sábado, 8 de dezembro de 2012

OS DEUSES MARÍTIMOS III, por artur felisberto


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Figura 1: Neptuno e a sua corte marítima, ou as três idades significativas do homem clássico: «o velho macho dominante tomando as rédeas do adulto, mais escravo libertino do que filho, e o jovem neto que começa a olhar para a sombra das agruras da vida»!
Neptune = Sumer: Humba, Iru, Nudimmud.
Oceano = Sumer A-Aba, lit. “Pai da água!
Sumer A < A-ua < Hahuha < *Kaku-ka, lit. “vida de Caco”!
Sumer. Humba < *Kumwa + Ama ó Makumba
                                                              ó Comba < *Kima-ku > Damuki, esposo ou filho de *Kima => Damuz.
Sumer. Iru < Uru + Anu > Urano.
Sumer. Nudimmud < Nu-Thum-Muth, lit «a cobra de Nu e Mut»? ó Nuki Mamut <=*Enki-Ama-Mashu, lit. «Enki, o macho de sua Mãe»?!
Ocean = Sumer A-Aba. lit «Águas dos pai!»
           Of living things = Sumer Tia => Tia Ama-At = Deusa mãe de todos os seres vivos!
Não será verdade que cada ciência, no final das contas, se reduz a um certo tipo de Mitologia?" --- Sigmund Freud.
Uma destas mitologias é sem dúvida a que se relaciona com a língua dos indo-europeus.
L’étymologie du mot désignant la mer en hittite aruna- est incertaine. Une origine hatti avec une relation avec le mot *arinna- "source, fontaine" est possible, mais reste hypothétique. Le mot, qui désignait à l’origine une étendue d’eau non salée, aurait été utilisé ensuite par les Hattis pour désigner la mer. Le mot aruna- peut désigner encore en hittite une étendue d’eau non salée, un grand lac par exemple. De sorte qu’il n’y a pas de délimitation nette entre l’eau de mer et l’eau douce, les animaux marins et les animaux terrestre (RLA Bd.8 : 3).



Figura 2: Neptuno & Salácia (Anfitrite) – Herculaneum. Notar que o aspecto de do deus dos mares dos latinos que Neptuno foi continua a manifestar o aspecto de “velho marinheiro” que na mitologia grega é típico do antigos deuses do mar que teria sido Dagon.

Claro que não se entende muito bem porque é que a relação entre aruna- dos mares hitita e *arinna- "nascente, fonte" é apenas hipotética! Não é afinal toda a etimologia de línguas mortas uma mera hipótese monumental? Se nos lembrarmos que um dos nomes sumérios para Neptuno era Iru, do qual depressa se parte para Urano, então a etimologia de Ar-una fica explicada. Aruna não seria senão uma variante do deus Ourano dos gregos, que terá tido na origem o nome de Kaurano.
Aruna > Ar- | Una / El | > Arel > Aral.
De resto, o mar Aral é seguramente uma maneira de dizer mar por aquelas paragens onde o indo-europeu hitita teria começado.
                            > Uru > Sumer. Iru.
Kaurano < Haur-Anu > Ourano > Urano.
                 > Waruna Vedic. Varuna.
                                       > Aruna.
Claro que *arinna- / Arinna, a deusa sol do céu dos Hatis, relaciona as divindades das fontes e nascentes com a “mãe d´agua” que era a filha muito amada do deus de todas as águas Enki, Irnina, uma variante bélica de Ishtar. Ishtar = Arinina < Kur-Inana.

Ver: ISHTAR (***)

Une origine indo-européenne a également été envisagée pour aruna-. Dans ce cas, le mot n’aurait aucune relation avec *arinna-, qui n’est sans doute pas d’origine indo-européenne, et serait issu issu du radical IE *er-, *or- "remuer", attesté par exemple dans l’avestique aurva(nt-) "rapide" et auruna- "sauvage, violent" ou le védique arna-, arnava- "houle, flot, mer" (Puhvel, HED 1 : 178 s.).
Se entendermos por indo-europeu a língua ariana dos avestas e dos vedas tudo mais ou menos bem. Na verdade não será espanto algum que se encontrem similitudes nas línguas que apareceram escritas pela primeira vez muito depois da invenção da escrita e numa mesma época tardia da histórica oriundos da mesma região que seria aliás uma vasta e indefinida terra de ninguém da periferia norte da bacia mediterrânea. A única questão que se coloca é de mera ordem epistemológica: saber se estamos perante a fonte arcaica de todas as línguas no reino das sombras de onde partiram todas as invasões bárbaras de «bons selvagens» que revitalizaram periodicamente as decadentes civilizações do sul ou diante de um mero regresso às origens de colonos do norte insatisfeitos com a pátria mãe peri-mediterrânica e/ou de colonizados sequiosos de conhecerem a grande mãe de todos os deuses nascidos no grande mar da bacia mediterrânica. É evidente que *Aruna teria que ter sido nome de deus dos mares dos hititas a partir dum nome original que teria dado origem também ao védico Arna / Arnava.
Arna/Arnava < *Aura-nau-a < *Hauranaka > Ka-Urano.
Enlil < Enlili < En lu-lu, lit. “Sr. dos guerreiros”.
Se Urano/Ouranos era uma variante guerreira de Anu, enquanto deus das tempestades celestes, de que derivou o conceito de Enlil, então *Kaurano seria a variante guerreira de Enki.

Ver: ANTIGOS DEUSES DO MAR (****)

Nun, o deus azul da criação primordial no Egipto seria o equivalente da deusa mãe primordial da Suméria Nammu, a mãe de Ea, Tiamat, a mãe de Enki/*Phiat / Ptha, esposo e filho de Mwt.
Por esta ordem de ideias Mut/Nun seriam o mesmo que Nammu /Abzu, Ki/Na porque:
Tiamat < Kiamat = Ama-Ki-at º Ama *Kiash.
Ma | *Kiash > *Phiat > Wat |>  Mewet > Mauit < Mwt > Mut.
Aceitando a possibilidade duma redundância ressonante teríamos:
Nammu < *An-Mamu(t) < Ana | Mut º Mamut.
Do mesmo modo:
Nun(o)/*Nunet < Naunet ó *Naun-At => Nun(o) < *Naun < An-Anu, ou seja uma redundância de Anu, pai de Enki.
Mut < Ma-Wet º Na-unet > *Nauet > *Na-Wet, de «nave e naveta».
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Figura 3: Nuno.
Despite all the various Creation myths that the Egyptians subscribed to, they had one thing in common, Nun. Even though the myths named different gods as the original creator, they all agreed that he sprang from Nun, the primordial waters. Nun was more than an ocean, he was a limitless expanse of motionless water. Even after the world was created, Nun continued to exist at it's margins and would one day return to destroy it and begin the cycle again.

