segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

VIRGENS MÃES PRIMORDIAIS, por Artur Felisberto (actualização a 27/05/14)


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AMORCA

A pessoa que presidiu sobre eles era uma mulher com o nome de Omoroca; o qual significa no idioma caldeu Thalatth (Thalaatha, Eu. Ar.) e Thalassa em grego, o mar; mas que poderia ser interpretado igualmente como Lua. Estando todas as coisas que estão nesta situação, Belus veio e cortou a mulher ao meio: e de um a metade dela formou-se a terra, e da outra metade fez os céus; e ao mesmo tempo destruiu os animais que estavam dentro dela. Tudo isso (diz ele) era uma descrição alegórica de natureza. Pois, sendo o universo inteiro constituído por humidade e os animais continuamente gerados dela, a deidade acima mencionada tomou a sua própria cabeça com a qual os outros deuses misturaram o sangue que esguichou dela com a terra e assim foram formados os homens. Por isso é que eles são racionais e participam de conhecimento “divino”. - Fragmenta História de Ofchaldæan, Berossus,: De Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.- Euseb. Chron. 5. 8.[1]
Omoroca é outro nome da deusa mãe Tiamat, a grande Serpente do Caos, o mar primordial.
Há quem suponha que este nome derivaria do Sumério "UM-URUK" (= a "mãe de Uruk" ou a mãe Urka, a lua ou a mãe Urça).

Ver: EOS III / ARTEMISA BRAURONIA (***)

Na verdade assim parece.
Uruk (em sumério, URUUNUG clip_image004 clip_image006, bíblica Erech; e o árabe Warka) foi uma cidade antiga da Suméria – posterior Babilônia – situada a leste do Eufrates, na linha do antigo canal Nil (> Nilo!!!), numa região pantanosa, a cerca de 225 quilômetros sul-sudeste de Bagdá. O próprio nome moderno Iraque é derivado de Uruk. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
Também conhecida por seu sector mais antigo como Kulab, Kulaba ou Unug-Kulaba, era uma das mais antigas e a maior das cidades importantes da Sumeria. De acordo com a lista de reis da Suméria, Uruk foi fundado por Enmerkar que trouxe a realeza oficial com ele. No épico “Enmerkar e o Deus de Aratta” também é dito que ele construíu o templo famoso chamado E-anna, dedicado à adoração de Inanna (a Ishtar posterior). -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uru é o termo Sumério para cidade, ou cidade-estado, escrito com o ideograma cuneiforme clip_image007. De acordo com a mitologia suméria Uruk, apesar da glória que dedicou a Innana na grandeza de E-anna, supostamente ali erguido pelo seu fundador mítico En-Merkar (possivelmente uma variante suméria de Melkart, ou seja, meramente o lendário “senhor da cidade”), era a cidade templo de Anu, ou seja a terra (sumério Ki, aliás uma das esposas de Anu) do Sr. Céu.
Anu era o deus local de Uruk, Enlil de Nippur, e Ea de Eridu.
Omkara, Omoroca (Sanskrit) The sacred, mystical syllable Aum or Om; also one of the twelve lingas, the twelve powers of the creative or generative logoi of the solar system.
Anu +Ki = Anu-uki > Nuku > Nugu > Sumer. Unug.
O nome que os sumérios davam a esta cidade já teria sido usado e abusado por muitas gerações de falantes quando foi registado pela primeira vez por escrito. No entanto, este não foi o nome registado pela restante tradição cultural conhecida que parece ter preferido para esta cidade o nome Uruk, ou seja, Uru-Ki, literalmente a “cidade de Ki”, a deusa Mãe Terra. Ora, mesmo entre os sumérios, o sector mais antigo desta cidade já era conhecido como cidade da “montanha do fogo”, variante vulcânica de Ki, ou seja, como Kulaba o que parece indicar que En-Merkar mais do que fundar a cidade a terá apenas engrandecido com o prestígio da realeza, ou seja, como cabeça das restantes cidades estado, um primeiro esboço do imperialismo de Sargão.
Kulaba < Kur-| awa < Aka < Kaka > asha | > *Kurash > Hurash
> Biblic. Eresh.        < Kuraka < Wuraka > Waurka > Arabic. Warka.
8 E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. 9 E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.10 E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar. (Génesis 10)
O termo "Sinar", ou, menos freqüentemente, Shinar, (em hebraico שנער; na Septuaginta, Σεναάρ, Sena-ar) é uma designação de característica ampla, aplicada à Mesopotâmia, aparecendo 8 vezes na Bíblia Hebraica. (…) Qualquer relação cognata com "Suméria" ou "Shumer" - exônimo de origem acádia usado para se referir a um povo não-semítico que chamava-se a si próprio Kiengir - não é simples de se explicar, tendo sido alvo de inúmeras especulações. De acordo com H. Welsh, cujo ponto de vista provém na associação com Ur dos Caldeus, é provável que Sinar tenha como significado a terra de Sin, deusa mesopotâmica da lua, cujo templo mais antigo localizava-se em Ur. Sin possuía uma rede de templos abarcando o crescente fértil, incluindo um templo de destaque na Babilônia e um de seus famosos Portões - este também um importante templo em Harran -, além da probabilidade de haver um outro em Jericó, cidade antiga cujo nome significa "Local do Deus da Lua". Jerich (Yriychow, yer-ee-kho'), derived from the word meaning "moon," in Hebrew, as the city was an early center of worship for lunar deities.-- Wikipédia, a enciclopédia livre.
O mais provável é que o nome de Sinar seja ainda mais arcaico que o nome que os sumérios lhe davam já que esta região seria já sobejamente conhecido no paleolítico final por todas as comunidade nómadas desta região. Por outro lado, nada obsta a aceitar a evidência de que desde tempos imemoriais estas terras fossem consagradas aos deuses da Lua…e da Aurora pois eram terras do sol nascente…e da lua razão pela qual ainda hoje a estrela da manhã e o crescente lunar são o símbolos universal dos islâmicos que o adoptaram não por razões especificas da sua religião (que paradoxalmente é a mais patriarcal das conhecidas) mas por um atavismo semita de profunda inserção no subconsciente cultural dos povos do médio oriente.
La Luna crescente con una stella è il simbolo da un certo momento storico in poi internazionalmente riconosciuto per la fede islamica. Il simbolo è presente su alcune bandiere di Stati musulmani (Azerbaygian, Turchia, Maldive, Pakistan, Turkmenistan, Uzbekistan, Algeria, Mauritania, Tunisia, Comore).
Il simbolo ha in realtà un'origine molto antecedente rispetto alla nascita dell'Islam, in quanto sovente luna e sole erano assunti come divinità che governavano il tempo dell'uomo. Informazioni sulla comparsa del simbolo sono difficili da trovare, molte teorie ne collocano le origini nelle regioni dell'Asia Centrale ricollegandole alle popolazioni che vi abitavano e alla loro venerazione del Sole, della Luna e degli dèi del cielo. Ci sono collegamenti anche con i simboli di Luna crescente e stella utilizzati per indicare la dea cartaginese Tanit e la dea greca Artemide (Diana per i Latini). La città di Bisanzio (successivamente rinominata prima Costantinopoli e poi Istanbul) adottò il simbolo della Mezzaluna, si pensa in onore della dea Diana.
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Figura 1: O sol & o Crescente lunar, símbolo astrológico sumério da união cósmica do Sol e da Lua!
Figura 2: Tanit como explicitação antropomórfica da aurora no topo da montanha sagrada nos braços do crescente lunar. Os caduceus representam a duas colunas da Deusa Mãe Tan-et, a esposa e mãe da cobra solar, Tan. Na sua forma simplificada o crescente lunar e a estrela da manhã simbolizam Tanit.
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Há quem diga que foram os imperadores cristãos pós constantinianos que acrescentaram a estrela da Virgem Maria ao crescente lunar, seguramente pensando na estrela de Belém.
A verdade porém é que esta relação entre o crescente lunar e a estrela da manhã nem sequer seria uma novidade pois os dois símbolos astrais já andavam assim ligados tal como os muçulmanos o usam hoje nos tempos sumérios.
A relação de Bizâncio com o corno lunar deve pertencer a uma cultura arcaica que incluiria Bósforo numa mesma mitologia de navegantes e marinheiros pois sendo pouco provável que o Bósforo fosse apenas uma “passagem de bois” também Bizâncio já existiria antes da colonização grega por Bizas de Megara. De resto, a crença ortodoxa na estrela da Virgem Maria não é mais do que uma reminiscência da estrela da manhã das deusas da Aurora, como Istar e Vénus.
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Claro que uma importante e estratégica passagem como foi esta deve ter tido a protecção do senhor das enseadas, Enki / Kiush, o deus das águas doces, trazido ao colo (pher) pela Deusa Mãe da aurora e das águas salgadas! Enki  era um deus dúplice: lunar de noite e solar de dia senhor das aguas doces e das pescarias!

