanic *uberi (cognates: Old Saxon obar, Old Frisian over, Old Norse yfir, Old High German ubar, German über, Gothic ufar "over, above"), from PIE *uper (see super-).
Above (adv.) = Old English abufan, earlier onbufan, from on (see on; also see a- (1)) + bufan "over," compound of be "by" (see by) + ufan "over/high," from Proto-Germanic *ufan- (cognates: Old Saxon, Old High German oban, German oben), from PIE root *upo (see up (adv.)).
Obviamente que todas as etimologias que procuram outra explicação mais banal no indo-europeu esbarram com estes elevados factos mitológicos colocando-se assim em posição sub lunar de inferioridade manifesta. Na verdade os supostos indo europeus são antes derivados do nome e do culto de Hiperião.
Quanto ao termo inverso relativo à inferioridade é possível que tenha ocorrido por mera inversão do sentido de termos corrompidos derivados de super possivelmente conotado com a fonética e a mitologia de Gebo, cosmologicamente colocado em posição submetida e inferior a An-hur-Shu.
Sub- = (…) This is said to be from PIE *(s)up- (perhaps representing *ex-upo-), a variant form of the root *upo- "from below," hence "turning upward, upward, up, up from under, over, beyond" (cognates: Sanskrit upa "near, under, up to, on," Greek hypo "under," Gothic iup, Old Norse, Old English upp "up, upward," Hittite up-zi "rises"). The Latin word also was used as a prefix and in various combinations.
Embora o mito hitita não o diga de maneira explícita podemos aceitar que, sem ter que forçar muito as coisas, do mesmo modo que existem semelhanças fonéticas entre estes nomes e o nome de Illuyankas também terão existido relações semânticas entre eles na medida em que terão feito parte do mesmo mito relativo ao montes vulcânicos gémeos, ainda hoje denominados Ulikummis na Ásia menor.
Figura 9: Panteão hitita de Yazili-kaya, lit. “o espaço dos reis”.
Yazilikaya < Wiziri-kaia < *Ki-phuris-Gaia > Grec. Basileia.
Teshub subjugando os montes Ulikummis. A aparência suméria das suas vestes não deixa de ter que ser apreciada como uma metáfora de vitória sobre povos estrangeiros de cultura suméria possivelmente hurritas.
Illuyankas = «dragão» < Thrakan < Warki-an > Vulcano < *Kauran
< (El) Kaury an (u)s ?
Illuyankas <*Ururujankas < Il ury Enki(as),
lit. “o altíssimo guerreiro de Enki”.
Illuyankas: A dragon slain by Teshub. There are two versions of this myth. In the old version, they two gods fight and Illuyankas wins. Teshub" then goes to Inaras for advice, and she devises a trap for the dragon. She goes to him with large quantities of liqure, and entices him to drink his fill. Once drunk, the dragon is bound, and Teshub appears with the other gods and kills him. In the later version, the two gods fight and Teshub, again, loses. Illuyankas then takes Teshub's eyes and heart. Teshub then has a son, who grows and marries Illuyankas' daughter. Teshub tells his son to ask for his eyes and heart as a wedding gift, and it is given. Restored, Teshub goes to face Illuyankas once more. At the point of vanquishing the dragon, Teshub's son finds out about the battle; realizing that he had been used for this purpose. He demaned that his father take him along with Illuyankas, and so Teshub killed them both.
Ver: OS DEUSES OFÍDIOS / A COBRA E A SEXUALIDADE (***)

THE MOUNTAIN FALLEN AWAY

THE MOUNTAIN FALLEN AWAY As we saw above, the Central Mountain is also called "Mountain-fallen-away" or "Sky-reaching-butte". The ritual for the construction of figure of this butte is described thus:
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This butte is not constructed of anything common... First, clay for pots is built into a tapering cone, but not to a point...
After this is made,... black from burned herbs is sprinkled over, in order to represent darkness... On the flat top is a small black circle and, across this, a red cross representing the fire inside. In other words, we have an exact miniature of a volcanic peak covered by soot and by enveloping dark smoke. We can compare the Navajo sandpaintings with the ones from the Mayas, shown in Fig 4 below. This figure is taken from a Mayan Codex. Except for the different style, the conception is exactly the same as that of the Navajo mandala of Fig. 2(c). At the four corners, we have the Four Trees of Life, each attended by two Guardians, each having a bird sitting on top, exactly as in certain Navajo sandpaintings.
At the center of the mandala — the Center of the World — we have the figure of a warrior wielding a three-pronged thunderbolt (or vajra). This figure closely evokes the similar ones of Zeus and Shiva, likewise three-pronged. This warrior is the Sun or, perhaps, his "son", who is indeed his renewed avatar. And the three-pronged vajra (thunderbolt) wielded by the personage is indeed the three-peaked mountain Trikuta, the same as Mt. Meru, the Holy Mountain of Paradise.
In the previous footnote we saw how, in India, the words for "thunderbolt" (ulka) and for "volcano" (ul-kan) are more or less synonymous. Hence, the thunderbolt-wielding god here portrayed is indeed a personification of the three-peaked, volcanic mountain of Paradise (Trikuta). Such a visual wordplay — which does not obtain in Amerindian languages or any others — can only have originated in India. [6]
Mt. Kumeru < Ki-Mer-u, lit. o masculino de Kimer, a quimérica deusa Terra Mãe, primordial, o que, no contexto, seria o seu próprio filho primogénito, Hermes, pelos visto também deus Vulcano, o vulcão Trikuta (< Tary-Kiash, lit. «triplo fogo») da tripla cabeça draconiana.
Vulcanus < Wul-Kan < *Kur-Ki-An > Hul-Kan > Ul-kan
The conclusion is also that the similar themes in the other mythologies of the world are also consequently of Hindu origin, unless contrary evidence is obtained. [7]
The name of the "Mountain-fallen-away" is a direct translation of the Hindu originals which figure in innumerous myths under names such as that of "Decapitated Mountain". This mountain is no other than Mt. Meru or, more exactly, Mt. Kumeru, the Holy Mountain of Paradise.
Ver: ATLAS (***)
Mount Kumeru, the Decapitated Mountain, is the mountain of the Goddess, just as the Sumeru or Kailasa is the mountain of Shiva, her husband. The Goddess is often called by names meaning “mountain”, such as Giri, Girika, etc.. As “the Decapitated One”, Kali, the Great Black Mother, is called Chinnamastaka, a term that means just this same thing.
Mount Meru is the Mountain of the Fallen Sun. This mountain is the same as the Biblical Mt. Sinai, a name that means, in Hindu tongues, “the Decapitated Mountain”. The word is derived from the Dravida Cin-ai or Cin-ay, meaning “The Mountain of the Fallen Sun (or of Shiva)” or, yet, “the Mountain of the Decapitated Ancestors”. This is the same etym as that of Mt. Kinabalu, the loftiest and the most holy mountain of the whole of Indonesia.
Mt. Kinabalu is also considered the Mountain of the Dead Ancestors and the site of the defunct Paradise. Mt. Kinabalu is literally a butte (or “decapitated mountain”). The name derives from the Dravida, the Holy Tongue of the region, and means “The Split Mountain” (Kina-palu) or, yet, “The Mountain of the Dead Ancestors” (Kina-paru), precisely the same as the etyms just given.
Mt. Meru <= Mt. Kumeru < *Kima-Ur, lit. “monte de Kima(at),
a deusa mãe do fogo primordial” > Ki-Ur-Ma + ish
=> lit. “o monte de Hermes.
Mt. Kinabalu < Ki-an-Apalu, lit. “o monte de Apolo”!
Sendo assim, em vez da tese dos montes decapitados encontramos o rasto dos “montes gémeos” da aurora que entre outros nomes foram Hermes & Apolo. Neste mesmo campo mítico se inscreve, obviamente o mito bíblico da “torre de Babel” enquanto intuitiva sabedoria da destruição da inevitável “casa de Deus” e do “templo da sabedoria” por causo do maior dos pecados contra o espírito santo, que é o pecado do orgulho na busca da imortalidade! O pecado do orgulho andou sempre de paredes-meias com o do fanatismo religioso que teria estado na raiz causal da queda de todos os templos dos judeus, caldeus e todas as megalomanias em geral!
Claro que Hermes se relacionava com os pilares ocidentais do mundo que demarcavam as ombreiras das da porta do inferno por onde o sol-posto mergulhava no Atlântico! Por sua vez Apolo presidia aos pilares do sol nascente o que no caso é geograficamente congruente porque a Indonésia ficava a oriente da Índia, sendo assim aceitável que a corrente cultural responsável viesse do ocidente! A antiguidade da história escrita faz pensar que tudo tenha começado na suméria mas quem sabe se não terá sido no vale do Hindu nos substratos da civilização de Harapa? Porém, até ver, a lógica da evolução da escrita faz pensar que esta civilização seriam antes uma colónia suméria ainda pouco alfabetizada e por isso numa fase incipiente em relação à suméria razão pela qual não restaram grandes elementos escritos que permitam reconstruir a sua história depois do seu brusco colapso concomitante com o cataclismo do império cretense que ou arrastou consigo todo o mundo arcaico contemporâneo ou foi o resultado dum cataclismo mais vasto que passou um pouco por todo o mundo antigo.
Maju < Mashu < *Ama-Chu, basque divine spirit.
Em qualquer dos casos estaríamos perante simples epítetos de Ea significativos já de uma evolução politeísta em direcção à autonomia teológica de Hermes. Pondo de lado, por agora, a forte suspeita de ter sido Enki, o Espírito Santo, que foi a origem de todos os equívocos semânticos de que se gerou o politeísmo, podemos encontrar na tradição mesopotâmia as seguintes referências linguísticas relacionáveis com o nome de Hermes.
Enmeshar-ra: A Sumerian Underworld god.
E-shar-ra: Name of several temples, including on of Anu in Uruk and one of Assur in Assur city. Eshgalla (E-ish-gal-la <= E-Shar-ra?) : "Great Shrine"
E-meslam: "Meslam-house."  Temple of Nergal in Kutha." = sum. E + Mesh + lam, literalmente o «o palácio do príncipe da abundância»!
ra: to strike, stab, slay; to stir; to impress, stamp, or roll (a seal into clay); to flood, overflow; inundation; to measure.
Sendo assim, esse desconhecido deus do submundo e dos infernos seria já um equivalente do deus dos mortos que foi Hermes pois Enmesharra soa a algo que seria literalmente “o príncipe e Senhor do monte fortificado” contra os riscos de dilúvio e invasão!
Enmesharra = En + mesh + | Shar-ra < *Kur-la > Galla),
Mas é óbvio que não estaremos diante dum autêntico deus individualizado no panteão sumério pois, neste caso, dada a exaustividade dos escritos míticos destes tempos, esta entidade já seria bem conhecido dos mitólogos. Enmesharra é seguramente um epíteto de Enki/Eia, enquanto senhor dos infernos, e que corresponderia já ao conceito teológico que viria a dar origem ao nome de Hermes.
Enmesharra < = En Mmesh + | Sharra < *Kur-la |
< An Kur mesh > Hurmesh > Hermes.
Sirsasa (< Kurkaka, also Saria < Kar Ea): Name of mount Hermon (< Herme An) in the Lebanon.
Uma das manifestações deste conceito mítico corresponde ao nome mítico do monte Meru (< Me-kur < Kurme) do hinduismo tal como ainda o nome geograficamente bem localizado do monte Hermon na Síria.