Mut = Her name means "mother" and in many ways she was regarded by the Egyptians as the great "world mother," and mother of the pharaohs. It appears that Mut was originally the female counterpart of Nun.
However, in Thebes she replaced Amaunet to become the wife of the great god Amon.
 Her association with Nu suggests that she must be identified with some of the characteristics of a remarkable goddess who is mentioned in the Pyramid Texts {Unas, line 181} under the same of Mut, a variant spelling of which is Mauit.
*Kiash pode ter acabado por vir a produzir as etimologias que iriam levar ao nome do «peixe» (< Lat. pixe < phishe que é quase literalmente o fish inglês) grosseira e superficialmente uma espécie da cobra de água que é o animal totémico de Enki, e outro relacionado explicitamente com Enki/Kur.
Funcionalmente Nau foi o Abzu dos caldeus! Como pais de Enki delegaram nele as funções de deus das águas, que no Egipto pertenceram aos deuses Ptá e Nuno. A análise de deferentes nomes relacionados com Neptuno vai permitir
The name of Ptah-Nu in hieroglyphs = Ptá + Nun = clip_image005[1].
Posei-don < Posheitan < Phiash-Tan, lit. «a cobra d´água»  > Potidan.
Celt. Nech(us)-tan = Na mitologia irlandesa, Nechtan era o marido e/ou pai de Boann. Apenas a ele e aos seus três copeiros era permitido visitar o poço de Segais junto ao qual nove castanheiros sagrados espalhavam as nozes da sua sabedoria. Quando Boann visitou o poço, este alagou-se e afastou-a para a costa enquanto se ia formando assim o rio Boyne.
Swed. Näcken = Os näcken escandinavos, nøkken, strömkarlen, Grim or Fosse-Grim eram espíritos masculinos das águas que tocavam canções de encantar, enquanto para atraírem as mulheres e crianças para se afogarem em lagos ou cursos de água. Eram afinal uma espécie de variante masculina das sereias gregas.
Nodens (Nudens, Nodons) é uma deidade Célta associada com a cura, o mar, a caça e os cachorros.

< Pot-Enki-An
*Ki-Ash
*Anu
*Ki
*An
Apam Napat
< (Apa)-Napat-a(m)nus
Potenkin
< Pot-Enki-no
Pot
En
Ki
Ne
Ptah-Nu(n)
< Pat-hi-Nun
Pat
Nu
Hi
N
Neptuno
< Ne-put-u(m)nus
Put
No
Hi
Ne
Potidan
< (An) Phothian
Pot

Thi
An
Celt. Nech(us)-tan >
Nec-tan < Neki-tan > Nephi-tan > Nepu-tan
Celt. Nodens
Nudens, Nodons < Nau-ten(s) < Nawi-tan < Napu-tan
Swed. Näcken
< Naki-kian > Neki-tan
Estas relações míticas que não podem recorrer da mera coincidência comprovam que os povos celtas e nórdicos não seriam senão descendentes dos povos do mar que no século 12 antes de Cristo procuraram terras de cultivo por todo o lado tendo acabado por ir colonizar as cotas do mar do norte. De resto, não é senão isto mesmo o que as sagas irlandesas, galesas e escocesas referem.
4.1.1. Dagan and the kispum ritual
The kispum ritual was one of the most important in the cycle of festivals in Mari. In essence it was a family cult ceremony to dead ancestors. This ritual, well documented in Mari, also occurs in other regions of the Near East during the Old Bablyonian period. This seems to indicate a certain cultural 'unity' during this period in the whole of mid-Euphrates valley, the region of the Diyā1ā basin and in Babylonia. The ritual was celebrated twice a month, during the full moon and the new moon. In spite of the 'private' or family nature of the ceremony, a ritual document has been preserved that describes the cultic act of the 'royal' kispum.
According to this ritual tablet, the ceremony comprised a banquet (naptanum) in which food was offered to the dead (kings). (…)
Next, there is only one explicit reference to Dagan in all of the ritual that is preserved: M A: T 4: The king heads the humtum and brings the bumtum into the temple of (Daganj.  (…) According to the dictionaries, basically the term humtum refers to two things: it occurs as a month name, attested in Drēhim during the reign of Ibbi-Sîn and in the Old Babylonian period, and as the name of a festival dedicated to Šamaš in the late period. Most scholars have explained the etymology of humtum from the root hamātum III 'to burn'. (…) Next the humtum is raised (ištu jumtam ittašû), some songs are sung and then they climb onto the terrace where the sacrifice is made and the act of Upturn (consecration?) and the ikribum (blessing) between a series of songs with titles in Sumerian. It seems, then, that the king brought some sort of symbol (humtum) or cultic object into the temple accompanied by a group in procession to celebrate the new year of spring. - The god Dagan in Bronze Age Syria - Lluís Feliu, Wilfred G. E. Watson.
Obviamente se dá relevo a esta informação de Lluís Feliu sobretudo porque ao tentar saber o passado do deus Dagon se dá conta de passagem que este deus era sobretudo um deus dos mortos como Hermes foi.
Seguindo “The Assyrian Dictionary of the Oriental Institute of the University of Chicago” conseguimos a seguinte colecção de significados assírios:
Naptanu ó naptunu = alimento, comida, banquete, ceia, tempo da ceia.
Napta-qu < pataqu = peça de bronze => «pataco», níquel => napteto = machado de bronze > fechadura > naptu = peça de fechadura. Naptartu = deserção, acampamento. Naptu = Nafta. Napu = seco; peneirado; caução.
Napzu = abundante. Vida, pão! Neptu = brecha. Nepu = penhor.
Obviamente que não tempos conhecimentos suficientes em línguas semitas para ir mais longe do que o óbvio. Que a única relação semântica assíria de Naptanu ó naptunu seria com Napzu pela via da vida e da abundância que decorrem dos campos irrigados pelas águas doces do Apsu. De facto Napzu seria literalmente o Sr. dos abismos do Kur que era Enki, deus dos mares. Assim sendo antes de se fixar no léxico assírio Napzu teria sido um epíteto de Enki tal como seguramente foi Naptanu ó naptunu, com a mesmíssima conotação semântica. Claro que pode ser mera coincidência Naptanu aparecer nos rituais fúnebres de Dagon como banquete cerimonial mas…como também nada contraria este facto podemos aceitar que terá sido precisamente este ritual que terá permitido que um epíteto de Enki / Dagon *Nepa-tanu / *Nabu-tanu, literalmente “a cobra da vida eterna de Nabu, o Sr. do Apsu, se fixasse com o significado de banquete. 
De resto, os deuses marítimos, bem como os infernais foram sempre considerados deuses da fartura e abundância.


Figura 4: os cavalos-marinhos de Neptuno.

«Nababo» (< Ár. mawwab, pl. de na'i'b, vice-rei < Nabu), s. m. título dado aos altos dignitários do grão-mogol; • príncipe ou governador na Índia muçulmana; • (por ext.) homem muito rico, que vive na opulência e no fausto.
Nabu é uma divindade da mitologia suméria. É o deus da escrita e da sabedoria. É o filho de Marduque e neto de Enki.

De mesmo modo é possível o atrevimento de postular que o humtu relacionado com um objecto de culto que seguiria o andor de Dagon seria possivelmente o «unto» (< Lat. unctu) das gorduras mesentéricas dos animais sacrificados que seriam depois queimadas nas «chamas» do altar de Chamaz, o deus sol e um dos deuses proeminentes dos caldeus.
No mar Egeu este epíteto seria aplicado a Dagon, o deus dos mares da talassocracia cretense na variante *Nepa-ta-Minu.
Por *Nepa-ta-Minu ter sido nome de Neptuno e de Poseidon é que o nome dos rios gregos foi ποταμός / potamós.