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Figura 3: Os quatro estandartes rituais de Enki, senhor da lua, da luz do dia ou da estrela de Marte, do pote das aguas doces e dos peixes.
Figura 4: Istar deusa da lua e das estrelas, equivalente de Artemisa enquanto deusa caçadora guardiã da arvore da vida!
Bisâncio < Βυζ-άντι-ον < Buz | < Kiush | -Enki (Na)
Bósforo < Βόσ-πορος < Bous | > Buz < Kiush | -Pher-os
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Figura 5: Símbolo do califado Otomano
Figura 6: moedas romanas com o crescente lunar.
Six Stars, surrounding a crescent moon, appear on coins of several families; and on some of Augustus, Hadrian, Faustina Senior, Faustina Junior, Septimius Severus, and Julia Domna.
Bar Kochba was widely known as the 'son of a star', so Hadrian's glory in his defeat may be reflected in this coinage.
Le prime comunità musulmane non avevano simboli definiti. (…) Fu con l'Impero Ottomano che la Mezzaluna divenne uno dei simboli della religione islamica. Quando nel 1453, i Turchi conquistarono Costantinopoli ne mantennero la bandiera tradizionale. Una leggenda racconta che il fondatore dell'Impero Ottomano, Osman, ebbe un sogno in cui vide la Mezzaluna espandersi da un capo all'altro della Terra. Per quattrocento anni l'Impero Ottomano amministrò le comunità musulmane. (…) Dopo secoli di battaglie contro l'Europa cristiana, è ipotizzabile che il simbolo venne adottato da quasi tutte le comunità musulmane che vi videro un emblema di vittoria e grandezza. Basandosi su questa storia molti musulmani rifiutano di riconoscere il simbolo della Mezzaluna come emblema della fede islamica sapendo che si tratta di un'antica icona pagana. -- Wikipedia, l'enciclopedia libera.
Em tempos bizantinos, os gregos chamavam Constantinopla de "η Πόλη" (i Póli; a Cidade), uma vez que era o centro do mundo grego e durante a maioria do período bizantino a maior cidade da Europa. Mais tarde, a expressão "para a Cidade" ou "na Cidade" (em grego antigo “ες τήν Πόλιν”) resultaria depois de algumas mudanças fonéticas no nome actual da cidade: Istambul…com a conotação do equivalente moderno de “área metropolitana”.
In the inscriptions of Ur-Nina (De Sarzec, "Decouvertes en Chaldée," pl. 4), Girsu, the name of a city that afterward formed part of Shirpurla, is spelled "Su-sir" or "Sun-gir."While Rogers ("History of Babylonia and Assyria," 1900, i. 205) is content simply to follow Lenormant, Radau ("Early Babylonian History," 1900, pp. 216 et seq.) makes a successful linguistic argument for the identity of both Sumir and Shinar with Sungir. (…) Sayee rejects this derivation of the name ("Proc. Soc. Bibl. Arch." 1896, xviii. 173 et seq.; "Patriarchal Palestine," 1895, pp. 67 et seq.) because "Sumir" in the cuneiform inscriptions always designates southern Babylonia only. He identifies Shinar with Sanhar of the El-Amarna tablets (comp. Schrader, "K. B." v., Nos. 25, 49), which is the Sangara of the Asiatic conquests of Thothmes III. (comp. W. Max Müller, "Asien und Europa," 1893, p. 279). Jewish Encyclopedia: Shinar
Ora, obviamente que os grandes egípcios faraónicos sabiam do que falavam e os judeus andaram por perto para os ouvir. Sangara não seria mais do que a adaptação à língua copta do termo sumério Kiengir, “literalmente o povo dos deuses da Sr.ª Terra”, Omoroca.
Omoroca apesar de, com o tempo o seu nome se ter transformado progressivamente em Omorca ou, pelo menos nas ibérias, em Amorca, era de facto e por direito fundador divino, a mãe de Uruk…e de Orgo.
Amorka = Diosa caldeia que personifica al mar y a la luna. Omorka, Omoroca (Chald), Moon-goddess II 115, 135. Orcus (Lat) Pluto or nether worlds Bahak-Zivo & I 194 living fire of, & elements I 543 souls evoked fr, by Mercury II 28.
A-ma-Ur-Ki > Amaurki > A(u)m-orka > Omorka > Omoroca
«Morfeu» < Morphius ó (Am)aurki + ush > Orkius > Orcus.
                                                                         > Orphius > Orfeu.
Mas Amorca deve ter sido mãe de quase todas as cidades sumérias e, por isso, Uruk é que deverá o nome à deusa da lua e não o inverso. Aliás, se houvesse uma cidade suméria a dar nome a Amorca deveria ser Eridu, possivelmente a verdadeira Eresh, se neste ponto a memória bíblica não falhou!
Biblic. Eresh <? *Uru-tu < Eridu < Eridug < Erithu(-Ki),
lit, “terra de Erito, o “deus menino” que foi Eritónio,
filho de Atena, Eros, de Afrodite, e Enki, filho de Ki.
=> P.Gmc. *ertho > O.E. eorðe > Engl. > Earth.
Earth = O.E. eorðe "ground, soil, dry land," also used (along with middangeard) for "the (material) world" (as opposed to the heavens or the underworld), from P. Gmc. *ertho (cf. O.N. jörð, M. Du. eerde, O. H. G. erda, Goth. airþa), from PIE base *er-.
Eridu (ou Eridug) foi uma cidade antiga localizada sete milhas a sudoeste de Ur. Eridu representava a extremidade sul do conglomerado de cidades que se desenvolveu na Suméria ao redor dos templos, país no sul da Mesopotâmia. As cidades geralmente eram construídas tão próximo umas das outras que quase podiam vizualizar-se umas às outras a olho nu. (…)
Aliás, antes de mais elas eram sobretudo e genericamente a sua Uru, a Sr.ª do monte” que protegia os seus crentes. Isto reporta-nos para uma mitologia muito mais arcaica própria de povos de montanha ou dela próximos, possivelmente as ilhas mediterrânicas domar Egeu, senão apenas Malta, a terra por excelência da Grande Deusa mãe Neolítica.
Na lista de reis sumérios, diz-se que em Eridu regeram os primeiros reis:
"[nam]-lugal an-ta èd-dè-a-ba [eri]duki nam-lugal-la"  
Quando o Dom da Realeza desceu dos céus, ela tomou seu lugar em Eridug. Em Eridug, Alulim tornou-se rei; ele reinou por 28.800 anos. Alaljar reinou por 36.000 anos. Dois reis; eles reinaram por 64.800 anos. Então Eridug caiu, e a majestade foi transferida para Bad-tibira. A lista dos reis sumérios mostra governos curiosamente longos aos reis que precederam o "dilúvio".
Na mais antiga Eridu, o templo de Enki era conhecido como E.ab.zu ("casa do abismos abissais" devido à associação de Enki com a água), ou o E-engur-um, e ficava situado na extremidade de um pântano, o apsû abzu ou engur. Sua esposa, conhecida por vários nomes, Nin-ki, Nin-hur-sag, Dam-gul-nanna, Uriash e Dam-kina tive um templo perto, o E-sag-ila. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
Perguntar-se-á, onde aparece Amorka como deusa relacionada com Eridu? Obviamente que, enquanto Tiamat, Amorka, também Enkur / Ninhur, “senhora do monte”, seria parte do Absu / Engur. Por outro lado, enquanto Uras ou Urash, foi uma deusa ctónica e lunar, uma das consortes de Anu e mãe de Nin'insina, a “Sr.ª Vaca Taurina”.
Ama Uras < Urash < Ur-Ka -Ki > Ama-urka > Amorka.
= Ki-Ur-ma = Ama-Ur-Ki > Ama-urca > Amorka > Maurphi > Morfo.
                                                                 > Maurca > Murca > «Murça».
                                                  «Murta» ó Maurta > «Marta» > Malta.
                                                   «Mirto» ó Gr. Myrtos > Lat. myrtu.
A possibilidade de ter existido uma deusa caldeia com o nome de Amorca, que Berossos, o quem mais tarde o citou, renomeou Omoroca, não deixa de ser um facto espantoso na medida em que, tendo a história começado na suméria, também a mitologia parece ter acompanhado muitas vezes estes passos que na maior parte das vezes dão a impressão de remontarem à pré-história, possivelmente aos alvores do paleolítico, ainda que a formas mais elaboradas da mitologia clássica não irão mais longe que o neolítico maltês. A escassa informação atribuída a Berossos permite pressupor que esta deusa dos abismos e da lua, geradora de monstros e destruída por Ber-Marduque, não era senão a mesma que a Deusa Mãe do caos e da lama primordial, Tiamat.
Ora, seria tentador imaginar que a deusa Amorca pudesse ter sido uma «morsa» ou uma «orca» mãe, senhora da lua e dos mares como Afrodite Ceto, deusa mãe das cobras da sabedoria cretense (Nex | Nix-us-tan, lit. “cobra da noite e do nexo”) e senhora dos grandes cetáceos.
Ceto = título de Afrodite = a que é dos mares (como a «orca» e a «morça»).
«Morsa» < Lapan. morsa (s. f. grande mamífero anfíbio das regiões polares).
                                                                                  > Luva > luua > «lua».
                                                    < Ur   -Ki > Luwi > Lat. Lupa.
Amorca < Ama-| «Urca» < Ama-Ur | -Ki + ki =>
*Amaurkish > Amaur-This > Morisha > Lapan. Morsa > Pt. «morsa».
    Mars, tis < Amaur | -This > Lat. Mor, tis ó Grec. Moros > A. Moira.
                                   > Lat. Amor > «amor»!
                                   > Amar > Lat. mar > «mar».