A DUPLA MONTANHA DA AURORA

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Figura 9: Ararat ou os belos e elegantes «montes gémeos» da aurora!
According to these hypotheses, the sacred mountain (High Hara) and the magical sea (Vourukasha) would correspond to either Mt. Rewanduz and Lake Urmiah; Mt. Ararat or Mt. Aragats and Lake Sevan; Mt. Suphan or Mt. Nemrut and Lake Van; or Mt. Savalan or Mt. Demavend and the Caspian Sea. This last is the favorite of later Iranian tradition. Jackson suggested that Azerbaijan was the most likely site for Airyanem Vaejah, and that the later Zoroaster also hailed from this land of mountains, rivers, and prized pasturage (104). [8]
Ararat < Haur-Haurat < Karkur-ash < Kur-Kur-Kiki,
a mais provável “dupla montanha da aurora”!
8:4 requievitque arca mense septimo vicesima septima die mensis super montes Armeniae.
Estes montes da Arménia seriam os «montes gémeos» de Ararat. A relação destes montes com a barca de Enki pode não ser meramente fortuita na medida em que já vimos que as portas do céu eram também as do inferno que, tanto poderiam ser cavernas como cumes de montes sagrados. No caso de montes Ararat, o facto de serem picos vulcânicos de neves eternas ainda os tornavam mais sagrados, primeiro por serem gémeos e depois por serem quase cones perfeitos e sobretudo por serem montes de eterno alvor dedicados a Inana, a “Branca-de-neve” e a “Branca-Flor”. Ora, como se viu a propósito da mitologia da “torre de Babel”, existe uma estranha relação etimológica entre o nome da babilónia, as cavernas e as barcas, seguramente por intermédio do mitema da “barca solar de transporte das almas” de que a barca de Noé seria o equivalente humano. De resto, o Noé sumério (Ziusudra) era de facto um filho mortal de Enki o que pressupõe que a mitologia do dilúvio fazia parte do ciclo de Enki e que a “barca de transporte solar” era nem, mais nem menos, a sua barca sagrada. De resto, enquanto “deus das águas doces”, Enki era o deus da navegação dos rios e, por extensão, o Sr. dos mares que chagavam até ao céu com a barca solar!
Ver: ENKI (***)
Porém, muitos terão sido os “montes duplos”, tão famosos quanto míticos, como de seguida de demonstrarás. Outros eram os nomes sumérios da sagrada montanha do “nascer do sol” tais como Kur-dutu-e-a, "the mountain where the sun rises," e Ki-dutu-e-a, "the site (or Earth) of the sun-rise," que como se verá de seguida se relacionavam com a mitologia de Nergal.
Taking our clue from the acknowledged relationship between the kur and the ki-gal - the "great below" or "great earth" - it can be seen that the earth of Sumerian cosmology cannot be divorced from the concept of the World Mountain. That the earth was viewed as a two-peaked mountain only confirms this deduction. Viewed from the standpoint of the Saturn-thesis, the primeval "earth" of Sumerian cosmology has reference to the crescent when positioned underneath ot below the ancient sun-god. Hence the parallelism between the expressions kur-dutu-e-a, "the mountain where the sun rises," and ki-dutu-e-a, "the site (or Earth) of the sun-rise," which we noted earlier. As we have seen, Nergal/Mars was intimately associated with the mountain of the sunrise, being said to rise or appear in the kur-u-e. Yet the hur-sag-ki-a, literally "earth- mountain," was regarded as his special province.
It is well-known, of course, that Nergal served as the Sumerian god of the Underworld, the latter commonly known as the "earth." Various names of Nergal/Mars commemorate this aspect of his cult. Witness the name Lugal-ki-gu-la: "King of the great Earth." The name Hus-ki-a, "Angry one of the earth/netherworld," is of similar import. [9](...)
Como se vê muitos foram os epítetos deste deus dos infernos, alguns óbvias e enfáticas invocações! Um deles, Hus-ki-a, chega a ser sugestivo dum arcaico nome de deus do fogo talvez relacionado com a deusa do amor Hitita, Kaushkia, equivalente de Ishtar, paredro de Ishkur. De resto, Nussiku (< An + Hus-ki-a), o epíteto de Eia acima referido pode ter sido originado por esta via.
Porém, o mais interessante será verificar que a sublimidade do nascer do sol levou à criação destes augustos conceitos, tão míticos quão astrológicos, demonstrando mais uma vez que a mitologia antiga não era mais do que uma religião solar centrada num embrião de astronomia! Por outro lado, o termo kur-dutu-e-a, permite-nos pressupor que o nome de Ea significou apenas “o templo ou casa da água” que era o deus Enki, deus que era também o Sr. da alvorada pelo que Ea acabou sendo a branca luz da manhã explicando assim que tenha chegado à Grécia na forma feminina de Eos! Assim os Albaneses de hoje denunciam que quem lhes pôs o nome foram gentes situadas a ocidente, muito possivelmente os latinos que poderão ter trazido o nome na bagagem de Eneias da Anatólia com ligações à Síria.