Como terceiro filho de Cronos e Réia era um dos principais deuses do Olimpo e de acordo com certas tradições algumas vezes aparece como irmão mais velho ou mais novo de Zeus. (...). Mais tarde com o gradual aparecimento genealógico das dividades e os seus direitos de nascimento, Zeus vai-se estabelecendo no folclore helénico como o filho mais Velho. Posídon fora criado entre os Telchines, os demónios de Rhodes, bem como com Cephira (ou Caphira), uma das inúmeras filhas de Oceano. Quando atingiu a maturidade ter-se-á apaixonado por Halia, uma das irmãs dos Telchines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodhus, dai o nome da ilha de Rhodes.
A ideia de que Poseidon era inicialmente mais velho do que Zeus não é um mero indício da indefinição da mitologia enquanto disciplina do imaginativo mas a prova de que, enquanto deus e senhor da talassocracia cretense, Poseidon foi em tempo o deus supremo da cultura egeia.
"Rhea, when she was heavy with Zeus, went off to Krete and gave birth to him there in a cave on Mount Dikte. She put him in the care of both the Kouretes and the Nymphai Adrasteia and Ide, daughters of Melisseus. These Nymphai nursed the baby with the milk of Amaltheia, while the armed Kouretes stood guard over him in the cave, banging their spears against their shields to prevent Kronos from hearing the infant’s voice." - Apollodorus, The Library 1.4-5
The Telkhines play a variety of roles in myth, sometimes they appear almost identical to the Hekaton-kheires (Storm-Gods) and Elder Kyklopes (Lightning-Thunder metalworkers), at other times they take on the role of Kouretes and Daktyloi, and later as those Rhodian sons of Poseidon known as the Daimones Proseoous.
Os Coribantes, são divindades misteriosas, assim como os Curetas e os Cabiros, Também estavam presentes no ciclo de Zeus infante; e compõe os mistérios da Somatotrácia. (...). Mas a corrente mais Coerente, é de serem prole de Helios com uma musa pré-olimpica Texínoe.
Assim, comparando a mitologia do nascimento destes irmãos olímpicos constatamos que têm demasiado em comum para que não seja válida a suspeita de que, na origem seriam um e único mito originário da ilha de Creta.
Os telkinos do mito de Poseidon são funcionalmente equivalentes aos Kurestes.
Telkinos < Ker-ki-an-us = An-| *Ker-tu-ish
> *Kur-tios > Kur-ishos > Curetas.
*Kur-tios, lit. “deuses dos infernos do Kur cujas portam seriam a caverna de Dikte. Cafira em Neptuno e correlativa dos Cabirus em Zeus. Halia, uma das irmãs dos Telquines em Neptuno correlaciona-se com a hipótese de os Cabirus serem a prol de Hélio. Em qualquer caso, parece que o mito de Zeus seria uma versão resumida e sintética do mito de Neptuno que, mais rico e variado, seria a versão adequada ao império marítimo cretense.
Ora, nesta guerra decisiva a propósito da defesa do bom nome do Deus dos mares é o couraçado de Potenkine que vem em socorro desta tese. De facto o nome deste vaso de guerra deve fazer honras navais a uma cidade portuária do sul da Rússia que, por ser de remotas e antiquíssimas tradições marítimas, terá tido por padroeiro o deus dos mares o qual lhe terá dado o nome de baptismo. «Potenkine» = *Pot-Enki-Anu = Kiat Enki Anu, literalmente «poder do fogo da terra e de Enki, deus do céu!», Este nome eslavo envolve duas redundâncias: de Ki, em Kiat/ash e de Enki, e de An, em Enki e Anu, o que corresponderia, se a ordem dos factores dos nomes dos deuses fosse arbitrária, nestas equações (o que só em parte seria verosímil) e uma redundância em Enki, o que, no caso dum nome marítimo divino, parece suspeita de redundância enfática! De resto, a história dos nomes divinos anda cheia deste tipo de pleonasmos o que só vem reforçar a suspeita de que mais do que nomes próprios estes teónimos eram invocações divinas! Esta redundância arcaica, apesar de tudo muito mais compreensível no âmbito duma ladainha, parece ter sido reduzida eliminando uma das referências a Ki, no nome dos deuses do mar greco-latinos. De facto:
Ki at Enki An => Ki Enki at (an) > Newioht > Nebo.
ð    Ne phiat > Egipt. Neph(o)ti(s) + Anu
ð    => etrur. NE(p)THUN(u)s => lat. Nep(h)tunus.
Ndauthina = Fijian god of Adultery
Como os marinheiros foram sempre grandes adúlteros, sujeitos em todos os portos tanto ao vinho adulterado quanto ao adultério podemos inferir que:
Ndauthina < Nekau-Thuna < *Enkitumna > Nephitumno > Neptuno.
Além de tudo o mais este aspecto reforça a ideia de que os nomes dos deuses eram mais expressões rituais identificativas e representativas, compostas dum certo conteúdo teológico do que verdadeiros nomes próprios. Sendo assim os trambolhões semânticos a que terão andado sujeitos os deuses limitam-se, muitas vezes, a depender do facto de que a ordem dos factores duma expressão compósita é arbitrária; e que, não tendo todos os termos a mesma importância e significado, a ordem destes é alterada ou sujeita a supressão conforme as vicissitudes ideológicas da história e as idiossincrasias culturais dos povos. Evidentemente que estas expressões se tornam tanto mais irreconhecíveis quanto mais distantes da língua original. Dito de outro modo, o nome de Neptuno deve ter sido importado para Itália por alguém que já não lhe conhecia o significado original, como era já o caso dos etrúrios que terão sido quem importou este deus para a região do Lácio de Itália. De facto na Etrúria Neptuno era Nethuns (=> Neduno?) de que derivará o étimo de «nadar»[1]. Pelo menos assim se entende melhor o nome de Nuada, a forma irlandesa de Enki.
Nuada (by Amy M. Durante ) = Also Nudd or Ludd. "Silver Hand." The Irish/Celtic chieftain-god of healing, the Sun, childbirth, youth, beauty, ocean, dogs, poetry, writing, sorcery, magic, weapons, and warfare. Similar to the Roman god Neptune, Nuada also had an invincible sword, one of four great treasures of the Tuatha Dé Danann, that he used to cleave his enemies in half. Nodens (Nodons) = The Celtic river god of the Severn estuary in south-west Britain. He can be equated with Nuada.
Lu | ó Nu | -dd < dido < Anu Adad ou Anukiko.
Se Nethuns => Neduno então
Nuada < Nodons < Nodens < Neduno = Nethuns => Relacionado com as lides da «náutica» à vela terá andado o deus do vento sul, Noto.
Notos = In Greek mythology,Notos was the god of the south wind.

Figura 5: Neptuno para todas as estações do ano! (Mosaico romano do museu do Bardo em Tunis.)
Ora bem, Nuada pode ter sido (> Nuata > Anuat/Atanu = At + Anu) o consorte de Atena, a mesma que foi a Grande Deusa Mãe enquanto Anat e deusa do fogo. Tal eventualidade seria de colocar no caso de se poder demonstrar que este nome, nada fica a dever ao Nethuns etrusco. Então, qual das vias etimológicas deve ser considerada como a autêntica? Obviamente que no estado dos factos conhecidos, ambas são possíveis, o que faria pensar que os pressupostos da derivação fonética são pouco credíveis, se não soubéssemos de antemão que os circuitos semânticos estão sujeitos a fluxos e refluxos, a pontos e nós como as ondas do mar!
Em qualquer dos casos importa referir que por alguma razão o étimo *pot- do «poder da água» e dos deuses do mar é o mesmo que o étimo *At- do poder e dos deuses do fogo. Mas, nada disto nos espantará se soubermos que afinal Enki era o deus dos infernos fonte comum do poder do fogo subterrâneo e das nascentes das águas doces e primordiais!
“In Norse mythology, Njord is a sea god of fruitfulness who lives in Noa-tun.”
Se de facto Njord pouco ou nada nos reporta a Neptuno já o termo Noa-tun, uma possível variante de Abzu relacionado com este deus dos mares, é sem dúvida uma variação fonética de Neptuno a que só falta o P como em Nethuns e constitui a melhor correlação fonética de Nuada com todos estes deuses enquinos. Mesmo assim:
Njord < Ni-Shaurt < Nin-Chu-Urat ó Ninurta.