Ver: AFRODITE MORFO (***)

MÁRIO & MARIA

Amarios, fem. Amaria , epith. of Zeus and Athena in Achaea, SIG490 (Orchomenus in Arcadia, iii B. C.), cf. Sammelb. 357 (Egypt): -- Amarion , to, precinct at Aegium in which the Achaean League met, prob. l. in Str.8.7.3 and 5 (but Homarion Plb.5.93.10 , hence Amarios prob. = Homarios, Homagurios (cf. amarein, hamartê), and is not connected with amara = hêmera). Amara Ion. amarê, hê, A. trench, conduit, channel, for watering meadows.
Muito possivelmente Amários estará relacionado mais com o que não se pensa do que com o que se supões dever estar. Em princípio este epíteto deveria ser muito arcaico e estar relacionado com um antigo casal divino de filhos da deusa mãe, Amario & Amaria, variantes de Enki & Inana, e que mais não seria do que a que veio a ser Mari, Mário & Maria.
Mari, a deusa suprema do panteão basco é a deusa de trovão e do vento, como também a é a personificação da Terra. O espírito de trovão Maju (Sugaar, o Dragão) é o cônjuge dela, e o espírito benigno Atarrabi e o espírito mau Mikelats são os seus filhos.
Mashu: Mountain at the edge of the world where the sun rises. Guarded by the scorpion-men. Name means :Twin. Kumarbi; the ancient father of Teshub. Melqart: Phoenician god, equivalent of Nergal.
Kin-Gu ó Maju < Ma-Xu ó Masho.
Sugaar < Xu-Kaur < Ish-Kur > Sacar / Saturno.
Atarrabi < Atar-arwi ó Hit. Kum-arbi / Enki / Crono.
Mikelats < Mil-kal-tes < Mel-Kart / Hades.
Ela protege os viajantes e os rebanhos, e dá bons conselhos ao humanos. Ela monta pelo céu em uma carruagem puxada por quatro cavalos, ou em um carneiro. Às vezes ela assume a forma de uma nuvem branca ou um arco-íris. Mari (“rainha”) é representado como uma mulher com uma lua cheia atrás da cabeça, ou em uma forma animal. O símbolo dela é um foicinha.
Mari vive profundamente dentro da terra e nas cavernas de Euskal Herria. Ela é uma mulher inacreditavelmente bonita com cabelo loiro. Ela é vista frequentemente à boca de uma caverna penteando o seu belo cabelo, ou a uma roda girando. Ela assume muitas formas, dependendo do que ela precisa fazer. Ora é como uma mulher bonita, uma cabra preta, uma mulher com pernas de cabra, um esqueleto, ou um foicinha de chamas; Ora é vista voador pelo céu cercada de chamas.
Tem o poder das tempestades e o laisons dela com o cônjuge dela Maju produzem temporais violentos com granizo e raio. As pessoas dizem que Mari está bravo quando um temporal se aproximar e eles colocarão freqüentemente um foicinha ou machadarão na jarda dianteira com a lâmina até proteja eles.[2]
La más importante de sus moradas es la cueva de la cara este del Anboto, a la que se conoce como "cueva de Mari" o "Mariyen Koba", que atribuye a Mari el nombre de Mari de Amboto o Dama de Amboto.
Urtzi (Ortzi, Urcia,Yaun-Goicoa) = Deus do Céu basco, parecido com o deus dos Sioux que precêde tudo, e criou o cosmo apenas pensamento nele. Ele criou os três princípios de vida: E-gia, a luz do espírito; E-khi, o sol, a luz do mundo; e Be-gia, a luz do corpo. A literatura não está clara se este paternalização recente de Mari, mas parece ser. [3] Yaun-Goi-Coa, or Jainko is the Basque word for "God". It is unclear whether jainko is derived from Jaungoikoa or the other way round. It has been suggested that Christian missionaries created "Jaungoikoa" as a folk etymology ("The Lord of above") for jainko. In modern Basque, the grammatical form would be goiko jauna. Current usage has "Jaungoikoa" for the Christian God and "jainko" for generic gods. (…) The guide of the way of Saint James included in the Codex Calixtinus by the medieval pilgrim Aymericus Picaudus mentions that the Basque word for "God" was Urcia, the old word for "sky".
O mito basco de Mari parece tão arcaico como a própria língua e reportar-se à época do matriarcado minóico. De facto se Urcia era, na idade media o nome do céu, esta entidade seria a Deusa Mãe a Urça das constelações e da lua!
Ver: LUA (***)