EBLA E A EPIFANIA DA BRANCURA

O nome da cidade Síria de Ebla revela a epifania do sentido de brancura.
Supostamente “o nome "Ebla" significa "rocha branca", e se refere à rocha calcária sobre a qual a cidade foi construída”.
Ba-al = to dig up/out, excavate, mine, quarry (herû); to unload (a boat). > bal, bala = to cross over, pass by or through; to overturn turn over, around, aside, upside down, against; to change, exchange; to pour out (liquid).Babbar, bar6-bar6 (PSD bábbar) v. and adj. (to be) white, shining.
«Alba» < El-ba < Ebla < E-| Ba-al ó Ba-(b)ar < Bab-bar < Kur-Kur.
Ebla terá sido então o templo de El (escavado na rocha) branca (dos montes da aurora). Quer isto dizer que o sentido complexo emergiu de palavras simples por múltiplas ressonâncias fonéticas significantes, sugestivas e adequadas.
Alburz = The Zoroastrian 'cosmic mountain', aka “Hara-iti” or “Hara Bereza-iti”; an actual mountain range in northern Iran. This name seems to be a cognate with the Alps, the Mons Alban near Rome, Albion (the name of early medieval Scotland), with a root meaning “white”.
Al-burz < Al-bur(-ish) ó «Alvor» e a «Branca de Neve» das altas montanhas!
                          < Har-Wur < Hara-Kur < Kaurakur < Kur-Kur!
                                           ó Hara-Wer-esha-Iti > Hara Bereza-iti
Nergal is also brought into specific relationship with the kur. An epithet of the Sumerian war-god characterizes him as En-ki-kur-ra, "lord of the mountain land." [10]
Porém, o epíteto En-ki-kur-ra, ainda que literalmente signifique o «senhor das serranias» e das terras altas, a verdade é que é o mesmo que Enki Kur-kur, ou seja Enki/Eia, o deus que era assim o senhor das cordilheiras! Dito de outro modo, Nergal era apenas Enki, senhor de todas as águas do céu da terra e dos infernos, e, por isso, senhor do Kur e Deus Sabaoth de todos os exércitos!
Equally baffling from an astronomical standpoint are those passages in which Nergal/Mars is associated with the site of the sun's disappearance. Witness the epithet Lugal-ki-du-su-a: "King of the site of the Sunset." According to Sjöberg, the epithet Hus-ki-a likewise characterizes Nergal as "Lord of the sunset." A closely related epithet is Lugul-du-su-a: "King who effects the Sunset." Once again we are presented with a glaring anomaly: What, if anything, does the planet Mars have to do with the site of the sunset in the west? In the current arrangement of the Solar System, the answer is simply "nothing."
In apparent recognition of this anomaly, some scholars have sought to question the literal meaning of these epithets. [11]
Enki era tanto o deus das vitórias quanto das derrotas, tanto da aurora quanto do sol poente (sumer. su-a, < Zu a? a águia de Enki que se afoga nas águas, a, do mar?)! Seja como for, a verdade é que estamos perante um deus dos «dois horizontes» do sol o que nos reporta para o Egipto onde vamos encontrar Harmachis.
Claro que não vamos considerar que estamos apenas perante uma mera coincidência! Em boa verdade, a investigação científica não faria qualquer sentido se esta obvia relação entre os conceitos cosmológicos sumérios e este epíteto de Hórus fosse questionável. Harmachis, possivelmente uma variante hercúlea de Haroeris ou Hórus (o antigo) deus sol (Kor < *Kar < Kur < ki-ur, «o guerreiro da montanha cósmica»), não era de facto senão a manifestação de Enki enquanto senhor do Kur e, por isso, considerado o guardião das tábuas da lei da sabedoria (me) e uma manifestação de Kefri (< Ki-ki-ur «o guerreiro da terra mãe», ou Ra entre as duas terras!) o deus da aurora, que Ea era, quanto mais não fora por ter sido o marido de Eos, pelo menos na cultura dos helenos!

AKHET

Har-em-akhet : "Horus upon the Horizon". Another form of Horus in which he figures as a sun god (identified with Re-Her-Akhety). Later is was believed that the sphinx of Gizeh represented "Horus of the Morning Sun" looking toward the eastern horizon. Also Her-Akhety, "Horus of the Two Horizons". Harmachis is the Greek rendering of the name. In this form he represented the rising sun and was associated with Khepri. He was also considered to be the keeper of wisdom. He was sometimes pictured as a man with a falcon's head, or a falcon headed lion. But his most recognizable form is that of a sphinx, or as a ram-headed sphinx.[12]
Por outro lado, Hus-ki-a, o nome de Nergal enquanto Lúcifer, o Sr. das «iras dos infernos», pode ser uma arcaica referência a uma relação conhecida dos deuses infernais com a aurora pois, tem a ressonância fonética suficiente para suportar uma correlação com o termo egípcio Akhet. E é assim também que se entende porque é que Hermes foi invocado como ERMHS O AKAKHTA QEOS (Hermes Ho Akaketa Theos)! Obviamente por ter sido o «Deus Graciosa dos reinos de Ágata, a terra das duas sublimes montanhas da Aurora»! De facto, Akaketa < Akhet !
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Figura 10: Avenida de esfinges com “cabeça de carneiro” à entrada do templo de Karnak (Império Médio), manifestação do orgulho triunfal dos pastores de carneiros. A simbologia solar dos carneiros ficou patente no símbolo homónimo do Zodíaco e pode ter tido a sua origem no particular sucesso económico dos criadores de gado lanígero no início da história escrita, seguramente que em consequência da utilização da lã no fabrico de vestuário cardado, como o atesta a iconografia suméria! O sol dá calor e a lã protege do frio! O carneiro dá lã e é Amom-rá, o deus da luz solar!
Akhet é a variante egípcia, linguisticamente já muito mais elaborada, do sumério Ki / Kur-dutu-e-a.