Ver: NINURTA (***)

According to Homer, the submarine golden palace of Poseidon — the very archetype of the Eldorado and of the sunken Atlantis — was called Aigaia, meaning the same as "Aegaea" or "Aegea". What these legends are hinting at is that Aegeus — who was a marine god himself — is the same as Poseidon or Neptune and, more exactly, as Atlas, the son of that god that personifies Atlantis. and Poseidon, the Lord of the Earthquake is, again, an alias of Varuna, also called Apam-Napat (that is, Napat-Am = Neptune). -- [2]
Se Apam Napat, (literalmente neto de Apam?), «o descendente das águas» o que pode ser entendido como variante de Apa(m)n Naphiot = filho do númen Pan, o pai das águas primordiais, Abzu. Se este foi o mesmo que Varuna ficamos a saber que este deus era varino e marinheiro antes de se ter aclimatado ao subcontinente indiano onde teria aportado por via marítima não sendo assim um deus indígena o que vai contra as teses duma origem indiana da civilização proto-suméria!
Notar que os étimos míticos latinos na forma de nume, como no nome de Vertumnus, parecem ser de origem hitita o que nos reporta para a Anatólia como o repositório da mediação cultura creto-suméria, depois da queda da talassocracia cretense.
Une origine indo-européenne a également été envisagée pour aruna-. Dans ce cas, le mot n’aurait aucune relation avec *arinna-, qui n’est sans doute pas d’origine indo-européenne, et serait issu issu du radical IE *er-, *or- "remuer", attesté par exemple dans l’avestique aurva(nt-) "rapide" et auruna- " sauvage, violent " ou le védique arna-, arnava- "houle, flot, mer" (Puhvel, HED 1 : 178 s.). Le terme aruna- peut désigner les mers réelles qui entourent le pays hittite (la Mer Noire, la Mer Egée, la Méditerranée), sans qu’elles soient différenciées, et la Mer Cosmogonique qui entoure le monde (RLA Bd. 8 : 3-4). Cette dernière est une divinité masculine, qui a pour mère Kamrusepa, la déesse de la magie et pour fille Hatépinu, qui symbolise les eaux courante (dans les textes hourrites Sertapsuruhi). Comme certaines divinités, elle dispose d’un Vizir (Impullari). Elle est dotée de sentiments humains, prompte à défendre ses intérêts et pourvue d’une force exceptionnelle. Elle est de taille gigantesque. Aussi peut-on expliquer qu’elle soit appelée la "Grande Mer, l’Océan" (salli-/GAL aruna-), quoique l’ expression puisse servir à désigner occasionnellement la Méditerranée. Comme le ciel, elle se trouve à une distance considérable de la terre, qui pourrait être symbolisée dans les textes par le chiffre neuf : le dieu de l’Orage de Nérik, quand il abandonne sa ville sanctuaire, descend sur le bord des "Neuf Mers" et sur le rivage du fleuve Nakkiliata; d’une façon analogue, l’échelle qui mène de la terre au ciel a neuf marches (Masson, 1991 : 192). Mais on peut avancer aussi l’hypothèse que la Mer Cosmogonique est formée de neuf mers, de même que le Fleuve Océan, dans la mythologie grecque, est formée de neuf anneaux (Hésiode, Théogonie, 790-791). -- [3]
Varuna < Waurana < Kur-ana < Ki + Aruna.
Este Apam Napat (=> An Napat > Napatan =>) era assim o correspondente avéstico de Neptuno. Na verdade, os deuses olímpicos como Neptuno eram netos da terceira geração divina.
Apam-natat In Persian mythology, a 'god found in the water' who gives water to the people. He is a son of the water-god Vouru-kasa. Apam-natat has also some military aspects and he keeps in check rebellion.
Quanto a Vouru-kasa (< Kaur-kaka?), deve tratar-se de um teónimo indo-europeu, relacionado com o deus do fogo (kaka), de exclusiva expressão Persa.
Na Cítia Neptuno era Thamimasadas que muito claramente corresponde a uma invocação compósita referente a Enki.
Thami-masadas = Thiam(at) mazada(s), literalmente “touro de raça” de Tiam(At).
Este nome que tem referência ao deus que os celtas levaram até ao Tamisa, na Grã-Bretanha, e a Dam-kina ou Thiamat. Na verdade, Thami < Thiam era esposa do deus das águas primordiais pelo que masadas (< mazda => «maceto, machada, mastro»?) deve andar relacionado com conceitos fálicos conotados com o conceito de «touro de raça», subjacente ao mitraísmo. Ahura Masda seria literalmente o macho «de raça» da Aurora. Então, Vouru-kasa pode ter sido Wouro-kasada < Kouro-mazada, o touro «solar e castiço» ou a forma masculinizada de Auramazda.
De notar a relação ígnea da origem de Apam Napat reforçada pelo facto de o seu antagonista Apaosa (Apa-urta) ter permanecido relacionado com a canícula do calor e do fogo. Na verdade, este nome significa literalmente Pai do fogo (ou o incestuoso fogo do pai, quem sabe!) Akia + asha (> Aphia-urta > Apia-rta) => Apaosa.
Apaosa (< apa-ash < Apa-Kaka º> Apa-urta) is a demon who brings drought and aridity. He rides on a black, bald horse. Eventually he was defeated by the god Tistrya. He is equal to the Indian evil spirit Vritra.
Pierre Lévêque aponta uma correlação destes deuses indo arianos como equivalentes do nome do herói irlandês Nechtan. O facto de ser um deus do fogo descendente das águas apela de facto para a água de fogo que só pode corresponder à descoberta da água ardente ou das quentes águas termais.
Amathaunta < Amat-Hontha > *Amat-| Onda ó Anaconda!
                                                < Amat + Kakun + te ó Ti-Amat
| Kaki-Ana > Ash-Ana > Atana > Tiamat Anat.
Amathaunta - The Egyptian goddess of the sea.


[1] Na verdade nadar
[3] LA MER DANS LA RELIGION HITTITE, Par Michel Mazoyer (Université de Paris-I)