Ortiz < Ortzi < Urtzi < Urcia < Ur-Ki-a, a Lua Urcia, o céu!
> sumer. Urash > *Uraz > Raish > Reij > Rex > «Rei» > Egipt. Ra.
Aparentemente entre Urtzi e Mari não seria de esperar qualquer relação étmica ou semântica até porque o nome Mari se parece em demasia com o nome da Virgem Maria e a tal que se torna inevitável a suspeita de se tratar de uma contaminação recente pela via da cristianização medieval dos bascos. Porém, a inversa também é verdadeira na medida em que a forma como o culto ortodoxo e católico da Virgem Maria se espalhou tão depressa e facilmente por todo o mundo ocidental; quase que à revelia do Evangelho (os protestantes que o digam!) e muito mais longe e sempre mais ousadamente do que a tradição judaica ortodoxa o permitiria; só podia levar à dúvida razoável de que o culto arcaico da grande Deusa Mãe (dito mediterrânico, afinal apenas porque aqui as condições de desenvolvimento civilizacional o permitiram) faz parte do mesmo substracto cultural que foi comum ao continente europeu e de que já só restam vislumbres na mitologia basca, nos nomes latinos do mar…e da morte!
Etimología de Mari. Hay dos teorías. Una sugiere que es una adaptación del nombre cristiano de María, aunque evidentemente aplicado a un personaje esencialmente diferente y más antiguo. Resulta más verosímil asociar el origen del nombre a la propia lengua vasca. Dentro de esta segunda teoría se barajan dos posibilidades, que el nombre proceda de la elimininación de la primera vocal de una palabra, siendo posiblemente su origen "Amari" (Ama + ari), es decir el oficio de ser madre, o bien "Emari" (Eman + ari): don, regalo; la segunda posibilidad asocia el origen del nombre con los Maire o Maide (genios que habitan en los montes y amantes de las lamias) o Maidi (almas de los antepasados). – Wikipedia.
Mari, Anbotoko Mari, Anbotoko Dama (la dame d'Anboto) ou Muru-mendiko Dama (dame de Murumendi) Elle est connue sous plusieurs appellations comme Maya, Lezeko-andrea et Loana-gorri.
Lezeko-andrea = Sr.ª Lez-enko < Rez-Enki < Ura-sh-Enki.
| Loana< Lau > Ura | -ana| -| gorri (< gorria = vermelha) |
= “Lua verrmelha“!
Modron, dans la mythologie celtique galloise, est la “ère divine” terre-mère), la fille d’Avalloc, le roi d’Avalon.
Modron < Maudr-anu < Madur-Anu < Ma-Kur-ana > Macarena.
                                                    > Ama-kur > Amorca.
Se o nome de Maria fosse uma originalidade típica e exclusivamente judia não haveria lugar a muitas dúvidas.
Miriam é um nome próprio hebreu. Julga-se significar em hebreu "mar de amargura", "rebeldia”, ou "desejada para crianças" (…) O inglês bem como as língua românicas ficaram também associadas com a palavra latina mare, enquanto significando "mar".[4]
Porém, parece que o nome nem seria Judeu nem muito do agrado destes pois parece ter tido a conotação de “rebeldia” e de “mar da amargura”. No entanto, o mais provável é que, não sendo Miriam / Mariamn (= Mariana ou Sr.ª Maria) uma originalidade judia (senão para o cristianismo) é quase seguro que este nome derive mesmo do nome do mar com que anda associado e da Deusa Mãe dos deuses (Tiamat) a deusa das aguas salgadas primordiais em oposição às agua doces dos rios personificadas pelo filho primogénito desta, Enki.
Marias & Jesus seriam assim a deificação póstuma dum Jesus histórico descrito segundo a retórica mítica, tão primitiva quanto primária, da deusa mãe primordial e do deus menino solar! Ora, sabemos que a deusa mãe primordial começou a ser associada de forma negativa com as águas amargas do mar durante o império babilónico precisamente com o fim do matriarcado minóico e a ascensão do patriarcado semíta. Quer isto dizer que o nome Miriam teria pouco prestígio entre os judeus mesmo depois de ter sido nome duma das irmãs de Moisés, sendo por isso duvidoso que fosse assim tão comum como alguns exegetas bíblicos supõem ao multiplicarem desnecessariamente as personagens evangélicas com este nome para protegerem a virgindade mítica de Maria na letra dos evangelhos canónicos. No entanto, este conceito da perpétua Virgem Maria impôs-se no cristianismo extra judaico precisamente por fazer parte da arcaica retórica mítica da Deusa Mãe primordial. Ora, durante o matriarcado (que parece ter subsistido no subconsciente da cultura autóctone da Europa ocidental, sobretudo no reduto basco e duma forma mesmo patente em toda a região ibérica) o mar e a deusa mãe eram consideradas entidades maternais e, por isso, mais benignas e criadoras. Assim se compreende que este nome possa estar associado não apenas ao amor egípcio como também ao «amor» latino e duma maneira geral a epítetos das deusas tanto do amor celeste e maternal como vulgar e venal!
Outros pensam ter derivado da palavra mry, do antigo egípcio, significando "amado", ou mr, com o significado de "amor".
Notar que, como o egípsio antigo, que deu mote a quase todos os canones linguísticos semitas, não representavam as vogais pelo que mr poderia ser algo parecido com «(a)m(a)r» ou mesmo com o nome próprio, atestado pela arquiologia, Méré, proximo do basco, Mari, e do latina, Maria.
Égypte Antique = Méré-s-ânkh = Elle aime la vie ou “la vivante aime” est un prénom féminin de l'Égypte antique. Il a été porté par trois femmes de la IVe dynastie. Un'altra ipotesi, fa risalire l'origine del nome, dall'antico egizio Mir-amon (cara ad Amon).
Por outro lado, Miriam pode ter sido mais facilmente derivado do deus matriarcal da fertilidade minoica, que no egipto era (a)Min, do que com a variante tardia Amon.
Lat. Maria ó Jud. Miriam < *Mereamn < Meré-| (A)Min > Amon.
Maria é, de facto um nome próprio feminino comum em muitas culturas diversas, (…) não tanto apenas por influência do cristianismo mas porque o nome já seria comum, ainda antes do cristianismo.[5]
Árabe Mar-wa (f) + Ana > *Mar-Wen > Marwin > Malvina.
                                                              > Mel-Wen > Melwyn
Morgan < Morrigan < Ma-uri-Kan < *Mar-Wen
                                                             ó Ma-ki-ur-na > Macarena.
Grego Maera: f - forme grecque de Marie, Megara, Mélanie: f - de melanos, a preta!
Afrodite Melania / Assíria Mliita > Mélanie.
Megara +Na > Megarana > Macarena.
Se sobre alguns destes nomes se poderá legitimamente postular a suspeita de contaminação posterior devido aos longos anos de culto mariano cristão, ortodoxo e católico, no caso de línguas fortemente latinizadas as dúvidas são obviamentente insuperáveis mas, é difícil aceitar que línguas de tradição árabe ou de cristianização tardia que a influência cristã tenha sido relevante. No caso de muitos nomes árabes fica-se mesmo com a suspeita de que a Miriam dos Judeus seria do património comum das línguas semitas onde aparecem mesmo outras variantes mais ou menos próximas.
No entanto, muitos nomes femininos de línguas celtas arcaicas e germânicas, quase nada evidenciam de relações directas com o nome da virgem Maria como no caso de Malvina, Malori, Marivon, Moronoi, Morgana, etc.
Assim, pode concluir-se que, quanto muito, estamos perante um fenómeno linguístico típico da formação das línguas creoulas: velhas palavras afeiçoam-se de modo a parecerem-se com os que aparecem a quererem ocupar o mesmo nicho semântico tal como os nomes novos se acomodam de modo a ficarem parecidos com os que eram comuns nos falares antigos.
Alguns nomes celtas manifestam evidentes relações semânticas com o mar ou seja, partilham com o nome de Maria a mesma fonte semântica que seria entre os judeus o “mar salgado” primordial. É precisamente o facto de o nome basco de Mari ter mais a ver com as alturas dos Pirinéus do que com o golfo de biscaia que a suspeita da contaminação cristã posterior é difícil de rejeitar in limine. O Pais Vasco além de ter uma das língua mais conservadoras e arcaicas da Europa teve cristianização tardia e o mito da sua Deusa Mãe pode ter sobrevivido quase intacto até aos dias de hoje. No entanto, será preciso que a investigação descubra se o nome da Deusa Mari apareceu escrita antes ou depois das primeiras “caças às bruxas” pois, uma das formas de os crentes Vasco terem protegido a sua Deusa Mãe da Inquisição poderia ter sido o de encobrirem o seu nome, que pode ter sido Amalur (ou *Mura esposa ou mãe Muru-mendiko), com o da Virgem dos inquisidores. Ora, se o infixo basco -lur é traduzido pelos autores modernos por terra à que dar conta que Lhur era o deus celta do mar!
La antigua religión de los vascos: Mari (mári), Maia (mái-a) o Ama-Lur (áma lur; madre tierra) era la diosa suprema de la antigua religión vasca, su símbolo cósmico era el sol, y su representación gráfica, el disco solar llamado lauburu (laubúru, tetracéfalo, éste símbolo lo puede observar en la parte superior del texto).
Ama-Lur => Ama-Te-Lur = Mãe Telúrica
                     > Ma-Lhur > Mulhar > Mulier > «Mulher».
Por outro lado, se é verdade que o nome Maria se tornou popular com a expansão de Cristianismo a verdade e que este nome foi usado na romanidade bem antes do estabelecimento de Cristianismo (pelo menos, mas não só) como uma forma feminina do nome romano Mário. Dito de outro modo, o nome Mário era comum no mundo romano e tinha como correlativo feminino precisamente o nome Maria que os tradutores da bíblia adoptaram como uma forma latinizada do nome hebreu da mãe de Jesus, Maria (Miriam em hebreu). Numa cultura patriarcal como a romana e natural encontrar mais evidências a respeito do nome masculino Mário mas é lógico postular para cada Mário republicano deve ter existido uma Maria e estas devem ter sido muitas a povoaram o império! O facto de a mitologia romana não ter nenhuma deusa com este nome é obviamente irrelevante tanto mais que teve o «mar e a morte»!
Por outro lado o casal mítico virtual Mário & Maria poderia ter existido pois torna-se facilmente evidente que, nas línguas latinas, Maria é quase apenas o mesmo que Ma-Reia, ou seja Mãe Rea.
Na mitologia grega, Reia era uma titânide, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada com Cibele, a Magna Mater deorum Idaea. (…) O seu nome significa "fluxo", aparentemente em referência com a menstruação feminina, e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis.