KUR-DUTU-E-A

Na verdade, estas duas formas sumérias de nomear a montanha da aurora terá levado à palavra somatória *Kikuruto de que deriva directamente o «cocuruto» lusitano, termo que no Alto Douro degenera no provincianismo cocruto que significa “cimo ou topo de qualquer coisa a encher” e na forma elíptica «coruto»...e não curuto como se, em qualquer dos casos, se tivesse sempre que esconder as indecências do «cu» e como se com esta fonética às arrecuas não andasse o nome em francês da parte alta do corpo onde se usa o cachecol, essa peça de vestuário que é literalmente um “tapa pescoço”.
«Cachecol» < Fr. cache-col, tapa-pescoço ??? = faixa de tecido de abafo que se enrola ao pescoço para proteger especialmente a garganta e o peito ó Fr. cache-cou.
Obviamente que o termo composto francês cache-cou só poderia ter dado origem ao «cachecol» se tivesse havido uma forma arcaica, possivelmente provençal, de tapa «golas» e «colarinhos» parecida com um *cache-guelle, ou seja, literalmente um “agacha goelas”.
Por outro lado, a ideia peregrina de que «cocuruto» derivaria de uma raiz *coc, elevação, crista, pela onomatopeia do cacarejar do galo”, confrontado com o coq francês é de facto tão arbitrária como seria faze-la derivara, nos mesmo termos, do cantar do «cuco» porque nos ficaria sempre a faltar a etimologia da porção –ruto, que, por não corresponde a uma sufixação comum em português, nos reposta para o sufixo comum –uto, ou seja, para a suspeita de que a verdadeira raiz etimológica de«cocuruto» ser cocur- que nada terá a ver nem com cuco nem com galo...ainda que possa ter a ver com «cocorocó»! Acontece porém que «cocorocó» não é um verdadeiro e puro onomatopaico porque não é universal nem uma transcrição literal do cantar dos galos. De facto, há muito de convencional na linguagem gramatical dos animais que mesmo quando tem muito de onomatopaico não deixam de ter ainda mais de preconceito cultural.
Palram pega e papagaio
E cacareja a galinha; (...)
Cucurica e canta o galo;
Late e gane o cachorrinho.
Na verdade até podem mesmo ter quase tudo de preconceito ideológico marxista-leninista de Sérgio Godinho.
«O galo canta de galo
a galinha cacareja
e o pintainho deseja
o fim de tanto badalo
e o galo canta de galo».
Em bom rigor tanto o galo como a galinha apenas emitem sons algo parecidos com «cococó», variando apenas na frequência, oportunidade e vigor musical! A galinha pode ser quase tão ruidosa quanto o galo quando põe ovo!
Em espanhol o «cacareo» é de ambos os sexos enquanto a galinha «claqueia»!
Em latim há dois cantos do galo, comarpire e cucire, possivelmente referentes ao despertar do galo e ao canto do galo que galou galinha enquanto a linguagem das galinhas (caccinare, elemare, pipare. glocire, glocitare) é rica e variada como a voz feminina. Em inglês parece acontecer o mesmo porque a voz da galinha leva o nome: cluck, cackle, bock, chirp, crow, screech, peep, cockadoodledoo (americano?).
Em português o galo canta e cucurica porque em francês «le coq chante et coquerique». Porém, a voz da galinha francesa leva os nomes: caquette, claquette, glousse!
Enfim, encontrar onomatopaicos de voz galinácea nestes termos para justificar a relação do galo francês com o «cocuruto» lusitano é puro desespero!
Ora, é bem possível que este preconceito do academismo francês, copiado pelos portugueses, seja uma descoberta a partir da leitura dos clássicos helénicos que deixaram por herança aos gregos modernos o nome do galo como sendo Κόκορας cuja linguagem definem como sendo κικιρίκου. Então, o galo só cucurica para ficar próximo do preconceito de que emite um som parecido com cocorocó, ou vice-versa e tudo afinal decorrente de um preconceito cultural muito arcaico que relaciona o galo com o despertar do sol entre as montanhas da aurora!
«Cocuruto» < Kau-Kur-Utu, lit. “a terra da montanha do sol”
ó Ki + Kur-Dutu-E-A.
Estando Akhet relacionado com os leões Aker, é-nos permitido postular que:
Akhet < Ak(er)-het, lit. a casa dos leões Aker                              < Haker!
                                < Kikurhet < Ki-Kur-utu-ea ó (> Zigurat) > Haker
> Sakar.
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Akhet was the horizon from which the sun emerged and disappeared. The horizon thus embodied the idea of both sunrise and sunset. It is similar to the two peaks of the Djew or mountain symbol with a solar disk in the center. Both the beginning and the end of each day was guarded by Aker, a double lion god.
In the New Kingdom, Harmakhet (= Har-em + Akhet = "Horus in the Horizon") became the god of the rising and setting sun. He was pictured as a falcon, or as a sphinx with the body of a lion. The Great Sphinx of Giza is an example of "Horus in the Horizon".
Djew means mountain, the symbol suggests two peaks with the Nile valley in the middle. The Egyptians believed that there was a cosmic mountain range that held up the heavens. This mountain range had two peaks, the western peak was called Manu, while the eastern peak was called Bakhu. It was on these peaks that heaven rested.
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The mountain was also a symbol of the tomb and the afterlife, probably because most Egyptian tombs were located in the mountainous land bordering the Nile valley. In some texts we find Anubis, the gaurdian of the tomb being referred to as "He who is upon his mountain." Sometimes we find Hathor takeing on the attributes of a deity of the afterlife, at this time she is called "Mistress of the Necropolis." She is rendered as the head of a cow protruding from a mounatainside.[13]
Djew < Xeu < Ishew < Ash-ewa < *Ish-Ki-Ki => Sumer. Hus-ki-a.
Ver: AKER (***)
Não é a primeira vez que a fonética grega é rejeitada em detrimento de modernas fonéticas restauradas à luz duma escrita que foi sempre essencialmente ideográfica e não fonética. A fonética derivada da leitura dos hieróglifos não pode, obviamente ser suficientemente segura para por em causa as adaptações da mitologia egípsia que os gregos ptolemaicos fizeram de ouvido! Nesta caso pelo menos, Hermachis, por estar mais próximo da etimologia de Hermes, pode estar mais próximo da fonética original do que Har-em-akhet (< Kar ame Kathe). No entanto nada obsta a que ambas se aproximem de um antepassado comum que seria *Kur-Mashu/Karmo-Kiki.
Variantes muito mais abusadas deste nome seriam as seguintes:
Har-mau - Another manifestation of the god Horus, this time as 'Horus the uniter'. In this form Horus achieves the uniting of the kingdoms of Upper and Lower Egypt. Also known as Harsomtus.
Harsomtus < Ar(es)-mo-tu < Har-mau + at(u) < *Karmo-Kiki.
                                                 Har-mau + at(u) > Harmaiati > Armaiti.
Spenta Armaiti, one of the Zoroastrian Beneficent Immortals. Before that he was Iranian earth-god.
No entanto a semântica da “dupla montanha” da Sr.ª do Parto da Aurora não desapareceria antes de se encontrar nas colunas de Hércules com mais um Horus hermético.
Harmerti < Har-mau + Heret < Karme Kaurat
< *Karma-Kartu < *Kur-Ama-Kur-| tu < et < ish < Kiki|
> Ma-Her-Kartu => Melkart.
Harmerti (< Kar ma + Ura Ki > = ) - The name of Horus as the falcon-god “with the two eyes” which represent the sun and the moon. He was also worshipped as the hero that restrains monsters such as Apep.
Figura 11: diagrama de vários pictogramas montanhosos
A universalidade da mística da “dupla montanha” da Sr.ª do Parto da Aurora encontra-se exemplificada nesta quadro.
Aparentemente esta montanha mítica parece ter sido tripla mas a verdade e que deve existir aqui algum equívoco porque, aceitando que os egípcios não andaram vários milénios enganados a escrever os mesmos conceito, a tripla montanha era utilizada para descrever as terras dos “bárbaros e selvagens” do estrangeiro.
Com os preconceitos da nossa cultura, seriam “serranos e montanheses, gente inculta, e sem modos nem preparos”!
Sendo assim, «Kur-Kur» teria sido em tempos idos sinónimo de montanhas distantes de gentes estranhas ou seja de povos estrangeiros. Deste ideograma teria nascido o termo sumério Lu-Bar-Ra = estrangeiro e possivelmente o mitema que deu origem ao barbarismo grego.
No catálogo das estrelas suméria pode ler-se: UR.BAR.RA = barbaru = "O Lobo"; alpha Trianguli.
Barbaru em sumério seria também o deus supremo que habita o cume das altas montanhas, significando o Brilhante planeta Júpiter.
A relação entre o planeta Júpiter e a estrela “O Lobo” pode ser um dos muitos equívocos das modernas interpretações das escritas ideográficas arcaicas mas pode também uma forma indirecta de confirmar a nossa tese de que os cumes das altas montanhas da Deusa Mãe da Aurora era terras de estrangeiros mas também de lobos brancos e dos deuses supremos.
Bárbaro é um termo pejorativo para se referir a uma pessoa que não é ou foi civilizada, geralmente indicando um membro de uma determinada nação ou grupo étnico - geralmente uma sociedade tribal - vista por integrantes de uma civilização como inferiores, ou admirados como selvagens nobres.
O palavra barbarismo era originalmente usado pelos gregos para o uso de termos estrangeiros usadas no seu idioma relacionado com o palavra "bárbaro", uma ideofonia da onomatopeia “bar-bar" que no grego Antigo era equivalente ao som actual blá-blá de quem fala por falar sem saber o que está a dizer!
Ver: KAURAN (***)