AEGIR / LLYR

Aegir é o deus do mar da mitologia nórdica. É um dos Vanir, isto é, um dos deuses do elemento líquido ligado a natureza. Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois estes acreditavam que Aegir aparecia de vez em quando na superfície para tomar a carga, homens e navios com ele para seu salão no fundo do oceano. Por isso eram feitos sacríficios para apaziguá-los, muitas vezes sendo sacrificados prisioneiros antes de se começar a velejar. Aegir também é conhecido pelo entretenimento generoso que ele providenciava aos outros deuses.
Aegir = In Norse mythology, the god of the sea, seashore and ocean and a son of Mistarblindi. (...) Aegir's wife was Ran and they lived under the sea by the island Hlesey.”
Enki + Ur > Ea kur > Aegur > Aegir.
O nome de Mistarblindi deve corresponder a uma verdadeira cegueira etimológica a partir da tradução recente dum mito anglo-saxónico mal recordado em que Aegir seria filho de um Senhor deus cego, deus urânico este que poderia ter existido na idade das trevas anterior à epifania divina.
De facto Mistarblindi = Mistar + blindi <= Wrinti? < Uran teos.
Neste caso Ran teria sido Reia < Reya(n)?
De Aegir nasceu a grande fama dos «ases» de jogas a «sueca» que foram The Aesir were the principal gods in Norse mythology. They lived in Asgard.”
A terminação em *yr é única na mitologia celta, mas comum na mítica nórdica pelo que Llyr, ao manifestar uma semântica de tipo nórdico, não deverá ser um deus celta típico. No entanto, embora mais facilmente se aceitaria que Aegir = Ea / Aca-Ger, seria com alguma convicção que se tentaria chegar ao nome de um dos deuses celtas dos mares, Llyr, a partir de do mesmo deus nórdico:
Aegir ó Ejil ¿> Elhil? > Llyr.
Llyr = “In Welsh celtic mythology, the god of the sea”.
No entanto, ao lado destes saltos semânticos mortais seriam possíveis outros, porque o nome deste deus celta tem a particularidade de denunciar a verdade sobre o nome de Enlil.
Enlli < An lil < An (a)Lul < Ur (Al) An > Aluran > Lalur An > Llyr > Lir < Lil + An = Enlil = Enki.
Esta via derivativa não é muito convincente. No entanto, é uma das aproximações possíveis à verdade etimológica deste nome de deus celta, difícil de derivar. Quer dizer que a aparência nórdica da semântica deste nome é mesmo só aparência. Por outro lado, fica quase demonstrado que o nome Enlil deriva de Urano (na possível forma de *Analur / Uralan / Aluran, uma vez que na mítica suméria existiu o nome Arallu e que os montes Urais não terão tido este nome por mero acaso!). Urano foi deus do céu e, na senda do Sumer. Iru, algures deus do mar porque foi (ou esteve funcionalmente relacionado) com Enki, como sempre se suspeitou nestas análises semânticas.
Uma origem possível do nome de Llyr, enquanto deus uraniano, pode e deve encontrar-se na relação que este deus teve, enquanto deus uraniano dos mares com o próprio nome aruna- do mar dos hititas. Como Llyr ocuparia o logar de Enki, filho primogénito da deusa da Aurora, seria Urano.
Aruru: A name for the Great Mother goddess in Babylonian mythology. She created people. See Ninhursag. Arallu - The bleak and dreary abode of the dead in the netherworld. This placed is ruled over by Ereshkigal and Nergal.
Alalu(s) - He was the king in heaven in olden days and Anus was the first among the gods. Anus served as his cupbearer for 9 years before defeating him and dispatched him to under the earth. - [1]
Alalu(s) < Alalu® < Aral-lu < Aruru + lu
                               > Lilur > Llur > Llyr.
No entanto, as vias derivativas podem ter sido bem mais simples se pensarmos que a fonética cela pode seguido as mesma regras da fonética ibérica, de que aliás se suspeita que, pelos menos os celtas que povoaram as ilhas do mar do Norte, particularmente a Irlanda, podem ter sido originários. Se nos reportarmos ao termo luso «alhures / nenhures» talvez consigamos levantar uma ponta do véu!
«Alh-ures» < Prov. alhurs < Lat. Ali-ors-um), adv. (ant.) em outro lugar ó em algum lugar > «alg-ures» < Arc. algur <? Lat. ali-c-u®(bis).
«Nenh-ures» < Lat. nec. Oris ó urbis? = nenhuma cidade), adv. em nenhuma parte.
É patente que a origem latina destes arcaísmos lusos é duvidosa, sobretudo para os advérbios de lugar «algures» e «nenhures»! Claro que se pode postular estes foram criados por cá numa espécie de trocadilhos em volta de alhures, único verdadeiramente importado do latim por via provençal! Mas quem garante que não foram os latinos a partilhar com outras línguas peri-mediterrânicas apenas o seu aliors-um, tendo entretanto esquecido os restantes, que fariam parte do mesmo conjunto locativo de advérbios pronomais de lugar indefinido?
In Irish mythology, Lir or Ler ("the sea") was the god of the sea, father of Manannan mac Lir, and a son of Elatha. In early genealogies, he is named Allód, and corresponds to Llyr in Welsh mythology.
Neste caso, os provençais apenas teriam recordado aos escrivães, com a forma provençal «alhur», o que o povo nunca teria esquecido como «algur»! É patente que o que é especifico destes termos é o sufixo –urs que poderia ser outrora comum a provençais e ibéricos como sufixo locativo, v.g. pesur, tribo lusitana do médio Ribadouro. Notar que o prefixo pronominal a/e/i/o/ul- já era comum no mediterrâneo antes da chegada dos árabes, que apenas o fixaram na forma al!
Lir < Llyr < Jir < *Ea-Gir > Aegir.
Allód < Ellath(a) ó Alhur < Algur < El-Kur ó E-Kur / Enki / Ea.
De resto, Dingir Ea ou Ea-Gir poderiam ter sido nomes permutáveis na época em que se falava a língua universal antediluviana. Então, passa a ser fácil traduzir os conceitos da mitologia nórdica Van(g)ir (= deuses Wan)  e Ae-gir (= deuses criadores de Ask (< Ash < Ish), o primeiro homem, filho dos deuses.
Há intérpretes da mitologia nórdica ainda que afirmam que Aegir não é um deus, nem Aesir, nem Vanir, mas sim um gigante amistoso aos deuses, como sua esposa Ran e suas filhas, as Wave Nikr. (Seja como for...) Ele está mais associado à regência das viagens marítimas e coisas mundanas, do que à essência do mar, do oceano e do princípio da água, pois estes já são regidos por uma divindade vanir, conhecido como Njord.
                                                  < En-Kur
Njord < Ne-Xaur-th < Ne-Kau(r)-te > Ne- Pho(r)-Te (> Nefritite)
<? *Ne-Phortu-mno ?> Neptuno.
Njord da Raça do Vanir, contraposto dos primitivos Aesir, dos quais Odin era o lider. Njord era o Pai de Freya a deusa do amor, e de Freyr deus da fertilidade; e Njord era o deus do Mar.
Nefritite < Ne-Pher-Niki > (An)-Pher-isha > Freixa > Freya.
N-jord ó Jor-mungard.
É o protetor dos pescadores e dos caçadores que, em sua honra, construiam pequenos altares nas falésias e nas florestas, onde depositavam parte do que conseguiam pescar ou caçar. Era visto como um deus pacífico. Niord casou com Skadi, deusa do Inverno e da caça, que o escolheu devido aos seus pés. Skadi escolheu o seu marido observando os pés dos deuses, sem lhes ver a cara, e quando viu os pés perfeitos de Niord, escolheu-o. Njord e Skadi não tiveram um casamento feliz, e logo se separaram, pois Skadi como uma deusa das montanhas não conseguia viver nas costas oceanicas assim como Njord não conseguia viver nas montanhas, com a constante mudança foram criadas as estações do ano.
Em conclusão, embora parecendo nada ter em comum o nome dos deuses do mar celta e nórdico teriam sido afinal muito próximos e meras variantes teonómicas do nome de Enki, o deus das águas doces e dos povos de marinheiros.

Ver: ENKI = ENLIL (***)

OLOCUN

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Olokun: Olokun is experienced in male and female personifications, depending on what region and of West Africa He/She is worshipped. Olokun is personified in several human characteristics; patience, endurance, sternness, observation, meditation, appreciation for history, future visions, and royalty personified. Its characteristics are found and displayed in the depths of the Ocean. Its name means Owner (Olo) of Oceans (Okun).
Olokun is considered the patron orisa of the descendants of Africans that were carried away during the Maafa, or what is sometimes referred to as the Transatlantic Slave Trade or Middle Passage.
Olokun es un Orisha que es fundamento de Ifá y de Osha y está relacionado con los secretos profundos de la vida y de la muerte. Olokun proporciona salud, prosperidad y evolución material. Es el Orisha del océano, representa el mar en su estado más aterrante, es andrógino, mitad pez mitad hombre, de carácter compulsivo, misterioso y violento. Tiene la capacidad de transformarse. Es temible cuando se enfurece. En la naturaleza está simbolizado por las profundidades del mar y es el verdadero dueño de las profundidades de éste, donde nadie ha podido llegar. Representa los secretos del fondo marino, ya que nadie sabe que hay en el fondo del mar, solo Olokun y Olofin. Representa además las riquezas del lecho marino y la salud. Olokun es una de las deidades más peligrosas y poderosas de la religión Osha-Ifá.
Su nombre proviene del Yorùbá Olókún (Oló: dueño – Okún: Océano). Representa las riquezas del fondo del mar y la salud. En la regla de Ocha es uno de los principales que no le pueden faltar a los Olochas y Babalawós.
Olo-kun < Aur-akun < Kaur- | Aukan < Okean > Ωκεαν(ός).
                                     < Kaur / Da- | Con > | Dagon.
A etimologia de Olokun é obviamente egeia e seguramente levada pelos mesmos marinheiros que aportaram no golfo pérsico e deram origem aos apkallu e aos Oanes. A forma de um casal de serpentes entrelaçadas também não é novidade porque vamos encontrar no extremo oriente o mesmo mito na forma dos deuses criadores chineses, os Fuxi.