MURÇA

Hemera, enquanto deusa do dia terá, de facto, pouco a ver com esta série etimológica, que, então teria muito mais a ver com Qui-mera. No entanto, sob o ponto de vista semântico seriam e mesma entidade.
«Maria» < Amaria < Ama-ur-Ki(a)
=> Ki + Amaur < Ki-Maru => “Quimera”.
Em conclusão, todos estes termos estariam correlacionados, mesmo na origem, com Amara / Hemera.
Por outro lado, saber que Eros e Tanatos (o nome grego tardio da morte) seriam a face do mesmo óbolo que paga a condição de passagem da humanidade seria apenas uma redescoberta lapaliciana da psicanálise moderna.
Na verdade, na análise etimológica do nome de Amorca deparamos com a possibilidade de este conter em si a raiz semântica do termo português «ursa», confirmando assim a relação desta deusa mãe do Mar, que seria simultaneamente amorosa e violenta, senhora da vida e da morte e por isso mesmo, “virgem mãe” do “deus menino” do maior Amor e, primordialmente esposa de Marte, deus da paz (pascal e primaveril) e da guerra (e da morte outonal)!
«Urca» < It. ant. urca < Neerl. huker, m. s., s. f. antiga embarcação portuguesa muito bojuda; • (pop.) mulher gorda e feia; • adj. (Bras.) avantajado.
Urco = adj. (Bras.) cavalo de raça holandesa, forte e corpulento, também conhecido por frisão. Do neerl. med. hulke, «id.», pelo ing. hulk, «id.». © 2003 Porto Editora, Lda.
«Carraca» = (< Arab. Harraca) embarcação grande para viagens de longo curso.
O postulado da origem holandesa da antiga embarcação com o nome «urca» decorre da informação dos autores coevos que, de facto, descreviam esta embarcação como sendo originária da Flandres, o que pode não ser inteiramente verdade uma vez que outros autores descrevem embarcações semelhantes no mundo muçulmano desde épocas anteriores, fosse aquela que os árabes davam pelo nome de «faluca», fosse outra a que deu nome à «carraca»!
Na verdade, existe a possibilidade de a «urca» ter voltado por via marítima da Flandres, do mesmo modo que regressaria ao Brasil em cavalo frisão nas invasões setecentistas holandesas uma vez que ela já deveria existir por cá como planta liliácea, como pássaro e mesmo como “mulher gorda”, sobretudo se podermos provar que o povo português continental teria tido poucas possibilidades de conhecer bem as «urcas» holandesas, ao ponto de as ter utilizado como metáfora de mulher obesa quando poderia ter preferido as «orcas» para um efeito conotativo formalmente mais fantástico! Mas, até podemos aceitar que a metáfora começou com brejeirices de marujos das descobertas despeitados em terra firme com certos desencontros femininos. A recorrência étmica pode ser uma coincidência virtual quando existe a rara possibilidade postular que palavras perdidas podem ser recuperadas por neologismo com a mesma raiz semântica.
                                                                     > «arca» (de Noé).
«Carraca» < Arab. Harraca < Kar-| harca < *kaurka
                                             > hulka.
*kaurka > haurka > hurka > «urca».
                               > «orca»
*kaurka > waurka > Arab. Burca.
                               > buarca > «barca».
Na verdade, a semântica geral de todos estes termos reside na sua grandiosidade e corpulência! Porém, a natureza marítima de todos estes termos parece ser de regra, pelo menos na sua génese original. Grande era a arca de Noé; a orca, o maior mamífero conhecido, é também um animal marítimo; etc. Por outro lado, os termos masculinos aparentados com esta semântica parecem ser todos secundários e limitados à semântica da força e da corpulência enquanto que os termos femininos acrescentam a estas a de grande obesidade típica da gravidez pelo que se suspeita que a recolha do conceito popular da «orca» como sendo o de uma “mulher gorda e feia” deve ser recente uma vez que nos tempos antigos a “gordura era formosura” por necessidade de sobrevivência da espécie.
Por outro, o sufixo de raiz –orca/ursa aparece no nome de alguns animais de grande porte ou de evidente obesidade tais como: porca, e ursa!
A este propósito lembramo-nos do enigma lusitano da ultramontana «porca de Murça».
A carismática estátua em granito fino, com uma idade que oscila entre os 2.000 a 2.500 anos e de traço aboleimado - esculpida a pico de metal (ferro) ou `a martelada -, teve como obreiros os povos autóctones da Idade do Ferro, que habitaram o actual termo de Murça na Proto-história, para representar uma divindade. A lenda sobre a Porca de Murça, fruto do imaginário popular para explicar por vezes o desconhecido, é importante para se conhecer e perceber a explicação que os nossos antepassados deram para justificar a sua origem, preocupando-se, no essencial, com o percurso atribulado da vida desta ursa, que gerou medos e insegurança nas populações pelos seus maus instintos.
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Embora a ideia de ser uma porca, o que não deve ser beliscado, se encontre enraizada nas gerações presentes, o certo é que a investigação histórica e arqueológica tem outra interpretação com base em fundamentos científicos. O culto indígena por ídolos deste tipo, e outros (javalis e touros), era sempre encarnado no macho que representava o sagrado.
Bom, sempre, sempre...é coisa que em ciência nunca deve ser dita do mesmo modo que em medicina “nem sempre nem nunca”! De facto, temos um exemplo célebre dum culto matriarcal em plena idade do ferro no grupo escultórico da Loba capitolina, o totem do povo da cidade que foi a capital do império romano.
A Porca de Crómion, aliás Feia, não e mais que Deméter, a Porca Branca, cujo culto foi abolido, muito cedo, no Peloponeso. Que Teseu se haja desviado da sua rota para matar uma simples porca, foi algo que intrigou os mitógrafos: Higino e Ovídio, efectivamente, fazem dela um javali, e Plutarco descreve-a como sendo uma bandoleira, cujo comportamento chocante lhe valeria a alcunha de «porca». Mas ela aparece na mitologia galesa primitiva na Figura da Velha Porca Branca, Hen Wen, guardada pelo magico pastor de suínos Coll ap Collfrewr, que introduziu na Grã-Bretanha o trigo e as abelhas; e durante as Festas das Tesmofórias em Eleusis, o magico guardador de porcos de Deméter, Eubuleu, era recordado quando em sua honra se lançavam porcos vivos para dentro de uma fenda. E os restos putrefactos desses porcos serviam mais tarde para fertilizar o trigo (Escólio a Luciano: Diálogos de Prostitutas II. 1).
Esta deusa porca, que era simplesmente Deméter, chamava-se Fórcia, Feia, Choere, Cerdo ou Marpessa e tinha o porca como protectora da agricultura porque antes da descoberta das técnicas do lavradio e da estercada o as terras onde pastavam porcos e o javalis eram as mais férteis e mais aptas para a agricultura dos cereais.
Choere < Kau-| Hera < Ker | = Ker-kau > *Kertu > Cerdo
Fórcia < (kau) Phor-Kiha => A-frodite
                                > Phorka > «Porca».
Feia < Phe®-ia ó Phor-Kiha.
Pois bem, viu-se logo no início deste tema que a «loba» foi um símbolo de Vénus e tem etimologia correlativa à de Amorca.
Outra fêmea prenha celebrizada pela cultura clássica foi a cabra Amalteia que deu de mamar a Zeus o que faz deste um “deus menino”, suspeito de ter sido em tempos o mesmo que Dioniso, parido por aquele pai dos deuses apenas por conveniência de política mítica ou por metáfora realista da metamorfose que fez de Zeus menino a divindade autónoma que veio a ser Dioniso!
«Camurça» =• s. f. espécie de cabra montês; • a pele preparada desse animal, que se usa para luvas, calçado, etc., e que tem uma macieza característica.
                                         = Ke-Amaur-já > Kamursha > «camurça»!
                  ó Amaur-keja < *Amorkisha, lit. “filha de Amorca”.
Amal-te-ia < Ama-Ur | > Amor | Theia = Deusa do Amor, ou seja, Vénus ou Afrodite!
Amalteia, literalmente a deusa de Malta, do mar e do amor; é foneticamente equivalente da mãe de Tamuz, Mirra, da assíria Milita, de Mirto Mil-teia, e Afrodite Melânia.