MACHU PICCHU

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Figura 12: Machupicchu, a bela cidade perdida dos Incas.
Sabemos que poucos povos manifestaram uma forma de mitologia naturalista mais radical do que os Incas que adoravam as grandes forças da natureza nas suas expressões mais simples e espectaculares que eram o sol e as altas montanhas dos Andes (< Anthue < Antuhe < Antu ki, literalmente terra da deusa mãe do céu?). De entre estas nenhuma poderia ter tido um nome mais explicitamente correlacionado com a mais arcaica mitologia do nascer do sol! «Macho Piccho» o lugar onde o sol se ergue como macho, de piço erecto no céu!
Durante séculos, Machu Picchu permaneceu oculta debaixo dum espesso manto de vegetação, rodeada de montanhas de singular beleza e praticamente debruçada sobre o Cachão do Urubamba, até que em 1911 o professor Hiram Bingham, da Universidade de Yale, deparou com ela quase por casualidade, enquanto buscava Vilcabamba, o último refugio do Inca depois da chegada dos espanhóis. Encontra-se situada a 2,350 metros do nível do mar. Localizada a 60 milhas a Norte de Cuzco no Peru, Machu Picchu é simplesmente o pico mais espectacular e o local arqueológico mais famoso da América do sul.
Se Machu Picchu, foi ou não o local mítico de Vilcabamba é mais do que discutível tanto mais que podemos estar diante de mais um dos equívocos históricos fazedores de mitos. Se Vilcabamba significa em língua quíchua, "Vale Sagrado" (willka = espírito de Viracoccha, sagrado, pampa = plano), quando na verdade poderia significar «campo santo dos heróis ó barões = wil > vir porque, a este nível de tradução, os sentidos formais podem não ser o mais realistas) então Vilcabamba pode de facto ter sido um genérico para todos os lugares relativo a cultos de poder Incas, como Machu Picchu.
Machupicchu (como casi todos los nombres Quechuas de pueblos o lugares diversos en la región) es una palabra compuesta que proviene de machu = viejo, y picchu = cumbre o montaña (en Quechua es masculino); por lo tanto Machupicchu se traduce como "cumbre o montaña vieja". La montaña célebre que se observa en frente y aparece en las vistas clásicas del lugar es denominada Waynapicchu o "montaña joven". Desafortunadiemente los nombres de origen de los sectores en mención se han perdido, Machupicchu, Waynapicchu y otros nombres propios encontrados hoy son contemporáneos, adscritos después del arribo de Hiram Bingham a la región. -- "Qosqo, Inkas' Sacred Capital" [15]
O último parágrafo deste comentário sobre a origem do nome de Machupicchu seria particularmente decepcionante se não se estivesse habituado a baldadas de água fria deste tipo a vários pretextos e em ocasiões e locais diversos! Os desmancha-prazeres existem, são necessários para acalmar os ânimos dos mais desastrados e, por isso, disfarçam-se como podem no seu papel de advogados do diabo! Pessoalmente entendo que é já suficientemente espantoso o simples facto de “um cume de montanha” ser um piccho em língua Quíchuas (foneticamente quase um «piço» fálico em língua lusa, ainda assim, perto do termo «poço», seu conceito inverso, e seguramente nada distante do mesmo «pico da montanha»)!
Que um “cu de macaco velho” seja sinónimo de provas dadas no campo da virilidade também não será de espantar.
Em qualquer dos casos, se, quem pôs o nome a esta bela “dupla montanha” sagrada dos Incas, o fez aleatoriamente, tal pode ter sido, mesmo assim, por bafejada inspiração de algum descendente local de velhos sacerdotes dos deuses solares destes montes. As toponímias arcaicas mais autênticas não costumam ser muito mais explícitas do que esta! “Velha montanha ou honorável monte” não serão conceitos muito diferentes dos de “sublime e augusta montanha” já que o conceito de base é o da «respeitabilidade» que, entre os primatas, e não só, só a idade concede aos machos dominantes!
De resto, Machu Picchu vem aqui referido precisamente em relação ao facto de o termo Machu ter andado ligado a um monte e logo numa civilização ameríndia!
Claro que o termo Machu da língua Quíchua que hoje é suposto significar velho pode ter tido outrora um significado mais sublime precisamente na mesma proporção em que outrora a “antiguidade era um posto” e sobretudo um poder! A verdade é que, o conceito mítico Mashu como “Mountain at the edge of the world where the sun rises” foi suficientemente universal para ser possível encontra-lo em dois extremos do mundo antigo, supostamente desconhecidos entre si. E, digo supostamente porque se acumulam cada vez mais evidências como esta de que assim não era. Estranhíssimo seria que Machu Picchu, enquanto montanha sagrada dos Incas adoradores de Inti, o sol, nada tivesse a ver com este conceito sumério sobretudo por causa do facto de nem sequer haver alterações fonéticas em ambas as palavras! dir-se-á, que os Incas sabiam que o nome da montanha sagrada do nascer do sol era Machu porque não sabiam eles que o nome do sol era Uto? E será que não sabiam?
Inti < Ninti < Nintu < Anito < Anu Utu!
Porque será que chamavam à gordura dos animais sacrificados aos deuses «unto», que é também gordura em português?
El Apu Willkamayu, (río Urubamba o Vilcanota) representa la virilidad masculina materializada en el agua que fecunda la Pachamama, porque arrastra el semen fertilizador de los nevados que le otorga propiedades especiales.[16]
Como se vê o poder hermético do deus da fertilidade descia como rio de esperma poderoso entre os seios das montanhas! Porém, a verdade é que o genérico Apu só pode ter similitude com Anpu, deus egípcio que já por si era uma mais do que clara corruptela do nome de Enki, pela via intermédia de Ankiu, o senhor marido de Ki. Que no Egipto este deus tenha passado a ser o cão de guarda das almas como Hermes só prova o carácter eclético, mas monótono porque redundante, da religião egípcia que redimensionava toda a mitologia sempre em função dos cultos solares e funerários.
Em qualquer dos casos:
                                      Enki < Anki-u > Anphu > Anpu, ou
                                      Enki-Kiki > Kian + ish > Hanish[17], «filho de Enki»
                                                        > Anu-Ki-ish > > Anuphis > Grec. Anubis.
Pois bem, se Hermes foi Enki, seria também um deus aquático na forma de Willkamayu / Hermes, que era o río Urubamba, o Vilcanota ou Vulcanote, literalmente o rio de Vulcano, o que é espantoso, sobretudo sabendo-se que este deus era uma forma infernal de Enki, o deus do Kur!
                             Vilcanota < *Wulka-Anu-tu
                         Willkamayu < *Wulka-ma-ju => Her-(ki)-Mashu > Hermes.
Urubamba < Wurka-amka < *Wulka-masha > Hermes.
De fato, o mais famoso dos deuses criadores dos incas era Viracocha, seguramente uma variante cretense de Enki.
Airyanem Vaejah, whose location is disputed, contained the first mountain created on earth, Hara Berezaiti or High Hara. The Vedas, which do not mention Airyanem Vaejah directly, nonetheless are familiar with this premier mountain (96). Close to the mountain was a sea, called Vourukasha in the Avesta, where the "Tree of All Seeds" grew. Coursing down the mountain, or near it, was a mighty river. [26] The early Indo-Iranians believed that all mountains were connected by their roots to High Hara; and that all bodies of water were connected to the magical sea (97).[18]
Vourukasha ó Viracocha
Porém, outros montes sagrados existiram nos Andes, todos eles altos e sagrados, como é o caso do belo monte Mt. Sagrado de Illampu, quando visto do lago, também sagrado, de Titicaca. Ora Illampu é foneticamente quase o mesmo que Olimpo dos clássicos!
Andes < An Kis > «entes» > Inti.
Illampu < Ullempu < Olimpo < Hur imaphu < Kurmakiku > Hermes.
Titicaca < Kiki-Kaka, o lago de Kiki e Kaka, os deuses do fogo que eram o sol e a lua!
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Figura 13: Um dos vários montes Olímpicos, que, por serem o «reino dos céus» dos Helenos, se espalharam pelo mundo helenístico como a sua cultura!
Porém, um dos factos mais intrigantes que comprovam ter existido uma unidade cultural universal em épocas megalíticas resido na estranha coincidência de o segundo rio sagrado da mitologia tibetana ter tido por nome Mapchhu-Khambab, que sem muitos re arranjos fonéticos, nos leva a Urubamba de Macho-Piccho.
In a Tibetan (ie Bon-Po) text of uncertain origin, called the Kangri Karchhak (Ice-Mountain Guide) it is stated that a stream flows down from Tise into the lake Mapham Tso (unconquerable lake) from which lake emerges four rivers. These four rivers circle the lake seven times before taking their courses west, east, north and south. The first river is the Senge-Khambab, the lion-mouth river, rich in the sands of diamonds, whose waters flow north and make those who drink from it brave as lions.
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Figura 14: Mt. Sagrado de Illampu, Bolívia, que, visto da ilha da Lua, no belo Lago de Titicaca, parece suspenso do céu!
The second river is the peacock-mouth river, the Mapchhu-Khambab, rich in silver sands, whose southward-flowing waters make all who drink therein lovely as peacocks. The third, flowing east, is the horse-mouth river or Tamchok-Khambab, emerald of sands, whose waters make those who drink as sturdy as horses. And the westward river is the Lanchen-Khambab, the elephant-mouth river, with sands of gold and waters that make those who drink it strong as elephants.
Sendo assim, seria quase impossível que Macho Picho fosse um nome casualmente atribuído em época recente a um dos mais belos e misteriosos lugares agrados da cultura Maia. Por sua vez, o nome Apu Willkamayu diz-nos que os Maias foram Mahyas < Makyus < Machos do deus sol!