NEPTUNO

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Figura 5: os cavalos-marinhos de Neptuno.
Como terceiro filho de Cronos e Réia era um dos principais deuses do Olimpo e de acordo com certas tradições algumas vezes aparece como irmão mais velho ou mais novo de Zeus. (...). Mais tarde com o gradual aparecimento genealógico das dividades e os seus direitos de nascimento, Zeus vai-se estabelecendo no folclore helénico como o filho mais Velho. Posídon fora criado entre os Telchines, os demónios de Rhodes, bem como com Cephira (ou Caphira), uma das inúmeras filhas de Oceano. Quando atingiu a maturidade ter-se-á apaixonado por Halia, uma das irmãs dos Telchines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodhus, dai o nome da ilha de Rhodes.
A ideia de que Poseidon era inicialmente mais velho do que Zeus não é um mero indício da indefinição da mitologia enquanto disciplina do imaginativo mas a prova de que, enquanto deus e senhor da talassocracia cretense, Poseidon foi em tempo deus supremo da cultura egeia.
"Rhea, when she was heavy with Zeus, went off to Krete and gave birth to him there in a cave on Mount Dikte. She put him in the care of both the Kouretes and the Nymphai Adrasteia and Ide, daughters of Melisseus. These Nymphai nursed the baby with the milk of Amaltheia, while the armed Kouretes stood guard over him in the cave, banging their spears against their shields to prevent Kronos from hearing the infant’s voice." - Apollodorus, The Library 1.4-5
The Telkhines play a variety of roles in myth, sometimes they appear almost identical to the Hekaton-kheires (Storm-Gods) and Elder Kyklopes (Lightning-Thunder metalworkers), at other times they take on the role of Kouretes and Daktyloi, and later as those Rhodian sons of Poseidon known as the Daimones Proseoous.
Os Coribantes, são divindades misteriosas, assim como os Curetas e os Cabiros, Também estavam presentes no ciclo de Zeus infante; e compõe os mistérios da Somatotrácia. (...). Mas a corrente mais Coerente, é de serem prole de Helios com uma musa pré-olimpica Texínoe.
Assim, comparando a mitologia do nascimento destes irmãos olímpicos constatamos que têm demasiado em comum para que não seja válida a suspeita de que, na origem seriam um e único mito originário da ilha de Creta.
Os telkinos do mito de Poseidon são funcionalmente equivalentes aos Kurestes.
Telkinos < Ker-ki-an-us = An-| *Ker-tu-ish
> *Kur-tios > Kur-ishos > Curetas.
*Kur-tios, lit. “deuses dos infernos do Kur cujas portam seriam a caverna de Dikte. Cafira em Neptuno e correlativa dos Cabirus em Zeus. Halia, uma das irmãs dos Telquines em Neptuno correlaciona-se com a hipótese de os Cabirus serem a prol de Hélio. Em qualquer caso, parece que o mito de Zeus seria uma versão resumida e sintética do mito de Neptuno que, mais rico e variado, seria a versão adequada ao império marítimo cretense.
Ora, nesta guerra decisiva a propósito da defesa do bom nome do Deus dos mares é o couraçado de Potenkine que vem em socorro desta tese. De facto o nome deste vaso de guerra deve fazer honras navais a uma cidade portuária do sul da Rússia que, por ser de remotas e antiquíssimas tradições marítimas, terá tido por padroeiro o deus dos mares o qual lhe terá dado o nome de baptismo. «Potenkine» = *Pot-Enki-Anu = Kiat Enki Anu, literalmente «poder do fogo da terra e de Enki, deus do céu!», Este nome eslavo envolve duas redundâncias: de Ki, em Kiat/ash e de Enki, e de An, em Enki e Anu, o que corresponderia, se a ordem dos factores dos nomes dos deuses fosse arbitrária, nestas equações (o que só em parte seria verosímil) e uma redundância em Enki, o que, no caso dum nome marítimo divino, parece suspeita de redundância enfática! De resto, a história dos nomes divinos anda cheia deste tipo de pleonasmos o que só vem reforçar a suspeita de que mais do que nomes próprios estes teónimos eram invocações divinas! Esta redundância arcaica, apesar de tudo muito mais compreensível no âmbito duma ladainha, parece ter sido reduzida eliminando uma das referências a Ki, no nome dos deuses do mar greco-latinos. De facto:
Ki at Enki An => Ki Enki at (an) > Newioht > Nebo.
ð    Ne phiat > Egipt. Neph(o)ti(s) + Anu
ð    => etrur. NE(p)THUN(u)s => lat. Nep(h)tunus.
Ndauthina = Fijian god of Adultery
Como os marinheiros foram sempre grandes adúlteros, sujeitos em todos os portos tanto ao vinho adulterado quanto ao adultério podemos inferir que:
Ndauthina < Nekau-Thuna < *Enkitumna > Nephitumno > Neptuno.
Além de tudo o mais este aspecto reforça a ideia de que os nomes dos deuses eram mais expressões rituais identificativas e representativas, compostas dum certo conteúdo teológico do que verdadeiros nomes próprios. Sendo assim os trambolhões semânticos a que terão andado sujeitos os deuses limitam-se, muitas vezes, a depender do facto de que a ordem dos factores duma expressão compósita é arbitraria; e que, não tendo todos os termos a mesma importância e significado, a ordem destes é alterada ou sujeita a supressão conforme as vicissitudes ideológicas da história e as idiossincrasias culturais dos povos. Evidentemente que estas expressões se tornam tanto mais irreconhecíveis quanto mais distantes da língua original. Dito de outro modo, o nome de Neptuno deve ter sido importado para Itália por alguém que já não lhe conhecia o significado original, como era já o caso dos etrúrios que terão sido quem importou este deus para a região do lácio de Itália. De facto na Etrúria Neptuno era Nethuns => Neduno?, de que derivará o étimo de nadar. [2] Pelo menos assim se entende melhor o nome de Nuada, a forma irlandesa de Enki.
Nuada (by Amy M. Durante ) = Also Nudd or Ludd. "Silver Hand." The Irish/Celtic chieftain-god of healing, the Sun, childbirth, youth, beauty, ocean, dogs, poetry, writing, sorcery, magic, weapons, and warfare. Similar to the Roman god Neptune, Nuada also had an invincible sword, one of four great treasures of the Tuatha Dé Danann, that he used to cleave his enemies in half. Nodens (Nodons) = The Celtic river god of the Severn estuary in south-west Britain. He can be equated with Nuada.
Lu | ó Nu | -dd < dido < Anu Adad ou Anukiko.
Se Nethuns => Neduno então
Nuada < Nodons < Nodens < Neduno = Nethuns => Relacionado com as lides da «náutica» à vela terá andado o deus do vento sul, Noto.
Notos = In Greek mythology,Notos was the god of the south wind.
Ora bem, Nuada pode ter sido (> Nuata > Anuat/Atanu = At + Anu) o consorte de Atena, a mesma que foi a Grande Deusa Mãe enquanto Anat e deusa do fogo. Tal eventualidade seria de colocar no caso de se poder demonstrar que este nome, nada fica a dever ao Nethuns etrusco. Então, qual das vias etimológicas deve ser considerada como a autêntica? Obviamente que no estado dos factos conhecidos, ambas são possíveis, o que faria pensar que os pressupostos da derivação fonética são pouco credíveis, se não soubéssemos de antemão que os circuitos semânticos estão sujeitos a fluxos e refluxos, a pontos e nós como as ondas do mar!
Em qualquer dos casos importa referir que por alguma razão o étimo *pot- do «poder da água» e dos deuses do mar é o mesmo que o étimo *At- do poder e dos deuses do fogo. Mas, nada disto nos espantará se soubermos que afinal Enki era o deus dos infernos fonte comum do poder do fogo subterrâneo e das nascentes das águas doces e primordiais!
“In Norse mythology, Njord is a sea god of fruitfulness who lives in Noa-tun.”
Se de facto Njord pouco ou nada nos reporta a Neptuno já o termo Noa-tun, uma possível variante de Abzu relacionado com este deus dos mares, é sem dúvida uma variação fonética de Neptuno a que só falta o P como em Nethuns e constitui a melhor correlação fonética de Nuada com todos estes deuses enquinos. Mesmo assim:
Njord < Ni-Shaurt < Nin-Chu-Urat ó Ninurta.