Ver: AMALTEA (***)

O ter sido Amalteia uma cabra, tal como loba foi a que amamentou os fundadores de Roma, só prova que os cultos zoomórficos paleolíticos conseguiram sobreviver até aos alvores da época clássica. A hipótese de a “porca de Murça” ter cerca de 2500 anos permite coloca-la no período da idade do ferro mas não nos permite concluir que nesta parte da cauda da Europa já se tivesse abandonado a cultura matriarcal do calcolítico, que aliás, nunca se perdeu inteiramente visto ter sobrevivido até aos tempos modernos nos cultos marianos da Europa mediterrânica.
Não se pode afirmar de fonte segura que a referida idolatria por animais deve-se ao velho culto zoolátrico de influencia oriental, mas sim estabelecer correlações. É plausível levantar cautelosamente uma primeira hipótese de que esta escultura zoomórfica terá vindo do Castelo dos Mouros do Cadaval, em virtude de existir aí um santuário de arte rupestre de ar livre da Idade do Ferro - espaço de culto e ritual.
Já houve quem aventasse a hipótese de esta escultura datar da época árabe dando crédito às lendas que a reportam a estes tempos mal documentados da história lusitana mas a verdade é que os árabes pouca influência cultural tiveram por estas paragem muito cedo reconquistadas e mesmo que tivessem estado descansadamente em Murça nunca iriam ser os responsáveis pelo totem desta terra porque, precisamente por motivos religiosos, desprezavam o porco e não admitiam representações zoomórficas.
Em regra o povo costuma ter razão nas tradições que mantém pelo que a “porca de Murça” seria mesmo uma marrã prenha se não houvesse quase a certeza de a referida estátua ter sido descoberta e nomeada em tempos muito recentes. Na verdade, morfologicamente esta estátua pré-histórica mais se parece com uma ursa do que com uma porca assim denominada por gente simples de tempos recentes já pouco familiarizados com este corpulento animal de bosques continentais de outros tempos. Ora, a única evidência que nos pode permitir suspeitar que a «porca de Murça» seria uma ursa e não uma porca é precisamente o nome desta terra de bom vinho transmontano.
“(Murça) Com respeito à origem do seu nome, duas opiniões se aventam: Segundo uma, deriva da quantidade de ursos, que pelo território andava à solta, no tempo dos árabes; segundo outro o nome não é Murça mas Muça e foi tomado do nome de um alto personagem mouro que aqui dominou. Há outra versão ainda, em virtude da qual muçaun lhe transmitiram a denominação, aproximado à sua. Estes muçaun eram agarenos, sectários do Korão, e vieram em grandes grupos invadir a Lusitânia, anteriormente à ocupação mourisca que se realizou nos anos 713 a 716. O certo é que em todos os documentos antigos se chama à povoação Muça e não Murça”. (Dr. Olegário Mariano – 1898).
Também é sabido que os tabeliães antigos eram de parca cultura e cometiam muitos erros de ortografia (sabe-se que o Guadiana, por mera analogia com topónimos do mesmo prefixo, nunca terá deixado de ter este nome e, no entanto, era Odiana nos textos medievais!). Assim sendo, e sem documentação histórica insofismável são pouco credíveis as divagações arabizantes. Por outro lado, a opinião de que o nome de «Murça» “deriva da quantidade de ursos, que pelo território andava à solta” é muito mais plausível só que tal não terá sido já “no tempo dos árabes” mas remontaria aos tempos arcaicos do neolítico, ou seja na época da passagem do período de caça e recolecção ao neolítico importado para a península nos tempos minóicos ou já na época do ferro durante o império hitita ou durante a colonização fenícia!
«Murça» = • (Ar. mustaka < Pers. muxt), s. f. espécie de cabeção de cor que os bispos, cónegos, etc., põem por cima da sobrepeliz; • espécie de lima com serrilha ou picado fino.
Como se viu antes a «camurça» era uma cabra maltesa e a «murça» seria a pele de um qualquer animal que seria usado como símbolo sacerdotal nos povos primitivos e sobreviveu nas peles de leopardos usadas pelos sacerdotes egípcios e maias e seria equivalente da pele de leão usada por Hércules, que desta forma seria no céu um deus sacerdotal, depois de ter sido na lenda um herói militar. Morfologicamente a «Porca de Murça» só poderia ter sido ou um/a urça/o ou um/a porca/o! No entanto, a pele de porco nunca foi curtida porque era suficientemente macia para ser comida. Resta a possibilidade de ser de facto uma ursa que é de facto o animal com o qual a «porca de murça mais se parece. «Murça» seria então literalmente a mãe ursa adorada em Panoias e que teria dado nome a esta vasta região em torno do santuário rupestre onde era largamente adorada. Para reforçar esta tese alicerçada numa origem mítica muito arcaica do nome de Murça, contraria à hipótese duma origem árabe, podemos lembrar que aqui ao lado em Espanha existe ainda uma rica província com o nome de Murcia que já era centro das colónias cartaginesas antes de ter sido transformada pelos árabes bem irrigada e mais fértil huerta de Espanha, e no Alto Douro uma pequena freguesia do concelho de Foz-Côa que, embora tendo também o nome de Murça, nada deverá à homónima transmontana por lhe ficar a sul do Douro e revelar fortes possibilidades de ter sido habitada pelos romanos que deixaram indícios de vestígios da sua passagem ali por perto na estância arqueológicos do Romancil. Ora, nem por acaso, a padroeira desta aldeia é a Santa Senhorinha e Senhora da Esperança, cuja festa se celebra no início da Primavera, por altura da floração das giestas de flor amarelas, as “maias”.
E sabemos que a Virgem da Esperança de Macarena é, afinal, uma variante arcaica da Deusa Mãe do mar primordial.
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Figura 7: Vénus Múrcia. Como nada se sabe da deusa que deu este epíteto a Vénus podemos inferir deste desenho de uma estátua de Vénus Múrcia que seria uma deusa «murcha», emurchecida e amortecida fosse pelas lides das Ars amatoria fosse pelo seu papel de mensageira amorosa dos deuses, como se depreende do seu barrete alado.
Agostinho de Hipona, na sua De Civitate Dei fazem advir o nome (Múrcia) da palavra murcus, que significa estúpido ou palerma (note-se que no norte de Portugal existe o termo "morcão" ou "murcão".
Pois muito possivelmente seria ao contrário.
Murcus derivaria do estado de torpor dos esmorecidos pela fadiga e relaxo pós coital.
Se o Murcão é a larva da mosca varejeira no Porto e também um mosquito na região da Régua, Murca ou Murça era uma «Vareja». Alguns acreditam que o nome vem da palavra varejus, que significa fezes em latim o que não se consegue confirmar.
«Vareiro» = Relativo à beira-mar entre Aveiro e o Porto, em especial, entre a costa de São Jacinto e Espinho. Natural de Ovar; o mesmo que «ovarense» > «ovarino» > «varino» = < Bras. Homem que impulsiona a canoa com «varas».
A relação da beira-mar com os vareiro derivaria obviamente de locais para os braços de pesca vararem…por encalhamento. Obviamente que antes das «barcas» existiram as canoas e antes destas, as «varas» e varapaus. Assim, o «varejo» deve ter sido tão arcaico quanto primitiva e relacionada tanto com as actividades da pesca em mar alto como com o negócio marítimo do «varejo» e retalho geralmente pacífico mas por vezes violento e por isso envolvendo marinhagem guerreira. Se o varino pode ser o Caronte que impulsiona as «barcas» com «vara» é intuitivo que o «varejo» tivesse sido o nome genérico da acção de transporte que reportada ao serviço das almas faria da mosca uma «vareja».
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Figura 8: Marte e o repouso do guerreiro no regaço de Vénus. (Fresco de Pompeia desenhado por Desiré Raoul Rochette com cores ciberneticamente manipuladas pelo autor)
Assim, a «Vareja» teria tido sempre este nome desde o tempo em que seria, como a traça, um insecto psicopompo de transporte das almas dos mortos e acabado por ficar de forma residual junto dos varinos pela sua relação com a rápida e indesejada putrefacção do peixe sobretudo no verão.
Se há algo em que F. Saussur não tem razão é precisamente na imotividade semântica dos nomes, sobretudo quando próprios. Se com o tempo têm perdido a sua relação significante a verdade é que sobretudo quando próprios os nomes continuam a ser de escolha limitada de acordo com algum gosto e tradição!
Murcia, Murtia, Murtea, Myrtea o Mirtea son los nombres de una divinidad romana primitiva que tenía un templo en el valle situado entre las colinas del Aventino y el Palatino, en Roma.1 Murcia es más conocida por su asociación con Venus, la diosa romana del amor, con la que fue posteriormente identificada bajo el nombre de Venus Murcia.
Este sobrenome, que é dito ser o mesmo que Mir-tea (do mirto, de um murta), tem-se suposto como indicando a criação da murta pela deusa.[7].
Diz-se, de facto, que existia um bosque de murta frente ao seu templo, no sopé do monte Aventino, como nos conta Plínio, o Velho.
No entanto as formas Mur-tia, Mur-tea, Myr-tea o Mir-tea apontam para um origem etimológica muito mais simples em que esta deusa teria sido simplesmente a deusa mãe dos guerreiros M(a,e,i,o,u,y)r, com as variantes orientais M(a,e,i,o,u,y)l, de que a assíria Militia seria o protótipo enquanto reconhecida deusa do amor, bem como Afrodite Mor-fo e Mel-ânia. Algumas variantes não chegaram a ter registo mas podem ter existido e foram esquecidas ou foram usadas mas em línguas já mortas. Una dela seria Mar-tea de que resta a forma judaica Marta, irmã de Maria, que terá tido por parédro precisamente Mar-tio, de que derivou o amorreu Martu e o latino Marte. E fica assim explicada a relação incontornável de Vénus como o divino guerreiro Marte que quando criança teria sido Eros.
Por outro lado, a «murta», de folha perene e símbolo da vida eterna, foi o arbusto onde Isis encontrou o corpo morto de Osíris, na Esperança de o vir a ressuscitar com a magia do segredo do nome de Rá que Isis roubara ao sol depois de o ter embriagado com cerveja. Ou seja, a Morte esteve relacionada com a murteira de Afrodite, esposa do deus das mortandades também chamado Mavorte, nos rituais de Osíris e ser uma das causas de Afrodite Melânia ser uma deusa nocturna e funerária.