Mah, an ancient Persian god of the moon, one of the Yazatas. He is associated with the cow, which plays an important part in old-Iranian mythology, and presides over time and tide. He is mentioned as an assistant of Vohu Manah. The seventh day of the month is dedicated to Mah.
Ora, o sétimo dia era dedicado a Saturno.
Airyanem Vaejah, whose location is disputed, contained the first mountain created on earth, Hara Berezaiti or High Hara. The Vedas, which do not mention Airyanem Vaejah directly, nonetheless are familiar with this premier mountain. Close to the mountain was a sea, called Vourukasha in the Avesta, where the "Tree of All Seeds" grew. Coursing down the mountain, or near it, was a mighty river.
NB: Vourukasha < Karukausha ó Kura-Kosha > Viracocha.
The early Indo-Iranians believed that all mountains were connected by their roots to High Hara; and that all bodies of water were connected to the magical sea.
Ahura Mazda, the god who created High Hara, also built palaces on it for the greatest gods: Mithra, Sraosha, Rashnu, Ardvi-sura / Anahita, and Haoma, all of whom ride in special chariots. While humans could not live on the holy mountain, the greatest mythical heroes made sacrifices there. The way to the other world, a special abode of the blessed (where the largest and most choice specimens of plants and animals were found) lay through the foothills of Hara/Meru. The Chinvat bridge of Zoroastrian mythology, over which the souls of the dead had to pass was on or near High Hara. The motif of birds dwelling near the summit is shared by Iranian and Indian accounts, as is the theme of the theft of the intoxicating plant haoma/soma from the mountain's summit by a magical bird (Syena/Garuda/Simurgh); and the slaying of a multi-headed, multi-eyed dragon nearby. (...) In the Iranian tradition, High Hara is also associated with metallurgy. Fire and metals were introduced to humanity after the hero Hoshang (Haoshyangha) sacrificed on the mountain. High Hara was also the locale of many of the most memorable contests in Iranian mythology (100). -- Robert Bedrosian's Homepage.
O facto de Agni ser "the rock-born god of fire with tawny hair and iron teeth is connected with the sacred mountain" só reforça a ideia de que ele era um heterónimo anagramático de Enki!
Enki > Anzu (> «anjo») > Angi > Agni.
Claro que Garuda (< Kar uto) foi também um heterónimo do pássaro Anzu que deste modo fica desmascarado como tendo sido o “disco solar alado”, o grande Anjo celeste que viria a ser Auramazda e o Espírito Santo dos cristãos. Nesta linha de conotação se verá que Aura Mazda (< Kaur Makaki) não seria senão uma evolução em ambiente persa do antepassado Hermachu do nome de Hermes.
Mahes = Divinità originaria di Leontopolis, figlio di Basteted (< Ki-ash-kikate => | Hesta/Veta |-Hecate ) alleato di Ra nella lotta contro il drago Apep.
Dito de outro modo, também no Egipto, terra de todos os arcaísmos míticos, persistia a memória de Machu enquanto filho da deusa mãe do fogo, aliado de e, tão-somente, por ser apenas mais uma variante da mesma divindade.
Não menos interessante é pensar que Macho pode ter tido como feminino Macha explicando-se assim o nome homónima deusa celta, tal como tudo indicia que Hermes tenha tido por parédro feminino Artemisa, por sinal numa linha de virgens negras e deusas mães de conotação máscula! Nesta linha se insere o estranho epíteto de Atena Promachos. De qualquer modo a conotação máscula que o português empresta ao termo «macho» pouco o nada terá a ver com a musculatura masculina a qual, pelo contrário, longe se ser causa mais será uma sequência étmica envolta no carisma dos cultos de fertilidade que estiveram na génese deste deus. De resto, os picos das altas montanhas eram óbvios símbolos fálicos, o que está de acordo com o que se descobriu até aqui. Do mesmo modo se pode inferir que de Meash derivou o prefixo latino max- de tudo o que é excelso como as altas montanhas das neves eternas e, por isso, metáfora de tudo o que tem o máximo de elevação e dignidade. Porém, o mais interessante será verificar que a sublimidade do nascer do sol levou à criação destes augustos conceitos, tão míticos quão astrológicos, demonstrando mais uma vez que a mitologia antiga não era mais do que uma religião solar centrada num embrião de astronomia!
Assim, poderíamos inferir que, pelo menos uma das mais arcaicas influências da cultura humana veio da África sub-sariana pelo caminho da Etiópia, ou no mínimo, também ali chegou a unidade civilizacional mais primitiva da humanidade!
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Figura 15: kilimanjaro, os mais altos montes africanos, alvos picos de neves eternas em pelo equador.
O Kilimandjaro parece querer manifestar o eterno mistério hermético das místicas montanhas das neves eternas em plena terra do fogo equatorial.
Kilimandjaro < Kul-mian-Jaro < Kur-Min-Sharu => Minotauro.
                        ó Hirminian-Kauro, lit. «o guerreiro (dos montes) Hermínios»!
A mais alta serra lusitana era também a dos «montes Hermínios» antes de se ficar pelo prosaico nome de serra da estrela! No entanto a «estrela da manhã» tem relações com a alvorada e com Lúcifer que foi também Zéfiro e Hermes, além de ser Enki, o deus do fogo dos infernos do Kur! A conotação de toda esta nomenclatura com o nome do Minotauro parece, mais uma vez confirmar que foi a talassocracia cretense quem teria estado por detrás da primeira tentativa para criar uma visão uníssona e universal da geografia humana. Claro que esta visão só era universal no paradigma que se repetia como modulo uniforme por todo o lado por onde esta cultura se espalhou, na base dum único conceito mítico que tinha no culto da dupla montanha da aurora o ponto central.
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Figura 16: Kilimanjaro, uma das muitas «duplas montanhas»: name of the vulcan near the border line with Kenya. It is also known as Kilimandjaro or Uhuru. With 5.895 meters height is the highest peak of Africa. Actually innactive, the Kilimanjaro is formed by two peaks: Kibo, the main, and Mawenzi at the East (5.148 m).
Kiwo (> Kiwel) < Kiko ó Enki / Hermes
Mawenzi < Ma-Ken-Zu > Maponos, um possível epíteto de Apolo
Ver: 2º- FEBO APOLO.
Adiante se verá que o mito da montanha cósmica que liga umbilicalmente o céu ao «omphalos» do mundo, também conhecida como «axis mundi» tem muito a ver com a etimologia mítica do nome de Hermes. Nalgumas mitologias como foi o caso do Yggdrasil nórdico, o eixo do mundo era a “árvore da vida eterna”. A especulação mítica em torno duma árvore adequada para chegar ao céu tal terá levado a postular a que a sua natureza essencial seria a duma árvore trepadeira como o feijoeiro da história infantil do “pequeno pulgar”! A verdade é que as histórias infantis são formas residuais de antigos mitos de adultos.
Como Hermes e Hércules foram os «machos» dominantes e solares da Deusa Mãe, as duas colunas míticas que seguram a terra e que, por isso, são os seus símbolos fálicos primordiais!
"As the dew is dried up by the morning sun so are the sins of men dried up by the sight of the Himalaya, where Shiva lived and where the Ganga falls from the foot of Vishnu like the slender thread of a lotus flower. There are no mountains like the Himalaya, for in them are Kailas and Manasarovar." From the Skanda Purana. .[19]
Será mera coincidência que o nome das mais altas montanhas do mundo sejam os Himalaias.
Himalaias = Hima-vant, Hima-chala or Hima-laya
<= *Kima + | Kala < Kali-ha literalmente de Kali, a Terra Mãe *Kima!
Ora de *Kima-Uraias se chega depressa a (> Ki-ur-ma-ki-kas >) Hermes, que nesta prespectiva seria apenas e muito simplesmente o metafórico filho guerreiro senão também o macho preferido e dominante de todas as mães arcaicas! clip_image029
Figura 17: Os Himalaias, as mais altas montanhas de neves eternas no tecto do mundo!
The Aryans, migrating into India, called the Himalayas the 'abode of snow': Himavant, Himachala or Himalaya; in their cosmography, the core of the universe was mount Meru, that of the 'blazing appearance' - situated beyond and to the north of the Himalaya ranges - according to the Hindu epic Mahabharata 'kissing the heavens by its height, shining like the morning sun and like a fire without smoke, immeasurable and unapproachable by men of manifold sins'.
On the summit of Meru stood Swarga, heavenly city of Indra (the Vedic god of rain and storm) - a paradise 'furnished with heavenly flowers and fruit and covered everywhere with bright gold dwellings'. The greatest gods dwelt in this city; lesser gods and saints had to be content with palaces further down the mountainside. Leading up to Meru itself was the pathway of the stars, a never-never land of fragrant trees and flowers where the souls of the dead awaited rebirth. Now, the Mahabharata and its stodgier cousin, the Ramayana, are dated to about 500 BC; in them appears also mention of mount Kailas (then a lesser holy mountain not associated with Meru) and also a lake called Manasarovar appears in a line of the Ramayana ie 'the lake Manasa ... swollen with water on the arrival of the rains'.[20]
Kailas (< Kaur < Kur) só pode ser o consorte solar de Kali, que seria o lado feminino de Enki e por isso daria o nome ao lago Manasa!
Kailas < Kairash < Kaurish > Ishkur.
Manasa < Manassa (como em Talassa < Kairassa > Kalassa? =>) < Min-Ash, filha de Minos < Mean-Ash = Ana Macha.
Desta mitologia arcaica herdou Hércules a sua relação mítica com as coluna de do mesmo nome, em Gibraltar (< Kiwra-Altar, lit. «os pilares do altar da «víbora», a *Kiphura») e no Atlas.