Ver: NINURTA (***)

According to Homer, the submarine golden palace of Poseidon — the very archetype of the Eldorado and of the sunken Atlantis — was called Aigaia, meaning the same as "Aegaea" or "Aegea". What these legends are hinting at is that Aegeus — who was a marine god himself — is the same as Poseidon or Neptune and, more exactly, as Atlas, the son of that god that personifies Atlantis. and Poseidon, the Lord of the Earthquake is, again, an alias of Varuna, also called Apam-Napat (that is, Napat-Am = Neptune). -- [3]
Se Apam Napat, (literalmente neto de Apam?), «o descendente das águas» o que pode ser entendido como variante de Apa(m)n Naphiot = filho do númen Pan, o pai das águas primordiais, Abzu. Se este foi o mesmo que Varuna ficamos a saber que este deus era varino e marinheiro antes de se ter aclimatado ao sub-continente indiano onde teria aportado por via marítima não sendo assim um deus indígena o que vai contra as teses duma origem indiana da civilização proto-suméria!
Notar que os étimos míticos latinos na forma de nume, como no nome de Vertumnus, parecem ser de origem hitita o que nos reporta para a Anatólia como o repositório da mediação cultura creto-suméria, depois da queda da talassocrassia cretense.
Une origine indo-européenne a également été envisagée pour aruna-. Dans ce cas, le mot n’aurait aucune relation avec *arinna-, qui n’est sans doute pas d’origine indo-européenne, et serait issu issu du radical IE *er-, *or- "remuer", attesté par exemple dans l’avestique aurva(nt-) "rapide" et auruna- " sauvage, violent " ou le védique arna-, arnava- "houle, flot, mer" (Puhvel, HED 1 : 178 s.). Le terme aruna- peut désigner les mers réelles qui entourent le pays hittite (la Mer Noire, la Mer Egée, la Méditerranée), sans qu’elles soient différenciées, et la Mer Cosmogonique qui entoure le monde (RLA Bd. 8 : 3-4). Cette dernière est une divinité masculine, qui a pour mère Kamrusepa, la déesse de la magie et pour fille Hatépinu, qui symbolise les eaux courante (dans les textes hourrites Sertapsuruhi). Comme certaines divinités, elle dispose d’un Vizir (Impullari). Elle est dotée de sentiments humains, prompte à défendre ses intérêts et pourvue d’une force exceptionnelle. Elle est de taille gigantesque. Aussi peut-on expliquer qu’elle soit appelée la "Grande Mer, l’Océan " (salli-/GAL aruna-), quoique l’ expression puisse servir à désigner occasionnellement la Méditerranée. Comme le ciel, elle se trouve à une distance considérable de la terre, qui pourrait être symbolisée dans les textes par le chiffre neuf : le dieu de l’Orage de Nérik, quand il abandonne sa ville sanctuaire, descend sur le bord des " Neuf Mers" et sur le rivage du fleuve Nakkiliata; d’une façon analogue, l’échelle qui mène de la terre au ciel a neuf marches (Masson, 1991 : 192). Mais on peut avancer aussi l’hypothèse que la Mer Cosmogonique est formée de neuf mers, de même que le Fleuve Océan, dans la mythologie grecque, est formée de neuf anneaux (Hésiode, Théogonie, 790-791). -- [4]
Varuna < Waurana < Kur-ana < Ki + Aruna.
Este Apam Napat (=> An Napat > Napatan =>) era assim o correspondente avéstico de Neptuno. Na verdade, os deuses olímpicos como Neptuno eram netos da terceira geração divina.
Apam-natat In Persian mythology, a 'god found in the water' who gives water to the people. He is a son of the water-god Vouru-kasa. Apam-natat has also some military aspects and he keeps in check rebellion.
Quanto a Vouru-kasa (< Kaur-kaka?), deve tratar-se de um teónimo indo-europeu, relacionado com o deus do fogo (kaka), de exclusiva expressão Persa.
Na Cítia Neptuno era Thamimasadas que muito claramente corresponde a uma invocação compósita referente a Enki.
Thami-masadas = Thiam(at) mazada(s), literalmente “touro de raça” de Tiam(At).
Este nome que tem referência ao deus que os celtas levaram até ao Tamisa, na Grã-Bretanha, e a Dam-kina ou Thiamat. Na verdade, Thami < Thiam era esposa do deus das águas primordiais pelo que masadas (< mazda => «maceto, machada, mastro»?) deve andar relacionado com conceitos fálicos conotados com o conceito de «touro de raça», subjacente ao mitraísmo. Ahura Masda seria literalmente o macho «de raça» da Aurora. Então, Vouru-kasa pode ter sido Wouro-kasada < Kouro-mazada, o touro «solar e castiço» ou a forma masculinizada de Auramazda.
De notar a relação ígnea da origem de Apam Napat reforçada pelo facto de o seu antagonista Apaosa (Apa-urta) ter permanecido relacionado com a canícula do calor e do fogo. Na verdade, este nome significa literalmente Pai do fogo (ou o incestuoso fogo do pai, quem sabe!) Akia + asha (> Aphia-urta > Apia-rta) => Apaosa.
Apaosa (< apa-ash < Apa-Kaka º> Apa-urta) is a demon who brings drought and aridity. He rides on a black, bald horse. Eventually he was defeated by the god Tistrya. He is equal to the Indian evil spirit Vritra.
Pierre Lévêque aponta uma correlação destes deuses indo arianos como equivalentes do nome do herói irlandês Nechtan. O facto de ser um deus do fogo descendente das águas apela de facto para a água de fogo que só pode corresponder à descoberta da água ardente ou das quentes águas termais.
Amathaunta < Amat-Auntha > *Amat-Onda.
Amathaunta - The Egyptian goddess of the sea.

DEUSES DO MAR

Manannan mac Lir = The Irish god of the sea and fertility, who forecasts the weather. He is older than the Tuatha Dé Danann, yet was considered to be one of them. He is the son of Lir and his name means "Manannan Son of the Sea". His wife is Fand and he is the foster-father of many gods, including Lugh. He is the guardian of the Blessed Isles, and the ruler of Mag Mell. Manannan has a ship that follows his command without sails; his cloak makes him invisible; his helmet is made of flames and his sword cannot be turned from its mark. He is described as riding over the sea in a chariot. His Welsh equivalent is Manawydan ap Llyr. He is also called Barinthus.
Ma-nan-nan º Ma-nawy-dan
=> Ma-naby-tan, lit. «a cobra d´água da Deusa Mãe» < Ama-Anphi-thian < *Ama-Enki-Kian
= Barinthus < War Enki-us < Kur Enki-Kus.