Ver: MIRTILO (***)

Murcia < Amork(i)a > (A)M(a)ur| -tea > Mar-tia, lit “deusa do mar”
= Deusa Amaur ou seja, do Amor, literalmente mãe de Urano!
Em boa verdade, Murça teria tido por parédro o deus Morcão, o deus obeso e barrigudo como Bés, e seria a forma lusitana da suméria Amorca, de Morgana, de Macarena e da Afrodite Morfo.
Seja como for, Amorca deve ter sido uma deusa mãe muito arcaica telúrica e animalesca de cultos sanguinários e de sacrifícios humanos pelo que a sua relação com Artemisa é inevitável bem como todas as Virgens Mães e deusas negras como as deusas machas de Morgana a Macarena, de Atena a Anat e Anakita.
Amorca < = Hur-ki-Ama ó Karki-mesh > Artemis.
Os marrucinos = Esse povo se denominava Touta Maruca, povo da deusa Maruca. Vivia nas costas adriáticas da Itália central, no interior ou nas vizinhanças das arces de Marrucinae, Ortonum e Busa. Uma tábua metálica encontrada em Rapino fixam as regras da prostituição sacra. Essa população celebrava a Mãe Maiêutica, aquela que mostra o filho no colo, associada ao despertar da Natureza, entre Abril e Maio. Em Rapino, a prostituição sacra consistia na venda pelas famílias de jovens a um colégio interno, onde ficava à disposição da divindade Ceria Giovia (de hipotética origem pelasga), em nome e por conta de todo o povo marrucino. Para candidatar-se ao colégio, a perfeição física e moral era essencial. As jovens não eram escravas nem serviam à força, pois a tábua declarava que a lei era sagrada (aisos pacris),lavrada para toda a comunidade (totai maorucai lixs). A admissão era administrada por uma regena iovia, para garantir a justiça do preço. A arrecadação era acrescentada ao tesouro da arx. Elas eram instruídas por uma sacaracinirix ou prostibulastrix.
Essa atividade era altamente prestigiosa, só exercida nos maiores santuários do Mediterrâneo. -- Principais grupos étnico-linguísticos da Itália, Marco Polo Teixeira Dutra Phenee Silva.
Obviamente que ao marrucinos itálicos não seriam diversos dos marroquinos actuais do norte de África no sentido literal do termo, enquanto adoradores da Deusa Mãe Amorka / Márcia / Maruka / Murça, etc que deu nome à Mauritânia, à mourama e às moiras encantadas. Muitas das lendas lusitana de moiras encantadas seriam anteriores às invasões árabes e perder-se-iam nas noites dos tempos relacionadas com arcaicos cultos de prostituição sagrada relacionados com a Deusa mãe e que os marrucinos tiveram a veleidade de deixar para a posteridade gravadas numa tábua metálica encontrada em Rapino fixam as regras desta prostituição sacra. Rapino é obviamente um nome hitita e comprova que esta tradição seria arcaica e decorreria da Anatólia onde teria chegado da suméria. Rapino seria afinal a cidade do deus Telepino, afinal o filho Dionísio da Deusa mãe Amorca a quem a prostituição sagrada seria dedicada como as monjas viriam a ser esposa de Jesus.
Rapino < Lapino, o “deus menino da Lapa” < (Te)-lepino > Hit. Telebino.
Ceria < Ker-ia < Ker-tea => Ré-tia, a esposa do sol Ra, deusa protectora dos castros do norte de Itália.
Giovia, literalmente a jovem, Ki-aukiaa filha de Ki, Kor, Atena ou Perséfone.
Assim, Ceria Giovia, deusa pelágica, ou seja local e por isso muito arcaica seria uma divindade cretense, seria nem méis nem menos que a jovem filha de Maruka.

AMALTEIA

O mito da cabra Amaltea é uma lenda herdada da mitologia grega e adaptada posteriormente pelos romanos, que conta que Amaltea é a cabra que alimentou com o seu leite o deus Júpiter, Zeus na mitologia grega, quando criança e que ao brincar com ela, o pequeno deus teria quebrado um de seus chifres. Por gratidão aos cuidados a ele desprendidos, Júpiter transformou este chifre na Cornucópia que é o corno da abundância atribuído como símbolo à maior parte das personificações romanas, que se vê nos reversos das moedas.
Amaltéia era uma ninfa filha de Melisso em Creta, que acolheu Zeus quando este foi poupado por Réia à voracidade de Cronos. Segundo outra versão da lenda, Amaltéia era uma cabra cujo leite nutriu Zeus em sua infância, enquanto que a ninfa, filha de Melisso, teria sido Melissa.
We may now return to the “ash trees” most important service in Greece, as nurses of Zeus in the Diktean Cave on Crete.
Rhea contrived to hide the infant Zeus from Kronos in this cave, and various stories are told about arrangements within the cave. Callimachus says that the Diktean Meliai and Adrastea took him into their arms, laid him in a cradle of gold, and gave him honeycomb to eat and the udder of the she-goat Amalthea to suck. It was at this time that bees first began to appear in the surrounding mountains (Hymnus in Jovem 47).
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Figura 9: A Cabra Amaltea com o Infante Júpiter e um Fauno é uma escultura do barroco de Gian Lorenzo Bernini. Sob o patrocínio do cardeal Borghese, sobrinho do papa Paulo V, seus primeiros trabalhos foram peças para decorar os jardins do cardeal: A Cabra Amalthea com o Infante Zeus e um Fauno, o Infante Zeus e um Fauno, Almas Danadas ou Almas abençoadas.
O mito da cabra Amalteia cruzado, na confusão dos trilhos míticos, com o da lupa romana permitiu o milagre do eterno retorno solar na forma do mito de Rómulo & Remo.
(...) The universal presence of honey in these stories is not surprising: Honey was the first food given to Greek and Roman infants.
(...) The goat Amalthea recalls the goat Heiðrun of Norse mythology, which bites stalks off the branches of the world ash tree and then yields mead from its udders into large jars for the enjoyment of those feasting in Valhalla. One can imagine an earlier version of the story in which the bees were altogether absent, and the ash trees and goat by themselves were sufficient to carry honey mead to Zeus. --
Amalthea era literalmente “a deusa de Malta, do mar...ou do amor”!
Assim, começa a ser óbvio que esta nova quimera não e mais do que uma variante do conceito anterior persa que tinha o nome Camros.
Amalthea < Amar-Tea < Hamur-Theta, «a quimera cujas tetas deram o leite de Zeus»,
< *Kamur Keka ó Kamurush > Camros.
ó Ki-ma-Ur-Kika = *Kima *Kiphura
º Ana Kikura = Kiphurana > Kei-thar-Una => the goat Heiðrun ???
This ritual, which connects trees, tree resins, and honey, may be added to the literary evidence already cited, which has shown similar associations in Greek, Germanic, Vedic, and Avestan sources. The world tree for Indo-Europeans was indeed a mead tree, and it rained celestial honey on the world. The secretion of fermentable honey by the ash tree gave the Indo-Europeans good reason for their particular attention to that tree, and for their apparent belief that it was the nurse of gods and men. The honey in its perfect and original form which flowed through the tree provided the food of the gods.
Recall that Indra is celebrated for drinking great pools of soma, Oðin eats no food and drinks only "wine", and the nectar and ambrosia of the Olympian gods is often compared to honey. Therefore just as the world ash physically linked gods and men, its fermented resins could provide communion between gods and men. --- [8]
A relação mítica das cabras com a Deusa Mãe da “árvore da vida” era recorrente na tradição caldeia particularmente nos povos de pastores, como eram os canaaneus e islamitas, e está bem patente na célebre iconografia dum marfim canaanita supostamente, e bem, interpretado como sendo Ashera.