IXTACCIHUATL & POPACATEPETL

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Figura 18: Vulcão mexicano. A simples magnificência da sua telúrica imponência seria motivo suficiente para a sus deificação. A beleza do seu recorte na linha do horizonte é elemento bastante para fazer deste monte um ponto de referência na paisagem e um motivo de peregrinação!
Mas teria existido alguma vez uma dupla montanha sagrada de deuses telúricos responsável por esta arreigada mitologia dos “montes gémeos» aurora?
En route pour Puebla nous franchissons un col entre le Popocatépetl (5 462 m) et l'Ixtaccihuatl (5 272 m) volcans qui font du site de Mexico l'un des plus somptueux du monde. C'est de ce col que Cortes et ses hommes furent émerveillés pour la première fois par la découverte de la fabuleuse Tenotichtlán, capitale de l'empire aztèque. -- Pierre Jaffry.
Se a Atlântida se não tivera afundado de forma irremediável quiçá pudéssemos descobrir que existia nessa ilha do paraíso primordial uma dupla montanha vulcânica responsável por esta tão arcaica mitologia quanto profundamente arreigada na cultura ao ponto de parecer um pouco por toda a parte da geografia humana! Claro que poderia haver quem se pusesse a repensar o perfil temporal da história e acreditasse ver nestes dois montes vulcânicos o berço destes mitos e a localização da Atlântida numa ilha caribenha bem perto do México.
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Figura 19: Os picos gémeos do México Ixtaccihuatl & Popacatepetl.
Ora, nem por mero acaso, a lenda de fumaça em que ficou envolta a fama dos picos gémeos Ixtaccihuatl & Popacatepetl iria dar «pano para ponchos sem mangas» com que guias turísticos iriam contam em Kitsh moderno da história da «Branca de Neve ou Bela Adormecida» esta bela variante anacronizante dos amores mexicanos:
In pre-conquest times the two volcanoes were worshipped as deities. A romantic old legend states that Ixtaccihuatl, the beautiful daughter of an aging Aztec emperor, was offered in marriage by him to the warrior able to vanquish the enemies who threatened his kingdom. Among the warriors who went to fight was Popocatepetl, who for years had loved Ixtaccihuatl. He returned triumphant from the long and bloody war. But his rivals had falsely sent news of his death, which caused the princess to languish and die. In his profound grief, Popocatepetl built a great volcano to hold his beloved Ixtaccihuatl, and another close by where he stands bearing a torch to illuminate her perpetual sleep.[21]
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Figura 20: Outra visão dos picos gémeos Ixtaccihuatl & Popacatepetl.
Claro que sendo estes deuses gémeos e muito antigos teriam que ter tido nomes iguais ou muito parecidos o que de facto se confirma numa análise etimológica sumária!
Ixtaccihuatl = «Branca de Neve» ou «Bela Adormecida» < Ixt-Kakihu-(atl) < Kiki-Kakika < *Ish-Kakika.
Popacatepetl = «montanha fumegante» < Papa-cateph-(atl) < Caco-Cateco, lit. «filho de Caco» > *Ish-Kakico.
De facto, *Ish-Kakico & *Ish-Kakika seriam os nomes mais adequados para dois montes de fogo vulcânico gémeos só que, necessidades semânticas mais dentro do contexto de dois picos vulcânicos em que só um estava activo iria fazer evoluir os dois termos no contexto linguístico do nauatl de forma a adquirirem os nomes actuais. Ora, nem por acaso antes derivamos o Djew, a dupla montanha mítica dos egípcios deIshew *Ish-Ki-Ki!