In Eskimo mythology, Anguta («angustia»< ancaustia < Enkiash < Enki-At> *Nephiat > *Nepot) is a god who lives under the sea and drags down the dead.
In Malaysian mythology, Hantu Air (< Ki Antu Haur < Kiantu Kaur) is the god of the sea.
In Polynesian mythology, Ina (+ An = Innana) is a two-faced great goddess of the sea, healing and death. She is an enchanting tapa-beating woman of the moon.
In Angolan (< Ankaura < Enki Ura > Kauran) mythology, Kianda (< Ki-Nuada < Ki-Enki-a) is the god of the sea and the fish in it.
In Chinese mythology, Long wang (< Ur Enki ki Enki ?) was a god of water and the bringer of rain. When he appeared to humans he borrowed shape from a variety of earth's creatures and was generous to mortals.
In Nigerian mythology, Olokun (< Aura- | kinu < Enki) is the god of sea and lagoons (< O-laugun) and brother of Olorun (< Aura-Urano) the god of the sky.
Que Yam = Oceano nas regiões canaanitas do corredor Sírio, é um facto. Mas,
Yam < Yamu < Ja(i)me < Shame < Ki me an?
ð    Pontu, mar primordial > Pan Tu
«Oceano» < haukian < Kaki An < Enki > Kian > Sham > Jam > Yam > Yamu > lat. Janu.
Yam (pronounced Yahm) means Ocean. He is apparently an actual son of ´El, and carries the titles Prince Sea and Judge River. He may embody wild, chaotic earth-encircling ocean waters and winter floods and sea storms. When in conflict with Ba`al, he is identified as a seven-headed sea serpent or dragon.
Claro que estas etimologias têm pouco a ver com a que proposta antes a partir de tan- (serpent) + -yam- (ocean) + -at (fem. ending). Desde logo porque se parece demasiado com uma tradução literal a partir da definição mitológica o que sendo demasiado conveniente se torna suspeito de coincidência semântica à posteriori. Depois, At poderá ter o sentido de «fim» mas, então na conotação de fim do mundo pelo fogo apocalíptico! Que ka possa ter tido o sentido de serpente não espanta por ser a partir de Ki, a deusa mãe telúrica que tem a cobra por animal totémico!

LAGOS E RIOS

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Figura 6: O deus-rio Tibre com a cornucópia como símbolo da abundância que as suas águas transbordantes traziam às terras que fertilizavam.
"From Oceanus and Tethys [were born] the Oceanides ... Of the same descent Rivers: Strymon, Nile, Euphrates, Tanais, Indus, Cephisus, Ismenus, Axenus, Achelous, Simoeis, Inachus, Alpheus, Thermodon, Scamandrus, Tigris, Maeandrus, Orontes." - Hyginus, Preface.
                                           > Revir > (Rio) «Levira» ó «Leiria».
«Rio» < Lat. Riu ??? < riv < ri-Wer ó Ur-Kar
                   «ribeiro» <               > Engl. «river».
Tigre < *Ti-Ger > Ti-Wer (> Tibre) ó Ni-Ger
           > Thigle > Arabic: dijla.
-Ger é um étimo muito arcaico que aparece no sumério Dinger e no egipcio Net-ger com o sinónimo genérico de divindade e seguramente no nome de Tânger e da Argélia (< Al-ger).

Ver: ANU (***) & DEUS PAI (***)

Este étimo deriva do nome do deus dos infernos, Kur ó Ker ó sumer. Kar, o «deus menino» da aurora filho da Noite, a Deusa Mãe, a “vaca” primordial. Wer seria a variante guerreira frequente em muitas terminologias latinas que vão da «verdade» e da «verticalidade» às estações do ano.
No entanto, se o português derivasse directa e inteiramente do latim, o termo luso para rio seria hoje *flumino (< Lat. Flumen).
O nome grego para rio é potamós, termo que por intermédio do virtual *potamen partilharia a terminação do latino flumen. A existência do termo virtual *potamen terá deixado rasto no grego potêmen, uma forma dórica do perfeito do indicativo do verbo proseimi, que por acaso até tem o significado de “aproximar-se”, como acontece com os rios que vão para o mar!
Podemos então postular que outros epítetos do deus dos rios teriam sido *Pota-minu e *Flu-minu:

  Despota <=
*Pota-
Minu
> *potamen > potamnos > potamós
«Pluma» <
*Kur-Minus
*Phlu-
Minu
> Lat. Flumen.
A verdade é que um dos epítetos de Juno Fluonia é parecido com flumen.
Flŭōnĭa (coll. forms, Flŭvĭōnĭa, Arn. 3, 30: Flŭvōnĭa, Mart. Cap. 2, § 149), ae, f. [fluo], a surname of Juno, so called: quod eam sanguinis fluorem in conceptu retinere putabant, Varr. ap. Aug. Civ. D. 7, 2 sq.; Arn. 3, 118; Paul. ex Fest. p. 92 Müll.
Flu-| onia < -vonia < viona < Ki-Ana > *Fluvina
                                                  < Phlu-Wi-Ania < Kur-Ki-An-Kika
> *Ankurkika > Anfitrite       ó Phlu-Mi-Ania > *Fluminia.
Minos foi o rei dos mares e das águas pelo que terá recolhido o seu nome dum deus das águas. Este, além de virtualmente *Fluvânio, *Flumino ou *Plumino terá sido também Min, o deus pluvial e «manda chuva» da fertilidade agrícola dos egípcios. O facto de se tratar dum sobrenome de Juno indicia que esta foi esposa e mãe do deus «manda chuva» que em época minóicas teria sido mera variante de Plutão.
A verdade é que tal facto deixou rasto na língua latina no termo amnicus. Este termo tem conotações com a amenidade (< Lat. amoenu) dos climas marítimos, com pluviosidade regular.
Amnĭcus , a, um, adj. [id.] , of or pertaining to a river (only post-class.)
Amnĭcus < Ama-An-icu => Minus!!!
                ó amo-enu
Eufrates < Eu-Phartes < Eu-Kartish < E-Kur-At
> Arabic: 'al-furāt > Turkish: Firat

Ver: VACAS / NETERU (***) & ANU (***)

En-uru = "Lord Reed Bundle" - Enki as god of ablution magic.
                                                      Ni-Ger < *En-Kur
  Ni-lo < Niro < Nairi < An-ur < En-uru < *En-kur.
                     > Nero, marido de Venério, nome italiano de Vénus.
                                        An-ur = Ur-An > Rauno > Reno.
                                                                  > Urano.
On the territory of Armenian uplands existed several large states, which lead a struggle between each other and with their neighbours-Khettians , Assyrians, Babylonians, and etc. Assyrian sources of that time named these states by the general name "Nairi Country"- a country of rivers.


[1] Hittite/Hurrian Mythology REF 1.1, by Christopher B. Siren
[2] Na verdade nadar <lat. natare com conotações com a nata sobre nadante do leite. (b. Lat. nata < Fenic. matta ?, esteira de junco, cobertura). Como se vê a etimologia do termo nata não é consensual quiçá precisamente por nunca se ter dado conta que, se a nata sobrenada é porque é nata e nada! Dito de outro modo o termo nadar deve ser anterior porque corresponde seguramente a uma característica humana natural e logo anterior à descoberta dos lacticínios!
[4] LA MER DANS LA RELIGION HITTITE, Par Michel Mazoyer (Université de Paris-I)

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