Ver: ASHERAH (***)

Estes exemplos são suficientes para reparar que seriam muitas as árvores que poderiam ter sido o Huluppu de Inana pelo que é forte a suspeita de que já em sumério seria um genérico para toda e qualquer árvore silvestre ou que, pelo menos, não fosse frutífera. Na verdade, é de evidência imediata que, a maioria das árvores de fruto, têm nomes derivados do nome do respectivo fruto. De facto, literalmente *Kur kiki seria pouco mais do que “o cerne da madeira (= Kur) que sustenta a mãe do fogo (= Kiki)”! Nesta linha de raciocínio se explicaria o nome da «acácia» (= s. f. árvore ou arbusto da família das leguminosas) < Lat. acacia < *Kakakika (> *Ash-ash???) que estão seria boa lenha e a própria alma (ka) do fogo (Kiki)!




[1] The person, who presided over them, was a woman named Omoroca; which in the Chaldæan language is Thalatth (Thalaatha Eu. Ar.) in Greek Thalassa, the sea; but which might equally be interpreted the Moon. All things being in this situation, Belus came, and cut the woman asunder: and of one half of her he formed the earth, and of the other half the heavens; and at the same time destroyed the animals within her ("In the abyss." Bry.— "Which had composed her empire." Fab.—quæ in ipsa erant Eu. Ar.) All this (he says) was an allegorical description of nature. – Fragments Ofchaldæan History, Berossus: From Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.—Euseb. Chron. 5. 8
[2] Mari, The supreme goddess of the Basque pantheon. She is the goddess of thunder and wind, as well as the personification of the Earth. The thunder spirit Maju (Sugaar) is her consort, and the benign spirit Atarrabi and the evil spirit Mikelats are her sons. She protects the travelers and the herds, and gives good council to humans. She rides through the sky on a chariot pulled by four horses, or on a ram. Sometimes she assumes the shape of a white cloud or a rainbow. Mari ("queen") is represented as a woman with a full moon behind her head, or in an animal shape. Her symbol is a sickle. Mari lives deep within the earth and caves of Euskal Herria. She is an incredibly beautiful woman with blonde hair. She is often seen at the mouth of a cave combing her beautiful hair, or at a spinning wheel. She takes on many forms, depending on what she needs to do. Sometimes it is as a beautiful woman, a black goat, a woman with goat legs, a skeleton, or a sickle of flames. She can often be seen flying across the sky surrounded in flames. She has the power of storms and her laisons with her consort Maju produce violent thunderstorms with hail and lightning. People say Mari is angry when a thunderstorm approaches and they will often place a sickle or axe in the front yard with the blade up to protect themselves.
[3] Urtzi ( Ortzi, Urcia,Yaun-Goicoa ) Basque sky-god. This seems like the Sioux's god which preceeded everything, and by just thinking about it created the cosmos. He created the three principles of life: Egia, the light of the spirit; Ekhi, the sun, the light of the world; and Begia, the light of the body. The literature is not clear whether this is just a paternalization Mari, but it seems to be.
[4] Miryam is a Hebrew given name. It is thought to mean "sea of bitterness," "rebelliousness," or "wished-for child" from the Hebrew, or to be derived from the Ancient Egyptian word mry, meaning "beloved," or mr, meaning "love."[1] The English and Romance language derivations have also become associated with the Latin word mar, meaning "sea."
[5] ÁRABE: < Malika (f) < Melike (f) < *Mel-ki-a > Mar-wa (f); Mar-ina (f) < Mar-ouane (m) (> * Mar-ouana) < Mari +Ana; Mary-am (f) < Meri-am (f) < Meryem (f). < *Meriemn < *Maria-Min.
BRETÃO: Maela, Maelez, Maelenn < *Mar-e-nen > Marianna (Maina, Manna, Mannaig, Biganna, Mariannig) < Mari +Ana; Mar-gaid, Mar-c'harid, Mar-c'haid (on prononce "aïd"), Mar-c'halid (Gaid, Magod, God, Godig, Lid, Lidig); Mari, Maria (Maï); Mari-von (Marivonig, Mona) < Mar-i-Wen < *Marwa + Ana > *Maruana > *Maryana > Marianna > Marouana < Mari +Ana.
IRLANDÊS: (f) Mair-ead: (f) Mair-ghread: Maighread: forme irlandaise du prénom d'origine grecque Marguerite, de Mar-garitês signifiant perle: (f) Maire: Maria; (f) Mairenn: variante de Maire (ou de Mariana?); (f) Mairin: se prononce comme Maureen, variante de Maire; (f) Moyreen: (f) Moreen: variante de Maire (f) Muirenn: (f) Muirín: variante de Muirgen, prénom d'origine gaélique qui signifie née de la mer; (f) Morrighan: (f) Morrigu: (f) Morrigan: forme irlandaise du prénom d'origine celtique Mor-gan, de Mor signifiant grand ou mer et de Gan signifiant naissance; (f) Moronoe: prénom d'origine celtique; (m) Muirchertach: (m) Muirchu: prénom irlandais, probablement du celte Muir signifiant mer; (f) Muir-gheal: (f) Muiriol: (f) Muirol: (f) Muriel: prénom d'origine gaélique de Muir signifiant mer et Geal signifiant brillant
ALBANÊS: Mal, Malaban, Malan, Malart, Malbor, Malen, Malor, Maloran, Maltin, Malton, Maranaj, Marash, Maren, Margil, Margjel, Marnesh, Marson, Marush, Melit, Mërkur, Mermor, Mërtir, Mërtish, Milon, Milosa, Mir, Mirak, Mirakand, Miran, Mirash, Mirbardh, Mirdash, Mirdit, Mirdrit, Mirësor, Mirgjen, Mirgjin, Mirian, Mirjet, Mirjon, Mirlind, Mirlinda, Miror, Mirosh, Mirsjell, Mirson, Mirush, Mirvjen, Molos, Morin, Murrash.
BERBERE: Malu, Mar-ksen, Mar-ru
CELTA: Maelle - Malaurie - Malaury - Mallaury - Mallory - Malorie - Malory - Malou - Melwyn - Merlin - Malvina - Metig-Maë-Maël.
ALEMÃ: Marald, Maren, Mar-hold, Maria, Marian, Marin, Marino, Marinus, Mario, Mark, Marke, Markhard, Marko, Markolf, Markus, Markward, Marlo, Marquard, Mart, Marten, Märten, Marti, Martili, Martin, Martino, Martinus, Martl, Mártoni, Marvin, Marwin, Moreno, Morgan, Moritz, Morris, Mor-ten, Morti-mer.
[6] > Ka-Maru + Kian > Famalikan > “Famalicão”.
[7]This surname, which is said to be the same as Myrtea (from myrtus, a myrtle), was believed to indicate the fondness of the goddess for the myrtle-tree.
[8] The Ash Tree In Indo-European Culture, Mankind Quarterly, Volume XXXII, Number 4, Summer 1992, pp. 323-336. Darl J. Dumont. The Musaios Project.

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