TABOR, UM MONTE DA AURORA TRANSATLÂNTICO

Porém, se alguém quisesse, de maneira leviana, encontrar rasto da Atlântida pelas cercanias da cidade do México teria que moderar os seus entusiasmos porque montanhas gémeas e vulcânicas são o que mais haverá por esse santo mundo fora.
Mas se não encontramos rastos da mítica Atlântida aos pontapé no México no na América latina encontramos estranhas misturas de línguas antigas e modernas que só uma profunda investigação laboriosa e local poderia esmiuçando o que e antigo e deslindar o que pode ser sinal de origens europeia pré-colombiana do que pode já ser contaminação colonial.
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Figura 21: Licancabur, um estrato vulcão em forma de cone (formado pelo magma extravasado) no deserto de Atacama no Chile.
Assim, o nome do monte Licancabur no Chile parece uma mistura dum arcaico Apolo Liceu monte Tabor da transfiguração de Jesus Cristo.
Licancabur = Lican-caw-ur < Lican-Tabor, lit. “o branco (monte) Tabor”.
No imediato o nome deste monte parece uma óbvia metáfora da contemplação da divina transfiguração de Cristo no monte Tabor, seguramente uma variante de todos os montes sagrados da aurora! Teriam sido os fenícios a levarem o nome do monte Tabor para o Chile pré-colombiano ou estamos perante uma contaminação recente da mística evangélica dos missionários colonizadores dos incas?
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Figura 22: A transfiguração de Cristo no monte Tabor.
Licancabur = Lican-caw-ur < Lys-An-Capul(o) < de Apolo Licínio, o deus do «capelo» sacerdotal em pele de «lobo branco» (L!).
Até parece que se os Incas não falavam grego arcaico então eram os micénicos ou fenícios (que descendiam dos mesmos Atlantes) que, vindos das Américas, pretenderam outrora dominar os Atenienses (J!).
A verdade é que cada vez mais se evidencia como um facto a virtualidade duma unidade original na nomenclatura mitológica responsável pela verosimilhança do mito da «confusão das línguas» em resultado do orgulho desmedido, não tanto dum império particular, mas duma forma de vida imposta pelo terror dos «sacrifícios humanos à deusa mãe» e que iria terminar com o fim da civilização cretense em resultado da catástrofe natural da explosão do Vulcão de Santorini por volta de –1775 (cerca de 3.500 anos antes do terramoto de Lisboa facto que faz pensar em círculos de actividade sísmica relacionados, quiçá, com a activada de solar!).
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Figura 23: Tavurvur.[22]
On 6 September, the stratovolcano Tavurvur erupted sending thick clouds of ash over the town of Rabual. Tavurvur began showing signs of increased activity last week, although volcanologists did not issue any alerts at that time. In 1994, a powerful explosive eruption forced the abandonment of Rabul. The New Britain Island trading port is surrounded by six volcanoes.
Tavurvur < *Ka-kur-Kur
> Tabor-wor > Ta-Borabora.
Rabual < Uraphual > (Ur)-Apol.
Ver: SÃO SALVADOR DO MUNDO, O BOM JESUS DO MONTE (***)
& DEUSES DA SAÚDE – III / N. SR.ª DOS REMEDIOS (***)

KURMA

Um aspecto interessante é que nesta história aparece Lakshmi como filha do oceano primordial da via láctica, ou seja como variante de Artemisa e parédro dos deuses de forma etimológica Kurma.
Mandara < Manthara > Mandala.
                                    ó Mana-thara < Ma-an Kur, lit. «O monte de Mean, a deusa mãe do céu» => Minutauro.
Samudramathana < Ashamu-Tharma-tan < At-ma-at Urama-tan < Tiamat, a cobra (tan) guerreira (Ur) da deusa mãe (ma) priordial.
Outro aspecto interessante é o de Kur-ma ser literalmente o monte da Mãe da Aurora, ou a mãe montanha da Alva primordial que emergiu do caos das águas primevas, como Ninkursague e o “deus menino” protágono, Phô, o deus Amor, o raio de luz da alvorada do primeiro dia, o pássaro Benú ou a Fénix, o que, em qualquer caso faz apelo para Eros e Hermes.
«Amor» < Ka-ma-ur < Ka-ur-ma > Kur-ma.
Kurma, Karma, e a deusa latina Carmenta, o monte lusitano do Caramulo e monte Carmelo da Samaria, a mesma unidade linguística arcaica que assim nos e revelada pela relação entre a toponímia, a mitologia e a língua suméria.
clip_image040Figura 24: Vishnu Kurma (Tortoise) supporting the Mandara mountain.
Vishnu, in his second incarnation, is in the form of half-man half-tortoise (Kurma), the lower half being the tortoise. He is normally shown as having four arms. In the upper two he carries the conch-shell and the wheel while the lower two are in the protection and the boon giving postures or carrying a mace and a lotus. Kurma, the Tortoise, was used for support to mount MANDARA, as a churn dasher, when the Devas and the Asuras churned the ocean (Samudramathana).
Ver: MANDALA (***) & MINOTAURO (***).



[1] - Mesopotamian Mythology.
[2] Mandaean Stories and Legends.
[3] Reconstrução feita ciberneticamente pelo autor a partir de restauros arqueológicos actuais e de desenhos imaginários.
[4] The first power, the glory of Barbelo, the perfect glory in the aeons, the glory of the revelation, she glorified the virginal Spirit and it was she who praised him, because thanks to him she had come forth. This is the first thought, his image; she became the womb of everything, for it is she who is prior to them all, the Mother-Father, the first man, the holy Spirit, the thrice-male, the thrice-powerful, the thrice-named androgynous one, and the eternal aeon among the invisible ones, and the first to come forth.-- The Apocryphon of John.
[5] From The Alpha and the Omega - Chapter Three, by Jim A. Cornwell, Copyright © 1995, all rights reserved
[6] Copyright © 1997 Arysio Nunes dos Santos. Webmaster Bernardo de Pádua dos Santos. Fair quotation and teaching usage is allowed, as long as full credit is given to this source, and its home address is given in full.
[7] Idem.
[8] Indo-Iranian Mythology , Airyanem Vaejah/Eranvej
[9] AEON, A Journal of Myth & Science.
[10] AEON, idem.
[11] AEON, idem.
[15] http://www.bestweb.net/~goyzueta/qosqo/
[16] The Apu Willkamayu (Urubamba or Vilcanota river) that represents the male virility materialized in water that fecundates the Pachamama, because it drags from the glaciers the fertilizing semen that gives to the land special properties.
[17] > Kanish, uma raça canídea > lat. canis > «cão»!
[18] Indo-Iranian Mythology , Airyanem Vaejah/Eranvej
[19] Mount Kailas and Lake Manasarovar. Last Updated on September 26, 1998 by Lisa and Sylvia
[20] idem
[21] GREAT MEXICO ADVENTURE, TOUR ROYALE.

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